Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

COM VERGONHA


Somos uma nação evangélica. Pelo menos foi isso que os dados do Censo 2010 divulgados pelo IBGE disseram. Há 30 anos, os que se diziam católicos representavam 89% da população brasileira. Hoje, são 65%. Enquanto isso, nos anos 1980, 7% da população se dizia evangélica. Hoje esse índice está em 22%.

No Censo anterior, de 2000, os números eram bem parecidos. A população católica representava 73,8%; os evangélicos, 15,45%. No entanto, o terceiro grupo “religioso” significativo, era o dos sem religião, 7,3%.

Os sem religião formam uma categoria à parte. Geralmente, são jovens, filhos de pais crentes, que se afastaram do convívio da igreja mas, conforme dizem, continuam amando a Deus e seguindo Seus princípios. Do jeito deles, claro.

Esses números nos fazem pensar. Se somarmos os 65% de católicos com os 22% de evangélicos, teremos 87% da população brasileira praticante do cristianismo. É gente pra caramba.

Um estrangeiro cristão, ao ler esses números, deve pensar que o Brasil é uma maravilha. Pouca violência, famílias felizes, igualdade, muito amor e paz. Eu, porém, pergunto a você: Seu mundo é assim? Você se sente seguro andando pelas ruas da nossa cidade? Sente que há igualdade, em particular, no que diz respeito à distribuição da justiça?

Penso que vamos ficar chocados quando os números referentes aos sem religião forem divulgados. Seguramente, essa categoria já deve bater a casa dos dois dígitos. A julgar pelo que vemos, ou melhor, pelo que não vemos nos bancos das igrejas, o número cresceu. E muito.

Felizmente, o IBGE ainda não criou a categoria dos sem compromisso. Aí, nós, os 87% de cristãos que há no Brasil, ficaríamos reduzidos a ____ % (complete você).

Pense nisso.

Rev. Renato Arbués.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Você ou o inferno!


Meditação baseada em Romanos 9.3:

Religião estranha, esse cristianismo. Como é possível entender uma doutrina que ensina que o fiel deve batalhar para manter um bom relacionamento com o Seu Deus, por meio de horas e horas de estudo bíblico, de oração, de participação em cultos públicos e outras atividades espirituais e, de repente, apenas por amor aos demais fiéis, desejar distanciamento desse Deus?

Pois é, por mais complicado que seja compreender algo assim, é exatamente isso que Paulo nos ensina. O apóstolo amava seus compatriotas com tamanha intensidade que, se preciso, a fim de vê-los salvos, seria capaz de separar-se de Cristo. Mais: O velho discípulo disse que seria melhor ser maldito (anátema) do que ver seus irmãos perdidos.

É difícil aceitar ou entender, mas não é nenhuma novidade. A essência do evangelho está no amor a Deus e ao próximo. A evidência maior do amor é a disposição em fazer o outro feliz. No caso de Deus, o que O deixa feliz é a nossa obediência (Jo. 14.15; 15.14). Todo aquele que diz amar a Deus deve obedecê-lo.

Devemos obedecer à ordem de congregar-nos (Hb. 10.25), de meditar na Palavra (Sl. 119.97), de orar (1 Ts. 5.17), de participarmos da Santa Ceia (1 Co. 11.23-32), de santificarmos (Hb. 12.14), de cuidar dos órfãos e das viúvas (Tg. 1.27) e de evangelizar os que estão perdidos (Mt. 28.18-20).

O bem-estar do outro deve ser colocado acima do nosso. Cristo fez isso quando Se entregou para morrer naquela cruz horrível. Ele não veio para fazer a Sua vontade, mas a do Pai. Jesus estava sempre colocando a satisfação do outro (do Pai, dos eleitos) acima da sua. Cristo é o nosso exemplo. O que Ele fez, devemos fazer também.

Dessa forma, o desejo de Paulo está de acordo com o que o homem de Nazaré nos ensinou. As palavras de Paulo foram: “Porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” (Rm. 9.3).

Infelizmente, essa não é uma atitude muito comum entre os evangélicos de hoje. Estamos tão absortos nos nossos problemas, nas nossas dificuldades, na nossa vida que, raramente, temos tempo para preocupar-nos com a vida do outro, quanto mais desejar salvá-la, se para isso for necessário investir tempo e/ou recursos pessoais.

Imagine – mesmo que seja uma tarefa por demais difícil – uma família em que o homem desejasse ir para o inferno a ver sua esposa infeliz; em que uma mulher desejasse perder a comunhão com Cristo a deixar esfriar o romance com o esposo; em que os filhos desejassem a condenação a desobediência aos pais. Que família, não é mesmo?

Por que não pode ser assim, se somos filhos de Deus? Se temos Cristo como Salvador e Senhor de nossas vidas, por que não conseguimos imitá-lo justamente no ponto principal de Seu ministério, o amor?

Não espere sua esposa começar a seguir o exemplo de Cristo, homem, comece você a amá-la acima de tudo. Mulher, não espere a mudança do seu marido. Mude você! Filho, não espere ter pais dedicados a você, dedique sua vida a seus pais.

Se for muito difícil fazer isso, peça ajuda a Deus. Para Ele, não há impossíveis.

Rev. Renato Arbués.