Eu não sei você, mas, eu, honestamente,
já estou me aborrecendo com essa história de homofobia, preconceito, PLC 122 e
etc. Também já me cansei de ouvir os discursos inflamados do Exmo. Dep. Fed. Jean Wyllys, o mais notório defensor da
causa gay no Brasil.
Afinal, o que está em pauta, na verdade? A todo momento,
somos convidados a debater o casamento gay. Ótimo, vamos debatê-lo. Sob que
perspectiva? Filosófica, antropológica, sociológica, teológica? Nenhuma!
Nenhuma porque, se você ousar manifestar uma opinião contrária às pretensões
gays, logo é taxado de preconceituoso, ignorante, estúpido, fundamentalista e
coisa e tal. Ora, um debate em que se nega a uma das partes o contraditório é,
no mínimo, um absurdo! Foge de qualquer definição aceitável de debate.
Que alguém queira defender um comportamento,
uma ideia, um princípio, é perfeitamente compreensível e aceitável numa
sociedade democrática. No entanto, não se pode classificar como defeito alheio
o que, em nós, é virtude. Explico: Um cristão defendendo seu estilo de vida,
embasado nas Escrituras Sagradas, é fundamentalista e preconceituoso. Já um
homossexual, defendendo seu estilo de vida, embasado na sua ideologia, é
intelectual e moderno. Não concordo. Dois pesos, duas medidas?
Um bom exemplo disso, podemos encontrar nas afirmações
radicais a respeito da Bíblia por parte de alguns defensores da PL 122: “A
Bíblia é ridícula!”, “A Bíblia é machista, arcaica e cheia de erros!”, “A
Bíblia deve ser interpretada como mito”. A liberdade de expressão é um
direito garantido pela nossa Constituição. Portanto, não há nenhuma ilegalidade
nessas afirmações. Porém, se alguém diz que “o casamento gay é uma afronta à
família”, “que a homossexualidade é ridícula e abominável”, logo terá negado o
direito à liberdade de expressão, sendo imediatamente rotulado como “fomentador
do ódio, do preconceito, do fundamentalismo”. Ou seja, a liberdade de expressão
pertence a uns e a outros, não? De novo,
não concordo.
Citando um comentário do filósofo Olavo de Carvalho,
declarações contra os homossexuais devem ser evitadas, porque todas as pessoas,
independentes de qualquer coisa, merecem respeito. Porém, declarações contra
cristãos também devem ser evitadas. O preconceito mata. E, se formos colocar os
números no papel, não há dúvida de que os cristãos também sofreram muito mais
ataques preconceituosos – incluindo o uso da violência – tanto quanto vários
outros grupos perseguidos por suas posições.
Não se trata de uma cruzada. Trata-se, na verdade, do
exercício de dois dos mais sagrados direitos humanos: O direito de pensar e de
expressar o pensamento! Por que temos de aceitar que apenas um grupo tenha o
direito de expressar-se? De acordo com Marilena Chauí, a democracia se
distingue por ser “a única sociedade e regime que considera o conflito
legítimo, como direito a ser reconhecido e respeitado”. O que se propõe hoje,
no entanto, é negar o conflito, elegendo apenas um discurso como válido e
legal. Mais uma vez, não concordo!
Como diz a Bíblia: “A boca do insensato é a sua
própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma.” (Pv. 18.7).
Penso, logo digo!
PS: Cristofobia:
Medo de Cristo ou do cristianismo; Fronemofobia: Medo de pensar.
Rev. Renato Arbués.
1 comentários:
Como sempre, o Rev. Arbués nos presenteia com mais um artigo de suma importância para nos auxiliar no entendimento da 'liberdade' do pensamento cristão. Parabéns, Rev. Arbués.
Mauro
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