terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sou eu! (João 6.16-21)

Sou eu. Não temais!

Procure visualizar a cena. Os discípulos num barquinho, noite alta e o mar começava a ficar agitado. O medo do naufrágio, o pavor natural que se sente da tempestade, tudo isso concorria para o estado de espírito em que se encontravam os doze homens. De repente, um vulto aparece em alto mar. Um fantasma? Uma ilusão de ótica? Um anjo? Um demônio?

Pegue um pouco de superstição, acrescente uma boa dose de medo e você chegará perto do que os discípulos de Jesus sentiram naquela ocasião. E, como se não bastasse, ainda tinham que imaginar uma saída, sim, para onde fugir, caso se tratasse do pior?

Então, ouvem a doce voz de Jesus: “Sou eu. Não temais!”. Para eles, soou como a voz de um amigo a quem se pode recorrer nas horas difíceis; como o socorro bem presente na tribulação. Era Jesus. Não havia necessidade de medo. “Então, eles, de bom grado, o receberam, e logo o barco chegou ao seu destino” (Jo. 6.21).

Ainda bem que os discípulos conseguiram ouvir a voz de Jesus naquela tempestade. Não raras vezes, as pessoas costumam agir diferente. Na aflição, o medo fala tão alto que não se escuta mais nada. Preferimos dar ouvidos aos receios, superstições, bobagens que nos são ditas ou nas quais acreditamos e fechamos os ouvidos para as palavras da vida.

Ora, Jesus advertiu os seus seguidores quanto à necessidade de ouvirem a sua voz: “As ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz” (Jo. 10.3-4).

As tempestades da vida são muitas. Como se fossem poucos os desafios que os relacionamentos familiares e profissionais nos impõem, ainda temos que aprender a lidar com as nossas confusões internas. Estamos agitados e não acreditamos mais em qualquer palavra que nos fale de um futuro melhor. Alguns estão tão sobrecarregados que, aparentemente, não podem mais ser aliviados de suas cargas. Isso é triste. Tal estado pode conduzir à depressão e à solidão.

O que fazer?

Em primeiro lugar, ouça Cristo dizer: “Sou eu”. Não é um mero homem, não é apenas mais um conselheiro, não é um terapeuta, nem o melhor psicólogo que já existiu. “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo. 8.58). Jesus é o Filho de Deus. É o Deus encarnado, glorificado, majestoso e Salvador. Ele pode aliviar nossas cargas porque Ele é Deus e é bom. Ele é a resposta para as nossas questões mais essenciais. Ele é o único caminho que nos leva à paz. Ele é Jesus.
Em segundo lugar, ouça Cristo dizer: “Não temais”. Sim, por que temer? Afinal, “se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm. 8.31). Quando você sentir a doce presença de Cristo em sua vida, perceberá que não poderá demolir suas estruturas. Não há lugar para o medo, porque “no amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 Jo. 4.19-20).

Você quer parar de ter medo? Quer parar de se sentir pequeno diante dos outros e do mundo? Ouça Jesus. Ele diz pra você: “Sou eu. Não tema”!

Pense nisso.

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