Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

VOCÊ SE PARECE COM UM POLÍTICO?

Senhor do Bonfim comemorou mais um aniversário no último dia 28/05. São cento e vinte e quatro anos. Muita coisa deve ser celebrada; outras, esquecidas. Como presente, nosso prefeito anunciou a inauguração de várias novas obras. Uau!

Bem, não pense que neste texto será discutida a necessidade de reformas em praças públicas. De jeito nenhum. Também não espere encontrar aqui qualquer tipo de avaliação (positiva ou negativa) da administração municipal. Longe disso. Nesta pastoral, tenho a intenção de comparar. Sim, comparar a atitude de governantes com a atitude de crentes. Há semelhanças? Quais?

Considerando que nossos governantes são pessoas inteligentes e responsáveis, não há razão para questionarmos a utilidade das obras inauguradas. Eram necessárias. E ponto. Claro, algumas deveriam ter sido entregues há mais tempo. Você, com certeza, pensou na Praça Nova.

Pois é. Nesse ponto começam as semelhanças. Por que será que alguns governantes quando iniciam um projeto não fazem uma análise bem rigorosa acerca dos gastos, das condições, do tempo – enfim – de todas as coisas envolvidas na consecução do empreendimento? Quantas vezes lemos que determinada ponte terá um custo de R$ X,00 para os cofres públicos e, na inauguração, somos informados de que o preço final foi R$ XXX,00? Tratando-se de pessoas honestas, a única conclusão possível é a de que alguns cálculos não foram tão rigorosos!

Algo muito parecido se dá com os cristãos. Sem uma pré-avaliação rigorosa, muitas vezes se lançam em projetos cujos “custos” envolvidos são subestimados. E, depois, quando percebem que terão que “gastar” 3 ou 4 vezes mais dedicação, tempo e amor, do que haviam planejado, entregam uma “obra” inacabada ou malfeita. Mas inauguram a obra com pompa. Informam a familiares e amigos que terão um “cargo” na igreja (professores de EBD, diretores de sociedades internas, diáconos, presbíteros, pastores...). Muito barulho. Já a qualidade da obra...!

Outra semelhança: Gestores públicos também são peritos em defender sua gestão. Quando perguntado por que o gasto final com o asfalto de uma rua na cidade de São Paulo havia sido 6 vezes maior que o projetado, o governador à época respondeu: “Um asfalto lindo desse e você vem me falar de detalhes?” (grifo meu). Pois é... O que são 6 vezes mais dinheiro investido numa obra, se considerarmos a beleza dela?

Cristãos também estão se tornando experts em defenderem suas atitudes. “Não tenho visto o irmão na Igreja há várias semanas!”, comenta o pastor. “Pois é, pastor, é que eu tenho andado muito ocupado.” – responde o irmão. “É uma pena... Em todo caso, saiba que nessas últimas semanas, eu e um bando de desocupados temos orado por você e sua família”.

O problema com algumas desculpas é que elas subestimam o interlocutor. Parece que os outros trazem inscrita na testa a marca “IDEUDE” (IDIOTA ESPERANDO UMA DESCULPA ESFARRAPADA). Às vezes dá certo; outras, não.

Vamos agradecer a Deus por nossa cidade. Apesar do muito que precisa ser feito para melhorá-la temos motivos, sim, para comemoração. Façamos o mesmo pela nossa Igreja. Há muito o que fazer para que ela se torne mais marcante, mais pura e, assim, sirva melhor a Deus e à comunidade.

Que Deus abençoe à cidade de Senhor do Bonfim, seus governantes, sua gente. E que esse mesmo bom Deus abençoe nossa Igreja, seus governantes e sua gente.

Uma última coisa: se tivermos que ser parecidos com os gestores, procuremos outras características. Certamente as encontraremos!
Rev. Renato Arbués.