Por
alguma razão desconhecida, o progresso faz com que as pessoas desprezem o
passado, como se este não oferecesse qualquer coisa de valor. Isso é
especialmente verdadeiro em nossa geração, que vive a era da tecnologia, da
internet, do celular. Em nossos dias, mesmo entre os que confessam ser crentes
existe uma rejeição sutil dos valores do cristianismo histórico.
Essa
tendência é preocupante, sobretudo, no que diz respeito à família. A família é,
de longe, a instituição de Deus mais atacada, desprezada e desonrada de nossa
geração. Os valores bíblicos não estão sendo apenas negados; estão sendo
trocados. Outros princípios têm sido escolhidos pelos homens modernos para, por
meio deles, pautarem suas vidas.
Há
anos, as novelas da Rede Globo promovem a promiscuidade, a homossexualidade e a
violência. A rede Record, tida como primeira rede aberta de televisão
evangélica não oferece alternativa. Pelo contrário, escolhe copiar o que a
Globo tem de pior. Os valores morais de suas novelas não são diferentes. Em
todas elas, encontraremos mentira, violência, homossexualidade e coisas que o
velho e bom cristianismo rejeita e declara ser erradas.
Contudo,
se você quiser manter bem longe da sua família essas influências malignas e
perniciosas, preste atenção ao que ensinam as Sagradas Escrituras sobre o
cuidado adequado que deve ser dispensado à família:
Dt. 6.4-9:
“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o
único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda
a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão
no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em
tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as
atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as
escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas”.
Para
praticar o que Moisés ensinou, é preciso que restauremos o culto doméstico.
Talvez o recurso mais importante deixado por Deus para a salvação de nossa família.
O
culto doméstico é importante porque somos mordomos dos dons de Deus. O salmista
disse, literalmente, que os filhos são dons do Senhor para nós: “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do
ventre, seu galardão” (Sl. 127.3). Isto explica por que Deus condenou, na
época de Ezequiel, o povo de Jerusalém por sacrificar seus filhos aos ídolos.
Ao fazerem isso, tais pessoas estavam destruindo a preciosa possessão do
Senhor: “Demais, tomaste a teus filhos e
tuas filhas, que me geraste, os sacrificaste a ídolos, para serem consumidos.
Acaso, é pequena a tua prostituição? Mataste a meus filhos e os entregaste a
elas como oferta pelo fogo” (Ez. 16.20-21).
Não
perca esta importante verdade: nossos filhos pertencem a Deus, e somos mordomos
designados por Ele para cuidar destas almas que nunca morrerão. Seremos
julgados como responsáveis por aquilo que fizermos com os filhos que Deus
colocou sob os nossos cuidados. Isto significa que devemos usar todos os meios
que Ele nos deu para alcançar os nossos filhos com o evangelho do Senhor Jesus
Cristo.
Esses
esforços serão acompanhados por um senso de responsabilidade espiritual para
transmitir a fé à próxima geração. O professor Neil Postman disse: “Os filhos
são mensagens vivas que enviamos a um tempo que não veremos”.
É
o próprio Deus que nos outorga esta mordomia, por um curto tempo, com a
expectativa de que seremos bons mordomos destas preciosas dádivas e de que os
levaremos, em um contexto de influência evangélica, a conhecer o Senhor e
torná-lo conhecido às gerações vindouras: “A
posteridade o servirá; falar-se-á do Senhor à geração vindoura” (Sl.
22.30).
O
desejo de nosso coração para com nossos filhos deve ser semelhante ao de Paulo
para com os crentes da Galácia, os quais ele chamou de filhos “por quem, de
novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl. 4.19).
Se
Cristo é a nossa vida, em cada respiração que Ele nos proporciona procuremos
apresentá-lo aos nossos filhos, tanto pelo viver como pelo falar. A Bíblia é
bastante clara: temos de viver não somente para nós mesmos, mas também para a
geração vindoura.
Pense
nisso, e cuide de sua família.
Rev. Renato Arbués.
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