terça-feira, 10 de setembro de 2013

RIR OU CHORAR?

Foi trágico. E irônico. Mas, também foi revelador desses nossos tempos. Aliás, tempos confusos, esses! As agências de notícias deram destaque a um caso de traição. Coisa, a bem da verdade, corriqueira hoje em dia. Porém, o trágico está no fato de que uma mulher casada resolveu se prostituir. E pôs anúncio num jornal oferecendo seu corpo. O que leva uma mulher a se prostituir? Pior, o que leva uma mulher casada à prostituição? Trágico demais.

A tragédia não termina. Um homem casado procurou seus serviços. A mesma indignação deve ser direcionada contra esse senhor. Por que um homem comprometido com alguém pelos votos do matrimônio procuraria uma prostituta? Estarão os laços da casamento tão frágeis assim? As promessas feitas diante de Deus e dos homens, as juras de amor, os votos, perderam o valor? Ou nunca tiveram valor?

Mas foi irônico. O homem em questão, que ligou para uma profissional do sexo, não sabia que do outro lado da linha estava – pasmem – sua própria esposa! Pois é. Você vai dizer que os dois se merecem, não é mesmo? Na opinião do marido, é a esposa que não tem pudor nem vergonha. Ele tentou agredi-la com uma barra de ferro. Foi um escândalo em Blumenau, Santa Catarina.

Entrevistada, a mulher declarou que “não tinha sorte na vida”. Vou contextualizar à custa da redundância. Ela lamentava o fato de que, em duas tentativas, não conseguiu efetivar o adultério. Por isso, se considerava sem sorte. No caso, “sorte” ela teria se tivesse conseguido êxito na prostituição.

Você está entendendo? Em que mundo uma mulher que consegue trair o marido pode se considerar sortuda? Bem, de acordo com o apóstolo Paulo, este mundo existe. E, exatamente para nos proteger dele, foi que Deus nos orientou pelas Escrituras Sagradas. O que para nós é trágico e inusitado, para o Espírito Santo é próprio da natureza humana. Por isso, ele disse: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio coro em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus.” (1 Ts. 4.3-5).

De acordo com o Espírito Santo, a história dessa mulher não é trágica nem irônica. Ela é a pura confirmação do efeito do pecado na natureza humana. O pecado denigre a dignidade, a santidade, a imagem de Deus no homem. Uma mulher querer trair o marido ou um marido desejar enganar a esposa é fruto do pecado. É a tendência natural de todo homem que se encontra afastado de Deus e vendido à iniquidade.

O cristão é diferente, “porquanto Deus não nos chamou para a impureza e sim para a santificação” (1 Ts. 4.7). O homem temente a Deus vive em obediência a Ele, sabe respeitar os compromissos e honra a santidade do corpo, do seu e da esposa. Para ele, uma história dessa não tem graça.

Nenhuma.

Rev. Renato Arbués.

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