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terça-feira, 28 de julho de 2009

Michael Jackson, Huck ou Cristão?

Michael Jackson morreu. Certamente, você já ouviu e leu essa notícia dezenas de vezes nos últimos dias. Então, fique tranquilo e leia só mais uma vez a notícia mais comentada do momento: Michael Jackson morreu! O problema é saber quem foi que morreu. Ficou confuso? Deixa eu tentar esclarecer.

Quando eu pergunto quem foi que morreu, quero saber se foi aquele menininho negro, lindo, integrante mais talentoso do grupo “Jackson Five”, que cantava e encantava o mundo nos anos 60, aos 12 anos de idade, com “I’ll be there” e “Ben”? Ou será que morreu o bem-sucedido jovem cantor moreno, que em 1982, aos 24 anos, lançou “Thriller”, o álbum musical mais vendido de todos os tempos? Ou morreu o senhor branco, de aparência estranha, que causava desconforto em quem olhasse para seu rosto e que, aos 50 anos, falido, tentava desesperadamente levantar fundos numa última série de shows para saldar suas dívidas? E aí, me diga você: Quem morreu?

Michael Jackson metamorfoseou-se diante de nossos olhos. A cada aparição uma mudança. Duas palavras podem definir com precisão essas transformações: diferente e estranho. Era nariz diferente, cabelo diferente, rosto diferente. E a cada mudança, ele ficava mais estranho. Pode-se dizer que ele se esforçou, e conseguiu, ir do bonito ao feio diante de nossos olhos. Isso me fez pensar no Huck e nos cristãos.

O Huck, pra quem se lembra, era o doutor Robert Bruce Banner. Cientista, o Dr. Banner estudava os usos e efeitos da radiação gama quando, num acidente, foi atingido por uma bomba-G (raio gama) e a partir daí sua vida mudou. Toda vez que ficava sob forte stress, o Dr. Banner se transformava numa monstruosa criatura verde, extremamente forte, que atacava os seus inimigos e protegia a quem gostava. Taí outro camarada esquisito. De brilhante cientista a um monstro estúpido em poucos segundos. A semelhança com Michael Jackson está na metamorfose, na transformação. Ambos se convertiam em outra pessoa. De frágeis e educados a seres de aspecto monstruoso, que assustavam desde criancinhas a senhoras desavisadas que olhassem para eles.

A essa altura, você já deve ter percebido a associação que pretendo fazer entre esses dois e o cristão. Assim como os personagens mencionados, o cristão também passa por várias transformações ao longo de sua vida: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm. 12.2). Há, ainda, aquela que é a maior de todas as transformações que o cristão sofre: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co. 5.17).

Enquanto pessoas sem Deus ficam mais feias, tanto no aspecto físico quanto no espiritual, o povo de Deus, ao contrário, vai ficando cada vez mais belo: “Vós sois a luz do mundo!” (Mt. 5.14). “Vós sois filhos da luz e filhos do dia!” (1 Ts. 5.5). O cristão vai mudando, sim, mas para melhor. A cada dia, ele se torna mais bonito, mais alegre, mais vistoso, porque a cada dia, ele se aproxima do seu ideal: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo, de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (Fp. 3.20-21).

Pois é. Com quem você gostaria de se assemelhar: Michael Jackson, Huck ou ao Cristão?


Rev. Renato Arbués.