Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

domingo, 28 de agosto de 2011

FALTA DE SORTE OU DE VERGONHA?


Foi trágico. E irônico. Mas, também foi revelador desses nossos tempos. Aliás, tempos confusos, esses! As agências de notícias deram destaque a um caso de traição. Coisa, a bem da verdade, corriqueira hoje em dia. Porém, o trágico está no fato de que uma mulher casada resolveu se prostituir. E pôs anúncio num jornal oferecendo seu corpo. O que leva uma mulher a se prostituir? Pior, o que leva uma mulher casada à prostituição? Trágico demais.

A tragédia não termina. Um homem casado procurou seus serviços. A mesma indignação deve ser direcionada contra esse senhor. Por que um homem comprometido com alguém pelos votos do matrimônio procuraria uma prostituta? Estarão os laços da casamento tão frágeis assim? As promessas feitas diante de Deus e dos homens, as juras de amor, os votos, perderam o valor? Ou nunca tiveram valor?

Mas foi irônico. O homem em questão, que ligou para uma profissional do sexo, não sabia que do outro lado da linha estava – pasmem – sua própria esposa! Pois é. Você vai dizer que os dois se merecem, não é mesmo? Na opinião do marido, é a esposa que não tem pudor nem vergonha. Ele tentou agredi-la com uma barra de ferro. Foi um escândalo em Blumenau, Santa Catarina.

Entrevistada, a mulher declarou que “não tinha sorte na vida”. Vou contextualizar à custa da redundância. Ela lamentava o fato de que, em duas tentativas, não conseguir efetivar o adultério. Por isso, se considerava sem sorte. No caso, sorte ela teria se tivesse conseguido êxito na prostituição.

Você está entendendo? Em que mundo uma mulher que consegue trair o marido pode se considerar sortuda? Bem, de acordo com o apóstolo Paulo, este mundo existe. E, exatamente para nos proteger dele, foi que Deus nos orientou pelas Escrituras Sagradas. O que para nós é trágico e inusitado, para o Espírito Santo é próprio da natureza humana. Por isso, ele disse: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio coro em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus.” (1 Ts. 4.3-5).

De acordo com o Espírito Santo, a história dessa mulher não é trágica nem irônica. Ela é a pura confirmação do efeito do pecado na natureza humana. O pecado denigre a dignidade, a santidade, a imagem de Deus no homem. Uma mulher querer trair o marido ou um marido desejar enganar a esposa é fruto do pecado. É a tendência natural de todo homem que se encontra afastado de Deus e vendido à iniquidade.

O cristão é diferente, “porquanto Deus não nos chamou para a impureza e sim para a santificação” (1 Ts. 4.7). O homem temente a Deus vive em obediência a Ele, sabe respeitar os compromissos e honra a santidade do corpo, do seu e da esposa. Para ele, uma história dessa não tem graça.

Nenhuma.

Rev. Renato Arbués.

sábado, 20 de agosto de 2011

O Deus desconhecido!

O título remete ao apóstolo Paulo em Atenas. Enquanto esperava por Silas e Timóteo, dissertava na sinagoga e na praça todos os dias. Além de judeus e gentios piedosos, na platéia de Paulo encontravam-se também filósofos epicureus (buscavam prazeres moderados) e estóicos (propunham viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselhavam a indiferença em relação a tudo o que é externo ao ser). Estes últimos levaram o apóstolo até o Areópago (Colina de Ares), um antigo tribunal, repleto de imagens de deuses. O texto bíblico relata o desconforto de Paulo ante a idolatria dominante na cidade (At. 17.16). Até que uma imagem chama a sua atenção.

Era a imagem dedicada ao Deus desconhecido (At. 17.23). No afã de agradar a todos os deuses, os gregos decidiram dedicar um monumento a uma possível divindade cujo nome lhes era desconhecido. Veja você, caro leitor, o zelo do povo que nos legou, entre outras coisas, a filosofia e a democracia, não lhes permitia ignorar um elemento vital da constituição humana: a alma.

Alma que anda muito negligenciada em nossos dias. As pessoas modernas não têm tempo pra essas bobagens de religião. Estão realizando projetos excelentes, estão construindo um futuro melhor, futuro este, ressalte-se, que propiciará banda larga de graça, estádios modernos, tv digital, educação de qualidade... Tudo sem a menor necessidade de Deus ou da “famigerada” religiosidade.

Já há setores trabalhando nisso. Veja uma novela, por exemplo. Você sabe qual o segredo de um personagem (às vezes, tem-se que esperar até o último capítulo), qual o sexo, quais as intenções, quais os amigos, onde mora, como mora, onde trabalha, quem são os inimigos, enfim, sabe tudo, menos a religião. Porque numa novela não há espaço para essas coisas de religião.

O apresentador Datena foi processado pela Associação dos Ateus por declarar que uma pessoa sem Deus é capaz de matar. Um pastor também foi processado, e condenado, junto com a rede TV, a indenizar pessoas que se sentiram ofendidas por declarações contra o ateísmo. Resultado: Ninguém mais pode falar o que nossos avós já diziam sobre quem não tem Deus. Você sabe bem, mas, tem coragem de dizer bem alto?

E assim vamos vivendo numa sociedade com tantos deuses e ao mesmo tempo sem deus nenhum. A arte, antes agente de divulgação das obras divinas, hoje trabalha para destruir ou apagar a imagem divina de nossas vidas.

E as igrejas? Haveria ainda igrejas que preservam o culto à divindade? Outro dia ouvi um pastor falar que odiava a Teologia da Prosperidade. Segundo ele, a Teologia da Prosperidade não oferece Deus para as pessoas. Na verdade, o que a Teologia da Prosperidade oferece, oferece ao homem natural. Quem precisa nascer de novo para querer ser rico ou prosperar? Quem precisa ter um novo coração (no sentido espiritual) para querer ter saúde? Ninguém. Pois é. Infelizmente, o deus oferecido nas igrejas de hoje está interessado na demanda do homem moderno, que quer tudo, menos Deus.

Fico pensando se, daqui a alguns anos, não teremos de erguer um monumento ao Deus que, a cada dia, vai ficando mais desconhecido.

Rev. Renato Arbués.



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

REBELDIA ONTEM, TRISTEZA HOJE!


A rebeldia sempre foi associada ao espírito jovem. Se havia um “espaço” para que a atitude contestadora se manifestasse, sem dúvida nenhuma, esse seria a juventude. Não por acaso, o rock, rebelde por nascimento, tem nos jovens o seu maior público.

Acontece que, com o tempo, as reivindicações dos jovens rebeldes começaram a ser atendidas. Queriam sexo, inventaram a pílula anticoncepcional, o preservativo (masculino e feminino), a pílula do dia seguinte; queriam drogas, receberam o LSD, a cocaína, a maconha, o crack, tudo, com o perdão do trocadilho, a preço de farinha; queriam rock, deram-lhes o punk rock, estilo que exige basicamente 3 acordes e vocalistas desafinados, porém, com atitude (cabelos extravagantes, jaquetas de couro e calça jeans rasgadas). E agora, querem o quê?

Roger Moreira, músico dos anos 80, captou essa sensação de “satisfação”. Os jovens tinham tudo o que queriam. A música “Rebelde sem causa”, do Ultraje a Rigor, traz a seguinte letra (trechos): “Meus dois pais me tratam muito bem [...]. Meus dois pais me dão muito carinho [...]. Minha mãe até me deu essa guitarra, ela acha bom que o filho caia na farra. E o meu carro, foi meu pai quem me deu [...]. Meus pais não querem que eu fique legal. Meus pais não querem que eu seja um cara normal. Não vai dar, assim não vai dar. Como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar. Não vai dar, assim não vai dar. Pra eu amadurecer sem ter com quem me rebelar”. Jovem sem rebeldia, de acordo com a música, não amadurece. Pronto, os jovens não tinham mais uma razão para viver.

Hoje, porém, aqueles jovens dos anos 80 cresceram. São pais. O dilema agora é outro. Eles continuam frustrados porque sentem que estão diante do mesmo vazio que o perseguiram durante a juventude. É o mesmo sentimento. Queriam uma família, conseguiram uma. E agora não se realizam mais com o cônjuge. Os filhos cresceram e dão mais preocupação que alegria. E se perguntam intimamente: Valeu a pena ter me casado? Vale a pena continuar casado?

E o vazio continua.

Não acham mais graça em nada do que fazem. Igreja, trabalho, estudo. Nada realiza, nada satisfaz, nada responde às inquietações de fim de noite. O que fazer? Por que fazer alguma coisa? Entra dia e sai dia, sempre a mesma coisa. Desistir? Alguns deixam tudo pra trás e recomeçam, de forma egoísta, a vida com outra pessoa; outros preferem a saída mais curta e vexatória, o suicídio.

Na verdade, a única pergunta que realmente importa não está sendo feita. Ou seja, você está disposto a fazer o necessário para vencer essa crise? Honestamente, é difícil acreditar que a resposta tenha sido um “sim”. Porque o necessário é simples e claro. Aliás, a dúvida não é minha. A dúvida foi proposta pelo Senhor Jesus Cristo, quando disse: “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo. 5.40).

A rebeldia é o melhor caminho para chegar ao desespero e à frustração. Jesus é o única caminho para superar essas enfermidades espirituais.

O que você quer?


Rev. Renato Arbués.