Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

domingo, 19 de junho de 2016

O Dia do Senhor e você!

Você sabe que hoje é domingo, obviamente. E que chamamos este dia de “O Dia do Senhor”. Mas, você sabe o que os judeus entendiam pela expressão “O Dia do Senhor”?

Para o judeu, o tempo estava dividido em duas eras. A era presente, que se considerava absoluta e irremediavelmente má. E a era futura, que seria a época de ouro de Deus, em que o justo reinará com Ele. E entre ambas está o Dia do Senhor.

Este dia, segundo os judeus, será terrível. Muitos dos quadros mais terríveis do Antigo Testamento fazem referência ao Dia do Senhor (Is. 22.5; 13.9; Sf. 1.14-16; Am. 5.18; Jr. 30.7; Ml. 4.1; Joel 2.31).

As principais características do Dia do Senhor no Antigo Testamento eram as seguintes:
1. Viria de maneira espetacular e inesperadamente;
2. Todo o universo seria sacudido em seus próprios fundamentos;
3. Seria um momento de juízo.

Com toda naturalidade os escritores do Novo Testamento identificam o Dia do Senhor com o dia da Segunda Vinda de Jesus Cristo.

É natural que os homens desejem conhecer os sinais da aproximação desse dia. Entretanto, o próprio Jesus advertiu-nos que ninguém sabe quando será o dia e a hora, a não ser o Senhor Deus (Mc. 13.32).

A fim de que nossa curiosidade não nos leve a especular sobre a data da vinda de Cristo, Paulo tem duas coisas a nos dizer:

1. Ele repete que a vinda do dia será repentina. Virá como um ladrão na noite;

2. Ele insiste que isso não é razão para que o homem seja tomado desprevenido e sem preparação.

Só o homem que vive nas trevas e cujas obras são más será pego sem preparação. O ímpio estará se divertindo, trabalhando, descansando, estudando, ganhando a vida. E perderá a sua alma. Para sempre habitará o inferno!

O cristão, porém, vive na luz, e não importa quando venha o dia: ele estará preparado. Acordado ou dormindo, o cristão vive com Cristo e, portanto, está sempre pronto.

Ninguém sabe quando ouvirá o chamado de Deus. Mas é bom saber que há certas coisas que não devem ser deixadas para o último momento. É muito tarde para preparar-se para uma prova quando chega o momento de fazê-la.

Um velho presbiteriano escocês, a quem alguém oferecia palavras de consolo porque havia chegado sua hora, disse: "Já cobri minha casa quando o tempo estava bom"!

E você, está preparado?

Rev. Renato Arbués (adaptado)

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Humildade

É preciso vencer! Seja o primeiro! Não fique atrás! Apareça!
Esses são alguns dos lemas de nossa geração. Uma geração de “vencedores”, ou de pessoas que têm na vitória sua maior meta. O mundo celebra os que vencem, ao autoconfiantes, orgulhosos, convencidos de seu poder. São eles os que se destacam, que conseguem os melhores empregos, as melhores notas no ENEM, que fazem os melhores cursos nas melhores universidades.
E a humildade? Sempre elogiada. Nos outros.
Alguém escreveu que a humildade é eficaz em produzir respeito e confiança a quem a possui. De fato, admiramos e gostamos de pessoas humildes.
Mas é importante observar que a humildade atrai a atenção de Deus! (Is. 66.2).
As Escrituras falam por diversas vezes que os “olhos de Deus” estão a passar pela Terra à procura de algo. Procurando o quê?
Leia Tiago 4.6. Ao contrário do que se diz por aí, parece que Deus não está muito interessado nos “vencedores” de hoje, nos orgulhosos, nos autoconfiantes da vida! Deus Se interessa – e muito – pelos humildes.
O que é humildade? Humildade é avaliarmos a nós mesmos honestamente à luz da santidade de Deus e da nossa pecaminosidade. Sem uma consciência honesta destas duas realidades, toda autoavaliação será distorcida e falharemos tanto em compreender quanto em praticar a verdadeira humildade.
Procure ser humilde. Não uma humildade forçada, para atrair a atenção.
Comece vendo a si mesmo diante da santidade de Deus e da sua própria pecaminosidade: Sl. 8.

Rev. Renato Arbués.

domingo, 5 de junho de 2016

Cuide de sua família!

Por alguma razão desconhecida, o progresso faz com que as pessoas desprezem o passado, como se este não oferecesse qualquer coisa de valor. Isso é especialmente verdadeiro em nossa geração, que vive a era da tecnologia, da internet, do celular. Em nossos dias, mesmo entre os que confessam ser crentes existe uma rejeição sutil dos valores do cristianismo histórico.

Essa tendência é preocupante, sobretudo, no que diz respeito à família. A família é, de longe, a instituição de Deus mais atacada, desprezada e desonrada de nossa geração. Os valores bíblicos não estão sendo apenas negados; estão sendo trocados. Outros princípios têm sido escolhidos pelos homens modernos para, por meio deles, pautarem suas vidas.

Há anos, as novelas da Rede Globo promovem a promiscuidade, a homossexualidade e a violência. A rede Record, tida como primeira rede aberta de televisão evangélica não oferece alternativa. Pelo contrário, escolhe copiar o que a Globo tem de pior. Os valores morais de suas novelas não são diferentes. Em todas elas, encontraremos mentira, violência, homossexualidade e coisas que o velho e bom cristianismo rejeita e declara ser erradas.

Contudo, se você quiser manter bem longe da sua família essas influências malignas e perniciosas, preste atenção ao que ensinam as Sagradas Escrituras sobre o cuidado adequado que deve ser dispensado à família:

Dt. 6.4-9: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas”.

Para praticar o que Moisés ensinou, é preciso que restauremos o culto doméstico. Talvez o recurso mais importante deixado por Deus para a salvação de nossa família.

O culto doméstico é importante porque somos mordomos dos dons de Deus. O salmista disse, literalmente, que os filhos são dons do Senhor para nós: “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (Sl. 127.3). Isto explica por que Deus condenou, na época de Ezequiel, o povo de Jerusalém por sacrificar seus filhos aos ídolos. Ao fazerem isso, tais pessoas estavam destruindo a preciosa possessão do Senhor: “Demais, tomaste a teus filhos e tuas filhas, que me geraste, os sacrificaste a ídolos, para serem consumidos. Acaso, é pequena a tua prostituição? Mataste a meus filhos e os entregaste a elas como oferta pelo fogo” (Ez. 16.20-21).

Não perca esta importante verdade: nossos filhos pertencem a Deus, e somos mordomos designados por Ele para cuidar destas almas que nunca morrerão. Seremos julgados como responsáveis por aquilo que fizermos com os filhos que Deus colocou sob os nossos cuidados. Isto significa que devemos usar todos os meios que Ele nos deu para alcançar os nossos filhos com o evangelho do Senhor Jesus Cristo.

Esses esforços serão acompanhados por um senso de responsabilidade espiritual para transmitir a fé à próxima geração. O professor Neil Postman disse: “Os filhos são mensagens vivas que enviamos a um tempo que não veremos”.

É o próprio Deus que nos outorga esta mordomia, por um curto tempo, com a expectativa de que seremos bons mordomos destas preciosas dádivas e de que os levaremos, em um contexto de influência evangélica, a conhecer o Senhor e torná-lo conhecido às gerações vindouras: “A posteridade o servirá; falar-se-á do Senhor à geração vindoura” (Sl. 22.30).

O desejo de nosso coração para com nossos filhos deve ser semelhante ao de Paulo para com os crentes da Galácia, os quais ele chamou de filhos “por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl. 4.19).

Se Cristo é a nossa vida, em cada respiração que Ele nos proporciona procuremos apresentá-lo aos nossos filhos, tanto pelo viver como pelo falar. A Bíblia é bastante clara: temos de viver não somente para nós mesmos, mas também para a geração vindoura.

Pense nisso, e cuide de sua família.

Rev. Renato Arbués.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Lâmpada para os meus pés!

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra; e luz para o meu caminho” Sl. 119.105.

Sempre foi desejo do ser humano conhecer a vontade de Deus. Algumas pessoas nutrem o sonho pelo espetacular, como uma “ligação” do céu ou um bilhete enviado das alturas e entregue em mão por um dos santos anjos. Não faltam, ainda, aquelas que alegam conversar diretamente com Deus, sem intermediário algum, mais de uma vez por dia! Mas, o que significa conhecer a vontade de Deus? Será preciso realmente que haja um evento especial, sobrenatural, para que essa vontade seja revelada para nós?

Acredito que sim. E acredito, sinceramente, que o sobrenatural já aconteceu diversas vezes, possibilitando ao homem o conhecer a vontade do Senhor. O autor de Hebreus disse que antigamente, Deus falou aos pais de “diversas maneiras” (Hb. 1.1). Uma leitura rápida no Antigo Testamento mostra que Deus falou por sonhos, visões, aparições de anjos, inscrições na parede... Ufa! De fato, Deus usou uma variedade de maneiras espetaculares para fazer conhecida a Sua vontade. Contudo, algo não pode ser ignorado: Nenhuma dessas revelações especiais desmentiu ou superou a revelação escriturística.

Isso é assim porque os atos revelacionais de Deus são harmoniosos, unos e integrais. Desde o dia em que Moisés escreveu as primeiras palavras, do que mais tarde seria chamado por nós de Bíblia Sagrada, até o dia em que o apóstolo João colocou o ponto final nessa escritura, jamais houve uma contradição, um erro, nada que desabonasse a harmonia da revelação divina nas páginas das Escrituras Sagradas.

Todos os atos de Deus, todas as palavras que Ele quis que conhecêssemos estão registrados na Escritura Sagrada. Não por acaso, o salmista fala dessa Escritura como “lâmpada para os seus pés”. A figura do salmo (lâmpada para os pés) remete a uma noite escura, em que alguém possuindo uma simples lanterna consegue iluminar apenas os centímetros adiante em que vai colocar os pés. Caso se desligue essa lâmpada, terá apenas a escuridão. Como ver adiante? Como chegar ao destino quando só se pode enxergar onde os pés estão pisando?

O salmista completa o texto dizendo que a Palavra é Luz para o meu caminho. Você certamente sabe a utilidade de um farol para um navio. Se já esteve perdido no meio do mato, também deve ter se norteado ao enxergar uma luz, ainda que distante. A luz indica que há vida e que, portanto, há a possibilidade de socorro.

Meu caro leitor, se você se sente perdido, sem saber para onde ir ou que caminho seguir, volte-se para a luz divina revelada nas Escrituras Sagradas. Leia-a, medite nela e, certamente, encontrará a direção segura a que seguir.

Rev. Renato Arbués.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Meu Pai!

A Oração do Senhor, o Pai Nosso, talvez seja a passagem mais conhecida da Bíblia. Mesmo em nosso mundo anticristão, ela é amplamente ensinada e aprendida, mesmo por pessoas que raramente frequentam uma igreja.

Mas, o que significam essas palavras? A oração possui algum poder mágico, que atue naqueles que a oram? A simples repetição dessas palavras pode mudar a nossa sorte?

Antes de tudo, é preciso destacar que a Oração do Pai Nosso é um texto teológico, pois nos ensina a respeito de Deus, e todo ensino a respeito de Deus, é chamado de Teologia. Isso significa que Jesus ensinou aos discípulos a pensar a respeito de Deus e a falar com Ele de modo razoável.

“Vós orareis assim: Pai Nosso, que estás no céu”. Nada é mais importante na oração do que à pessoa à qual se dirige essa oração. No mundo antigo, havia muitos deuses, e era quase impossível referir-se a um deles. A evidência do NT sugere que os israelitas não se dirigiam a Deus como “Pai”, pois o uso dessa palavra implicava um tipo de relacionamento inaceitável com Deus. Para eles, ser filho de Deus significava participar da natureza divina, e isso era impossível.

Ao chamar Deus de Pai, Jesus escandalizou os judeus piedosos, pois na mente desses homens, Ele estava afirmando igualdade com Deus. O fato de Jesus ter ensinado seus discípulos a orar a Deus como o Pai deles era, portanto, algo extremamente ousado no contexto religioso daquela época.

Pode-se afirmar que “Pai” equivale a “Criador”. Entretanto, ainda que isso seja verdadeiro, o uso bíblico do termo vai além. Jesus chamava Deus de Seu Pai, mas Jesus não foi criado por Deus. Ele é Deus (Jo. 1.1). Na verdade, todos os habitantes da terra, mesmo Satanás e seus anjos, poderiam chamar Deus de Criador com legitimidade. Entretanto, as forças do mal jamais se referiram a Ele como Pai. O uso da palavra "pai" implica afinidade espiritual que ultrapassa o relacionamento físico, e esse aspecto é uma novidade exclusiva do ensinamento de Jesus.

Ao ensinar os discípulos a orar "Pai nosso", Jesus os conduziu ao seu próprio relacionamento com Deus. Todavia, que tipo de relacionamento era esse, e em que proporção é possível aos discípulos participarem dele?

Quão apropriado é o uso da palavra "Pai" para descrever nosso relacionamento com Deus! As gerações precedentes não tinham problemas com isso. Jesus ensinou os discípulos a orar dessa maneira, e isso lhes era suficiente.

No entanto, por que Deus nos amaria e desejaria que passássemos a eternidade com ele, quando lhe demos as costas e nada fizemos para merecer esse tratamento? A razão é que fomos criados originariamente à imagem dele, com a intenção de que vivêssemos com Ele para sempre. A imagem de Deus em nós é mais bem explicada com a nossa personalidade, ou seja, a habilidade de estabelecer relacionamentos com outras pessoas e mantê-los, quer sejam humanas quer divina.

Por sermos humanos, dispomos da capacidade inata de relacionamento com Deus, que nada pode alterar ou diminuir. Mesmo quando lhe desobedecemos a vontade, a imagem de Deus permanece em nós e nos faz recordar de que temos um relacionamento com ele.

Portanto, orar "Pai nosso" preconiza, em primeiro lugar, a confissão de que Jesus tem o direito de orar a Deus dessa maneira porque Deus é seu pai natural, ao passo que, em relação a nós, trata-se de um privilégio do qual graciosamente nos foi permitida a participação. Isso se dá por termos sido unidos a Cristo pelo poder do Espírito Santo, o que nos capacita a orar de forma legítima e eficaz por termos sido adotados por Cristo.

Orar "Pai nosso" é entrar em um novo relacionamento com Deus, enraizado em seu ser interno, que nos dá acesso à sua mente, algo que jamais ocorreria de outra forma.

Ao transformar nosso relacionamento com Deus do nível de mestre e servo para o de família, Jesus alterou tudo. O relacionamento que ele nos proporcionou é regido pelo amor.

Por fim, na condição de Pai, Deus concedeu-nos o destino eterno. Bons pais deixam provisões para os filhos, fazem planos para o futuro deles e realizam grandes sacrifícios para que os filhos tenham o melhor que eles puderem prover. O que os pais humanos alcançam em grau limitado, com muito sacrifício, pois mesmo os pais mais ricos são incapazes de nos dar tudo de que precisamos, Deus nos concede com a plenitude de seu coração e de seus recursos. A herança que ele nos legou não é finita nem perecível na verdade, ilimitada e eterna em escopo de duração. Não se trata de algo calculável em termos de bens e riqueza monetária, mas de algo muito maior que isso.

Trata-se na verdade de uma posição em seu reino, o grau mais elevado de união e comunhão possíveis para com ele.

Vamor orar? "Pai nosso, que estás no céu..."

Rev. Renato Arbués (adaptado)

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O amor de Deus!

As Escrituras nos dizem três coisas a respeito da natureza de Deus. Primeira, “Deus é espírito” (Jo. 4.24). Como é espírito, Deus é incorpóreo, não tem substância visível. Se Ele tivesse um corpo não seria onipresente, mas, sendo espírito, Ele enche os céus e a terra.

Segunda coisa, “Deus é luz” (1 Jo. 1.5), o oposto de trevas. Nas Escrituras, as “trevas” representam o pecado, o mal, a morte; a “luz”, por sua vez, representa a santidade, a bondade, a vida. Dizer que “Deus é luz” significa que Ele é a soma de todas as excelências.

Terceira coisa, “Deus é amor” (1 Jo. 4.8). Não é simplesmente que Deus ama, porém, que Ele é amor mesmo. O amor não é meramente um dos Seus atributos, mas Sua própria natureza.

Muitos hoje falam do amor de Deus, mas são completamente alheios ao Deus de amor. Essa verdade transparece no baixo nível de espiritualidade atual que lamentavelmente se evidencia entre cristãos professos. Quanto melhor conhecermos o Deus de amor mais os nossos corações serão impelidos a amá-lO.

Vamos considerar um pouco o amor de Deus.

1. O amor de Deus é imune de influência alheia:
O amor de Deus é gratuito, espontâneo e não causado por nada nem por ninguém. O amor que uma pessoa tem por outra se deve a algo existente nelas. Mas não há nada naqueles que são objetos do amor de Deus que possa movê-lo a amá-los.

A única razão pela qual Deus ama alguém se acha em Sua vontade soberana. Dt. 7.7-8: “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava...”.Deus amou o Seu povo desde a eternidade e, portanto, a criatura nada tem que possa ser a causa daquilo que se acha em Deus desde a eternidade.

Um amigo uma vez me disse: “Renato, eu tenho de orar muito para que Deus me ame”. Assim como meu amigo, outras pessoas pensam que devem orar, dar esmolas, fazer o bem, para despertar o amor de Deus.

Mas não é isso que a Bíblia ensina. Se Deus nos tivesse amado em resposta ao nosso amor, ou a qualquer coisa feita por nós, então, Seu amor não seria espontâneo, não seria de graça, não seria livre. Ao contrário, o apóstolo João escreveu: “Nós o amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro” (1 Jo. 4.19). Deus nos amou quando nós sequer existíamos: “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos...” (Ef. 1.4-5); Deus nos amou quando nós nem nos interessávamos por Ele: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5.8); Ora, se Deus nos amou quando nós não o amávamos, é claro que o Seu amor não foi influenciado.

Pense um pouco comigo. Pense na pessoa que você mais ama. Seu pai, mãe, filho, marido, esposa... Pense nessa pessoa agora. Reflita sobre o quanto é difícil amá-la. Como é difícil, em algumas ocasiões, amar um filho rebelde e desobediente, ainda que filho; como é difícil amar uma mãe intransigente e sem carinho, ainda que seja mãe. Pois bem, agora pense em você. Você acha que é fácil para as pessoas que convivem com você te amarem?

O que havia em mim ou em você que atraiu o coração de Deus? Absolutamente nada. O que há em nós hoje que pode fazer com que Deus nos ame? Ao contrário, há em nós tudo para afastar o Senhor, tudo na medida para levá-lO a nos detestar, sendo nós pecadores, depravados, corruptos.

Mas Ele nos amou gratuitamente, e enviou o Seu Filho para que todo o que nele crê não pereça mas tenha vida eterna (Jo. 3.16).

2. O amor de Deus é eterno:
O raciocínio é simples. Deus é eterno. Deus é amor. Ora, necessariamente, então, o amor de Deus também é eterno, uma vez que Deus é o próprio amor!

Vamos ao testemunho das Escrituras. Deus disse a Jeremias: “Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (31.3). É maravilhoso saber que Deus amava o Seu povo antes do céu e da terra terem sido chamados à existência.

Deus amou o homem antes de o homem ter sido formado do pó da terra. O NT também apresenta essa preciosa promessa. Vou repetir Ef. 1.4-5: “assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo...”. Essa verdade tranqüiliza o coração. Saber que uma vez que o amor de Deus por mim não teve começo, certamente não terá fim.

Se a Bíblia me diz que Deus me amou antes da fundação do mundo, também posso descansar na certeza de que Deus também me amará quando esse mundo acabar: “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap. 22.3-5). Deus me salvou antes que eu fosse criado. Isso quer dizer que eu estava salvo antes da existência do mundo, durante a existência do mundo e depois da existência do mundo. É a Palavra de Deus que diz isso!

Os crentes costumam se alegrar na seguinte verdade: “uma vez salvo, salvo para sempre”. Salvo para sempre porque Deus existirá para sempre. Se for certo que “de eternidade a eternidade” Ele é Deus, e é amor, então é igualmente certo que “de eternidade a eternidade” Ele ama a Seu povo. Portanto, “não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm. 8.1).

Meu amigo, se você não tem certeza do amor de Deus, leia a Bíblia e ore. Certamente, o Espírito Santo falara a você por meio da Palavra e a aplicará ao seu coração. Desfrute a verdadeira paz, a paz que têm aqueles que são amados por Deus, eternamente!

Rev. Renato Arbués – adaptado.



O cuidado de Deus!

Conta-se que uma senhora muito telefonou para um programa evangélico de rádio pedindo ajuda. Um bruxo, que ouvia o programa, resolveu pregar-lhe uma peça (só para se divertir com sua reação).
O bruxo telefonou para a emissora de rádio e obteve o endereço da senhora. O homem, então, chamou seus "secretários" e ordenou-lhes que passassem num supermercado e fizessem um compra generosa e levassem-na a casa daquela mulher, com a seguinte orientação: Quando ela perguntasse quem a estava presenteando, eles deveriam responder que o diabo estava lhe enviando tudo aquilo!
Assim que aquelas pessoas chegaram à casa da mulher, ela os recebeu com alegria e foi logo guardando os alimentos na sua prateleira, mas... não perguntou quem lhe havia enviado.
Os "secretários" do bruxo, sem saber o que deveriam fazer, provocaram a pergunta:
- A senhora não quer saber quem lhe enviou estas coisas?
A mulher, na maior simplicidade da sua fé, respondeu:
- Não, meu filho. Não é preciso. Quando Deus manda, até o diabo obedece!

Texto bíblico: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e todos os que nele habitam” (Sl. 24.1).

Domínio público.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Um bom líder!

Todos conhecem a história do homem que, por amor ao Seu Deus, foi jogado numa cova com leões. A boa mão do Seu Deus o salvou e ele foi retirado com vida, sem nenhum arranhão da cova dos leões.
O que pouca gente conhece são as razões que condenaram Daniel àquele castigo. Daniel foi levado para a Babilônia no ano 605 a. C. Ele era israelita, e seu país havia se tornado escravo da Babilônia. O rei da Babilônia era Nabucodonosor. Este rei morreu e foi sucedido por seu filho, Belsazar, que, após morrer, foi sucedido por Dario.
O rei Dario era um sábio administrador. Ele dividiu o reino e nomeou governadores para cada um dos distritos criador. Naquela época e região, o governador era chamado de sátrapa,  um homem poderoso na Pérsia Antiga. Dario escolheu 120 governadores e colocou três presidentes sobre eles. Ou seja, esses 120 governadores tinham que dar satisfação a 3 presidentes, e esses 3 presidentes dariam satisfação ao rei Dario.
Daniel era um dos 3 presidentes. Ele não era um bom presidente apenas; ele era “excelente”. O rei, então, pensou em nomeá-lo chefe geral da nação, o segundo homem mais importante de todo o reino. E por quê? O verso 3 nos dá a resposta: “Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente...”.
A ideia da expressão “espírito excelente” está relacionada com a dádiva que Deus concedeu a Daniel, e está registrada no cap. 1.17 (... Deus deu a esses 4 jovens conhecimento e inteligência...”). Isso quer dizer que Daniel era um homem preparado para dirigir um país. Ele era sábio e inteligente. Qualquer um que deseje dirigir uma empresa, uma instituição, deve se preparar para isso. Ora, o que dizer de um homem que dirige uma nação? Ele deve ser capaz, apto, habilidoso, inteligente e sábio para ser guia, chefe, senhor de um povo.
A capacidade de Daniel acabou despertando a fúria dos demais governadores. Discretamente, decidiram afastá-lo do posto. Mas, como fazer isso? O texto nos diz: “Então, os presidentes e sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa (Daniel 6.4).
Que tipo de homem era esse Daniel? Além de inteligente e sábio, era fiel. A ideia hebraica é a de retidão exterior, visível, aparente. Daniel vivia cercado por uma multidão de pessoas; todas querendo devorá-lo, destruí-lo, encontrar nele algum erro. E não acharam nele erro nenhum!
Eis um líder. Não paira sobre ele nenhuma dúvida acerca de sua conduta. E, se houver uma acusação, logo será desfeita. José no Egito foi acusado de assédio sexual. Mas a acusação não se provou. É impossível não ser vítima de suspeitas quando se vive uma vida pública. O caso de Daniel, porém, é extraordinário. Ele era tão diferente que nem acusação puderam levantar contra ele.
E quando levantaram, tiveram que constatar: “não se acha nele erro nem culpa”.
O homem que exerce uma função de liderar deve ser fiel. Nenhuma acusação deve se manter contra ele. Sua palavra tem de se manter.
Para você que é líder, que lidera uma família, uma escola, um pequeno grupo de trabalhadores, ou que lidera apenas a sua vida, procure fazer como Daniel, seja correto, fiel, íntegro.
Saiba que será difícil ser honesto num mundo tão traiçoeiro e corrupto como o nosso. Mas, a recompensa virá do Senhor. E isso é tudo que importa para nós!

Rev. Renato Arbués.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

De quem é a culpa?

O caso do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro despertou reações em vários segmentos da sociedade. Para as feministas, a culpa é da cultura machista predominante em nossa sociedade, que faz da mulher um relés objeto de prazer para “predadores educados numa mentalidade patriarcal”, escreveu uma socióloga. Feminista, claro.
Obviamente, a maior parte das críticas se voltou contra os estupradores. “Um bando de criminosos, sem respeito à vida, sem humanidade, que amam apenas a deliquência”, observou outro sociólogo. Um colega dele especulou sobre a possibilidade de que eles, os estupradores, além de culpados, também sejam “vítimas de uma sociedade excludente, que não oferece oportunidades de emancipação econômica, cultural, cidadã.”
Não se pode levar a sério quem tentou atribuir culpa à menina ou a sua família.
Afinal, então, de quem é a culpa por aquela barbárie?
“Da sociedade”. Essa parece ser a resposta consensual entre os “especialistas” do momento. Ou seja, invoca-se esta entidade abstrata, que ao mesmo tempo nos abrange e nos exclui, que nos aproxima e nos distancia do ato, que nos criminaliza, enquanto permite que durmamos em paz: A sociedade! Sou eu? É você? Somos nós? “Sim e não”, pois, apesar de sermos parte da sociedade, não somos “dessa parte” que comete crimes. “O inferno são os outros”, escreveu Sartre.
O que é essa sociedade? Quem a compõe? Quais são os seus valores? O que ela quer? Como impedir que ela continue produzindo cenas terríveis como essa? Como responsabilizá-la?
Lamento não ter a resposta.
Mas a Bíblia tem.
“E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.” (Rm. 1.28-32).
Ia me esquecendo.
Os sociólogos em geral não leem a Bíblia.

Rev. Renato Arbués.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Pra que ler a Bíblia?

“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas” (Rm. 1.20).

Por que precisamos da Bíblia? Salmo 19.1-4: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras até aos confins do mundo”.

O texto afirma que o universo e o mundo que nos cercam, criados por Deus, revelam muitas coisas sobre Ele, de um modo compreensível, a pessoas de todas as línguas e culturas. Porém, apesar de a criação falar claramente sobre Deus, deixando os homens sem desculpas para ignorá-lo, há dois problemas.

1º) Pelo fato da humanidade ter-se afastado de Deus, ela agora está insensível às manifestações da Criação sobre Deus, o Criador: Rm. 1.21: “Porquanto, os homens, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato”; 1 Co. 1.21: “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação”; 1 Co. 2.14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.

2º) Embora a criação fale sobre a existência e o poder de Deus, ela não fala sobre a coisa mais importante para a humanidade perdida e caída: a salvação do pecado e suas consequências: Rm. 10.14, 17: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? [...] E, assim, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Deus”..

Por isso, Deus, em Sua graça, revelou-se em Sua Palavra registrada na Bíblia, a Escritura Sagrada: Sl. 19.7-8: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos”; Mt. 4.4: “Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”; 1 Pe. 1.23-25: “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, festa é a palavra que vos foi evangelizada”.

Leia a Bíblia!

Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

De graça!

Nós reclamamos da inflação. Não aceitamos pagar mais caro pela eletricidade, água, combustível ou pelos produtos da cesta básica. Dizemos que é culpa da corrupção, do mau governo, da falta de vergonha dos empresários. Puxa, está tão difícil ganhar algum dinheiro, mas, para que o salário do mês desapareça de nossa carteira, basta uma ida ao supermercado. Puf! A féria do mês vira fumaça!
Nós não gostamos de coisa barata. Quando o governo anuncia uma redução na conta de luz, de água ou dos produtos da cesta básica, desconfiamos que trata-se de um golpe. “Se prepare!”, diz alguém. “Daqui a pouco, a conta será cobrada!” Ameaça outro. No supermercado, entre duas marcas, se possível, escolhemos a mais cara, afinal, “coisa muito barata não presta”, é o que comentamos.
E se o governo decidisse não cobrar mais por nada. Conta de luz: zero; água: zero; combustível: zero. O que você diria?
É improvável que isso aconteça. Pelo que vemos, os preços tendem a subir cada vez mais. É o velho e bom capitalismo: Cada produto tem seu preço!
Interessante, porém, é que a coisa mais valiosa para nós, muito mais preciosa do que luz, água, cesta básica ou combustível, aquilo que mais necessitamos e que, sem ela, morreríamos, é de graça! Não custa nada, a não ser um “sim” de nossa parte. É óbvio que estou falando da salvação.
O perdão dos pecados, a segurança eterna, a amizade com Deus, a libertação do domínio de Satanás, tudo isso nos vem totalmente de graça (Is. 55.1-2).
Meu amigo, não fique dando murro em ponta de faca, procurando pagar por algo que Deus nos dá gratuitamente. Renda-se a Cristo. Enterre seu orgulho, sufoque sua vaidade, abandone a luxúria. Aceite a oferta de salvação: De graça!
“Porque pela graça sois salvos!” (Ef. 2.8).

Rev. Renato Arbués.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Se confessares

Em 1985, o político brasileiro Tancredo Neves declarou com veemência: “Nem Deus me impede de assumir a presidência”. Em 1966, John Lennon, em uma entrevista, declarou: “O cristianismo vai acabar, vai encolher, desaparecer. Eu não preciso discutir sobre isso. Eu estou certo. Jesus era legal, mas suas disciplinas são muito simples. Hoje, nós somos mais populares que Jesus Cristo". A atriz americana Marilyn Monroe recebeu a visita do missionário Billy Graham, em 1962. Ao final da conversa, ela disse ao pastor: “Não preciso do seu Jesus”.
É impressionante o que a vaidade e a arrogância humana podem fazer. Todas essas pessoas eram famosas, bem-sucedidas em suas respectivas áreas. Importantes. Entretanto, nenhuma delas levou a sério as palavras do rei Salomão: “Não consintas que tua boca te faça culpado” (Ec. 5.6). E todas essas pessoas revelaram ao mundo a sua estupidez por meio de palavras.
Alguns cristãos costumam falar de “palavras de poder”. Procuro na Bíblia algo que fundamente esse ponto de vista e não encontro. O que encontro na Bíblia são palavras que revelam o poder de Deus. Deus é o todo-poderoso. Sua Palavra é poderosa. Mas, as palavras dos homens o máximo que conseguem é dar vazão a toda insensatez que existe em nosso coração.
Jesus alertou: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavars, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.” (Mt. 12.36-37). Veja que, embora não haja poder na palavra humana, todo ser humano será recompensado ou punido pelas palavras que pronunciarem.
No texto de Romanos 10.9, encontramos uma sublime orientação de Paulo a respeito de nossa vida com Deus: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. Ora, quando amamos alguém com todo o nosso coração, a primeira providência que tomamos é declarar este amor, tanto para a pessoa amada quanto para todos que estiverem ao nosso redor.
É assim que Paulo vê a importância de confessarmos o nosso amor por Jesus Cristo. Esse é o meio de sermos redimidos, de fazer real em nossa vida o sacrifício de Cristo na cruz sangrenta em nosso lugar. Você crê que Jesus morreu por você? Você crê que Ele ressuscitou dentre os mortos e está assentado à direita do Pai, todo-poderoso? Se sim, confesse isso, meu amigo. Não tenha vergonha do que as outras pessoas irão dizer. Quem pode recriminar um amor verdadeiro? Quem pode afastar você do amor de Deus, revelado em Jesus Cristo.
Não, não seja tão imprudente como as pessoas que foram mencionadas no início dessa mensagem. Tancredo Neves, que disse que nem Deus o impediria de assumir a presidência do Brasil, subiu a rampa dentro de um caixão. Ele morreu no dia 21 de abril de 1985, antes de tomar posse. John Lennon, que se julgava mais importante que Jesus, foi morto a tiros por um fã. Marilyn Monroe, que afirmou não precisar de Jesus, morreu no mesmo ano que proferiu essas palavras malditas.
Cuidado com o que você diz. Pode ser a última coisa! Então, aproveite que ainda pode falar, e declare o Seu amor por Jesus, confessando-o como o seu Salvador, Aquele que morreu, porém, ressuscitou dentre os mortos e nos garante a vida eterna.
Lembre-se, caro leitor: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.
Creia nisso!
E confesse!

Rev. Renato Arbués.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ouro de tolo

Você conhece a expressão “dourar a pílula”? Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. Assim a expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo. Engava-se, assim, o paciente desavisado. Uma das sensações mais desagradáveis é a de ser enganado. Já aconteceu com você? Comprar um produto esperando uma coisa e descobrir que ele não faz nada do que lhe foi prometido? Casar-se com uma pessoa e conviver com outra? Enfim, é frustrante a sensação de ter comprado gato por lebre.

Quantas vezes as pessoas melhoram a aparência de um produto para que pareçam melhor do que de fato são! Mas o pior é quando as pessoas cometem o pior tipo de engano: enganam a si mesmas. Um trecho lindo de uma música da Legião Urbana, diz: “Como um anjo caído fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira!”

Não é diferente no cristianismo. É comum homens e mulheres pensaram de si que são crentes quando, na verdade, não são. Como evitar esse erro? Há alguns testes que podem nortear a reflexão do crente sincero a esse respeito. Vejamos alguns deles:

1. Que lugar o seu cristianismo ocupa em seu coração?
Embora o ateísmo esteja ganhando novos adeptos, é fato que a maioria das pessoas creem na existência de Deus. No entanto, não basta crer na verdade ou professá-la; não é suficiente que algumas vezes essa verdade produza emoções fortes no íntimo. Porque, o que importa é o que essa verdade produz na sua mente e na sua vida!

O verdadeiro cristianismo governa o coração, controla os sentimentos, orienta a vontade, direciona os gostos, as escolhas e as decisões. Essa mudança é tão evidente que o cristão dirá juntamente com Paulo: “logo, já sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.20)!

Como é o seu coração? Do que ele gosta? Quem governa o seu coração: você ou Deus?

2. Como você encara o pecado?
Salomão escreveu em Pv. 14.9 que “apenas os loucos zombam do pecado”. Essa tem sido uma atitude comum em nossos dias. Fala-se de erro, de temperamento forte, de direito de escolha quando, na verdade, deveria se falar de pecado.

O homossexualismo tornou-se opção sexual; o egoísmo virou capricho; a vaidade é chamada de moda; a desobediência tornou-se natureza difícil e por aí vai. Os homens criam nomes menos desagradáveis para o pecado.

A verdade é que o pecado é algo infeliz, que coloca os pecadores debaixo da ira de Deus e sujeitos à condenação ao inferno. O pecado é a causa de toda a infelicidade do mundo, pois ele arruinou a boa criação de Deus. O profeta Isaías disse que: “os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus” (Is. 59.2).

Como você encara o pecado? Quando você assiste a uma novela (ou filme) em que o adultério, a mentira, o engano são incentivados você se sente mal ou indiferente? Você evita agir como um egoísta ou arrogante? Você evita a mentira?

3. Como você se sente em relação aos meios de graça?
Deus deixou-nos instrumentos para nosso crescimento espiritual. A maioria dos homens, porém, os ignora irresponsavelmente. Algumas pessoas ficam em casa no Dia do Senhor, quando deveriam estar na companhia dos outros filhos de Deus orando, adorando, servindo e ouvindo a Palavra. Não são poucos os homens que passam dias e dias sem se aproximarem da Bíblia e não se importam em ficar distantes da Santa Ceia do Senhor.

Pra você, essas coisas são importantes? Você ora em casa e faz a leitura da Bíblia? Você procura a comunhão dos filhos de Deus na Igreja? Você tem prazer no serviço de Deus? Você se agrada de ouvir a Palavra que pode transformar a vida do pecador?

Não se trata de ser uma pessoa boa, moralmente irrepreensível, honesta. Pílulas douradas por vezes escondem remédios amargos. Você pode parecer bem e bom para os padrões dos outros homens, mas você é realmente um cristão?

Cuidado. É ruim a sensação de ser enganado. Mas é eternamente pior enganar-se a si mesmo!

Rev. Renato Arbués (adaptado)


terça-feira, 17 de maio de 2016

Meu maior bem!

O maior bem de um homem, sem dúvida nenhuma, é Deus. Aliás, Deus é o maior bem de todas as Suas criaturas, como afirmou Bavinck, pois Deus não apenas criou todas as coisas, mas também as sustenta, sendo Ele a fonte de todo o ser e de toda a vida.
Porém, de que adianta a uma pessoa possuir um recurso e não usá-lo? Pior ainda, de que adianta possuir alguma coisa e sequer saber que a possui? Essa é a condição em que se encontra o homem não regenerado. Conforme alertou Paulo, “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2 Co. 4.4). A ideia de “cegar”, porém, não pode nos levar a entender que o homem tenha perdido totalmente qualquer resquício de Deus. O homem é a criatura que, inicialmente, foi criada à imagem e semelhança de Deus, e essa origem divina e essa marca divina nenhum erro pode destruir.
É bem verdade que por causa do pecado, os atributos do conhecimento, justiça e santidade que estavam contidos na imagem de Deus ficaram bastante prejudicados. Entretanto, ainda estão presentes, em “quantidades” suficientes não somente para tornar o homem culpado, mas também para dar testemunho de sua primeira grandeza e lembrá-lo continuamente de seu chamado divino e de seu destino celestial.
A esse respeito, bem disse Santo Agostinho que o coração do homem foi criado por Deus e que por isso ele não pode encontrar descanso a não ser no coração de Deus. Por isso, todos os homens estão procurando por Deus, mas eles não o procuram da forma certa nem no lugar certo. Eles procuram aqui embaixo, mas Ele está lá em cima. Eles O procuram na terra, mas Ele está no céu. Eles O procuram no dinheiro, na propriedade, na fama, no poder, no sexo; e Ele está no alto e santo lugar, e também com o contrito e o abatido de espírito (Is. 57.15).
Eles, os homens, procuram por Deus e ao mesmo tempo fogem dele. Eles não se interessam em conhecer os Seus caminhos, e não podem fazê-lo sem Ele. Eles se sentem atraídos a Deus e ao mesmo tempo repelidos por Ele. Nisso, como observou Pascal, consiste a grandeza e a miséria humana. O homem anseia pela verdade e é falso por natureza. Ele anseia por descanso e se lança de uma diversão para outra. Ele suspira por uma felicidade permanente e eterna e se agarra a prazeres momentâneos. Ele procura por Deus e se perde na criatura.
Felizmente, eu já tenho – e posso declarar – Deus como o meu maior bem. E você?

Rev. Renato Arbués.

E o Reino de Deus?

Não poucas vezes os cristãos são instruídos a pensar no reino de Deus. Buscá-lo em primeiro lugar foi apresentado por Jesus como dever do filho de Deus. Mas, o que tem recebido pouca ênfase na igreja é a necessária obrigação de trabalhar por e neste reino.

Você trabalha por este reino quando sua vida reflete as horas de leitura da Bíblia e de oração que regularmente você faz. Sua participação nos trabalhos regulares da igreja também é uma ótima maneira de fazer algo relevante pelo reino. Você faz parte de uma congregação. Seu lugar, portanto, é com os seus irmãos, compartilhando com eles suas lutas e anseios, suas vitórias e derrotas, suas contribuições para a glória de Deus. Trabalhar pelo reino de Deus é um mister sublime, que demanda boa vontade e dedicação não a si mesmo ao outro por quem Cristo morreu.

Em outra frente, fomos convocados a trabalhar neste reino. Há muitas tarefas a serem feitas e elas não são realizada por anjos e, sim, por seres humanos regenerados, como eu e você. No reino de Deus há pessoas que estão fracas espiritualmente e precisam de socorro; há irmãos que carecem de uma oração, de um aconselhamento, de um sorriso, de um desafio, de uma exortação. E quem deve fazer isso? O pastor e o presbítero? Sim. E você também. É dever de um irmão zelar pelo bem-estar de outro irmão. Você também é responsável por aqueles por quem Cristo morreu.

Assim, temos um grande privilégio de pertencermos ao reino de Deus. Nele, todas as coisas são controladas e dirigidas para um fim: A glória do SENHOR. É nessa perspectiva que avaliamos a nossa vida, nossa família, nosso trabalho. Todas as coisas que somos e fazemos fazem parte de um plano eterno, lindo e perfeito, que, ao final, revelará o quanto Deus é bom e Santo em todos os Seus caminhos.

No entanto, todo privilégio anda acompanhado de responsabilidades. E é nossa responsabilidade trabalhar por e neste reino. Você não pode ser inútil nem parasita. Inútil é aquele que se nega a doar pelo bem da igreja e do próximo. Nega aos irmãos o uso dos seus talentos e dos seus recursos. Parasita é aquele que apenas se senta e desfruta da pregação, do templo e da companhia dos irmãos, sempre sugando e em nada cooperando. Você não é assim!

Avalie sua participação no reino de Deus. Você acha satisfatório o que tem feito ou poderia fazer mais? Que sua consciência não lhe condene, irmão. Antes, seja a sua vida um testemunho da gratidão que você tem por pertencer à família de Deus.

Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

E a política, hein?

João Calvino, certamente, não inventou a fé reformada, entretanto, é inegável a sua importância para o desenvolvimento do pensamento teológico protestante e, em especial, do credo presbiteriano. Nas suas Institutas da Religião Cristã, Calvino afirma (Livro II, cap. II) que “uma vez que o homem é um animal por natureza social, consequentemente propende por instinto natural a promover e conservar esta sociedade, e por isso observamos que existem na mente de todos os homens impressões universais  de uma ordem civil. Daqui resulta que não se  ache ninguém  que não  compreenda ser  conveniente que todas e quaisquer comunidades humanas sejam reguladas por leis.”
É, portanto, um ato gracioso de Deus o de nos dar uma consciência formada de tal maneira que precisemos uns dos outros e que, juntos, formemos a sociedade na qual nossos filhos serão criados e nossa vida desenvolvida. Sendo assim, qual deve a postura cristã diante do atual quadro político de nosso país?
Em primeiro lugar, devemos lembrar que quem governa nossa existência é o Senhor Deus. Somos súditos do Reino de Deus em uma dimensão tal que alguns de nós, infelizmente, ainda não compreendem as implicações disso. Em todo caso, isso significa que precisamos orar todos os dias para que Deus abençoe nosso povo, nossos políticos. Não creio que seja necessário dizer a Deus o que fazer. Ore para que Deus conduza o coração de nossos líderes (Pv. 21.1) e Ele saberá o que fazer.
Em segundo lugar, precisamos entender que as pessoas são diferentes e isso implica, entre outras coisas, que elas pensam diferentemente de nós sobre muitas coisas. Uns gostam de praia, outros de fazenda; uns amam ler, outros preferem assistir a um filme. Então, é natural que uns elejam um partido, enquanto outros votem em outro partido. E ponto. Respeitemos isso e vivamos em paz (Cl. 3.14).
E, por fim, mas não por último, apesar de tanta corrupção, tanta chantagem, tanta mentira, é melhor viver num país democrático do que num lugar em que não possamos emitir opiniões, professar uma fé ou escolher entre partidos diferentes.
Como ensinou Calvino, vamos nos esforçar para manter a ordem civil, a começar pela manutenção de nossa amizade.

Rev. Renato Arbués.