Foi estranho ver carros da
Polícia Federal levando o ex-presidente Lula para interrogatório. O homem que
há pouco era o nosso chefe-maior, agora vive uma situação vexatória. Se formos
capazes de deixar de lado ideologias, fanatismo e/ou burrice, poderemos extrair
algumas lições importantes, que passo a considerar:
1. Não idealize homem nenhum.
Nenhum homem, aliás, merece
isso. Os homens – todos eles – são pecadores, fracos e carecem de Deus (Rm.
3.23). Pela graça divina, que opera tanto nos salvos como nos ímpios, alguns
homens são capazes de realizações fascinantes, que melhoram não apenas a sua
vida, mas a de várias pessoas. O inglês Alexander Fleming descobriu a
penicilina, por acaso, e salvou a vida (e continua salvando) de pessoas no
mundo todo. Mas não passava de um mero homem: “Como, pois, seria justo o homem perante Deus? [...] e o filho do
homem, que é verme!” (Jó 25.4, 6).
2. Não se alegre com o sofrimento alheio.
A menos que Cristo tenha
coberto o seu pecado, cada homem é responsável por seus erros e deve assumir as
consequências: “a alma que pecar, essa
morrerá.” (Ez. 18.4). Portanto, se Cristo morreu por você, seja grato por
isso e tenha compaixão daqueles que ainda não gozam desse privilégio, mas,
jamais, em hipótese alguma, comemore a ruína alheia: “Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu
coração quando ele tropeçar; para que o SENHOR não veja isso, e lhe desagrade,
e desvie dele a sua ira.” (Pv. 24.17-18).
3. Não deixe de orar pelas autoridades
Isso é bom aos olhos de Deus: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a
prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos
os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de
autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e
respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nossos Salvador.”
(1 Tm. 2.1-3). Não permita que a raiva cegue seus olhos espirituais e lhe faça
desobedecer um mandamento claro das Escrituras.
Somos cidadãos e tudo o que
acontece na sociedade nos afeta, para o bem ou para o mal. Porém, mais
importante ainda, é lembrar que somos cidadãos do reino dos céus e embaixadores
de Cristo, filhos de um mesmo Pai e membros do santo corpo de Cristo. Não
permita que nenhuma estupidez estrague isso.
Rev. Renato Arbués.