Você conhece a expressão “dourar a
pílula”? Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para
melhorar o aspecto do remedinho amargo. Assim a expressão dourar a pílula,
significa melhorar a aparência de algo. Engava-se, assim, o paciente
desavisado. Uma das sensações mais desagradáveis é a de ser enganado. Já
aconteceu com você? Comprar um produto esperando uma coisa e descobrir que ele
não faz nada do que lhe foi prometido? Casar-se com uma pessoa e conviver com
outra? Enfim, é frustrante a sensação de ter comprado gato por lebre.
Quantas vezes as pessoas melhoram a
aparência de um produto para que pareçam melhor do que de fato são! Mas o pior
é quando as pessoas cometem o pior tipo de engano: enganam a si mesmas. Um
trecho lindo de uma música da Legião Urbana, diz: “Como um anjo caído fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é
sempre a pior mentira!”
Não é diferente no cristianismo. É
comum homens e mulheres pensaram de si que são crentes quando, na verdade, não
são. Como evitar esse erro? Há alguns testes que podem nortear a reflexão do
crente sincero a esse respeito. Vejamos alguns deles:
1. Que lugar o seu cristianismo ocupa
em seu coração?
Embora o ateísmo esteja ganhando
novos adeptos, é fato que a maioria das pessoas creem na existência de Deus. No
entanto, não basta crer na verdade ou professá-la; não é suficiente que algumas
vezes essa verdade produza emoções fortes no íntimo. Porque, o que importa é o
que essa verdade produz na sua mente e na sua vida!
O verdadeiro cristianismo governa o
coração, controla os sentimentos, orienta a vontade, direciona os gostos, as
escolhas e as decisões. Essa mudança é tão evidente que o cristão dirá
juntamente com Paulo: “logo, já sou eu
quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.20)!
Como é o seu coração? Do que ele
gosta? Quem governa o seu coração: você ou Deus?
2. Como você encara o pecado?
Salomão escreveu em Pv. 14.9 que “apenas os loucos zombam do pecado”.
Essa tem sido uma atitude comum em nossos dias. Fala-se de erro, de
temperamento forte, de direito de escolha quando, na verdade, deveria se falar
de pecado.
O homossexualismo tornou-se opção
sexual; o egoísmo virou capricho; a vaidade é chamada de moda; a desobediência
tornou-se natureza difícil e por aí vai. Os homens criam nomes menos
desagradáveis para o pecado.
A verdade é que o pecado é algo
infeliz, que coloca os pecadores debaixo da ira de Deus e sujeitos à condenação
ao inferno. O pecado é a causa de toda a infelicidade do mundo, pois ele
arruinou a boa criação de Deus. O profeta Isaías disse que: “os nossos pecados fazem separação entre nós
e Deus” (Is. 59.2).
Como você encara o pecado? Quando
você assiste a uma novela (ou filme) em que o adultério, a mentira, o engano
são incentivados você se sente mal ou indiferente? Você evita agir como um
egoísta ou arrogante? Você evita a mentira?
3. Como você se sente em relação aos
meios de graça?
Deus deixou-nos instrumentos para
nosso crescimento espiritual. A maioria dos homens, porém, os ignora
irresponsavelmente. Algumas pessoas ficam em casa no Dia do Senhor, quando
deveriam estar na companhia dos outros filhos de Deus orando, adorando,
servindo e ouvindo a Palavra. Não são poucos os homens que passam dias e dias
sem se aproximarem da Bíblia e não se importam em ficar distantes da Santa Ceia
do Senhor.
Pra você, essas coisas são
importantes? Você ora em casa e faz a leitura da Bíblia? Você procura a
comunhão dos filhos de Deus na Igreja? Você tem prazer no serviço de Deus? Você
se agrada de ouvir a Palavra que pode transformar a vida do pecador?
Não se trata de ser uma pessoa boa,
moralmente irrepreensível, honesta. Pílulas douradas por vezes escondem
remédios amargos. Você pode parecer bem e bom para os padrões dos outros
homens, mas você é realmente um cristão?
Cuidado. É ruim a sensação de ser
enganado. Mas é eternamente pior enganar-se a si mesmo!
Rev. Renato Arbués (adaptado)
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