Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

UM GUIA SEGURO PARA O CÉU!

Relendo o clássico “Um Guia Seguro Para o Céu”, de Joseph Alleine, deparei-me com a fantástica descrição que o autor faz de um cristão, logo no início do livro. Para ele, um cristão é um convertido. Óbvio, não é? Mas, e o que é conversão? É ser batizado e professar a fé? É manifestar sinais miraculosos? É “sentir” a presença de Deus em momentos de êxtase espiritual?

Joseph Alleine começa dizendo o que NÃO é conversão. Segundo ele, conversão não é:

- Professar o cristianismo: O cristianismo é mais que um nome. Paulo disse que o cristianismo não se fundamenta na palavra (declaração de que se é cristão), mas no poder: 1 Co. 4.20. Quando contrapomos 2 Tm. 2.19 ó Tt. 1.16 teremos uma visão do que Paulo entendia como sendo uma “falsa” conversão.

- Conformidade exterior às normas da piedade: Pessoas podem ter uma aparência de piedade (2 Tm. 3.5), fazer longas orações (Lc. 18.12), ouvir de bom grado a Palavra (Mc. 6.20) e serem zelosas no serviço de Deus, e mesmo assim não serem convertidas. Não há serviço religioso exterior que um hipócrita não possa fazer!

A conversão, por sua vez, é uma obra que:

Modifica a Mente: Deus e Sua glória excedem o peso de todos os interesses carnais e mundanos. A atitude é a mesma dos ouvintes de Pedro (At. 2.37). O convertido olhará para Deus como o mais desejável e conveniente bem: Lm. 3.24; Sl. 73.25-26.

Modifica a inclinação da Vontade: Tanto quanto aos meios como quanto ao fim. O crente tem novos alvos e projetos: Sl. 119.173.

Modifica os Sentimentos: Suas alegrias foram mudadas, seus sentimentos são outros, seu amor tem um novo curso. Até suas tristezas são diferentes: 2 Co. 7.9-10. Ver ainda Gl. 2.20.

Converte-nos, Senhor!

Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

"E foram batizados todos os que creram"

No último dia 12, a IPC de Senhor do Bonfim “ganhou” mais um membro. Trata-se da irmã Maria Raimunda Goveia de Oliveira, que recebeu o batismo e professou a fé, no culto solene. Apesar do mês de janeiro ser de férias, a igreja estava cheia, com amigos e familiares da referida irmã, que foram assistir a cerimônia e, consequentemente, ouviram a Palavra de Deus. Rogamos a Deus que confirme o chamado de nossa irmã com muitos frutos do Espírito Santo. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo. 8.32).

Rev. Renato Arbués.

domingo, 19 de janeiro de 2014

AS ESCRITURAS SAGRADAS!

Quando usamos muito uma palavra ou expressão, corremos o risco de, ao nos acostumarmos, desprezar a sua beleza e banalizar o seu sentido. Receio que isso esteja acontecendo com essa expressão tão linda, designativa da revelação verbal de Deus: As Escrituras Sagradas.

Desde o início da carreira cristã, aprendemos que Deus Se revelou ao homem de várias maneiras (Hb. 1.1). Quem não se lembra das expressões “Revelação Geral” e “Revelação Especial”? Os teólogos dizem que há, no homem, um conhecimento inato de Deus. Infelizmente, há, também, no homem, o maldito pecado, que distorce, exagera, mutila e destrói esse bendito conhecimento. Felizmente, as Escrituras preservam a verdade sobre Deus e a torna acessível a nós, em qualquer lugar e a qualquer momento.

Hoje em dia, porém, as pessoas estão muito “ocupadas na sala de jantar”, se me permite uma alusão à música panis et circenses, dos Mutantes. A televisão, o dvd, o joguinho eletrônico, o rádio, tudo isso tem recebido mais atenção do que os livros. Em nossa época, as pessoas menosprezam o valor das palavras em prol de imagens e sentimentos (Cheung). E as Escrituras Sagradas acabam esquecidas em cima da mesa, na estante ou no banco da igreja.

Entretanto, a Bíblia é a revelação de Deus ao homem. É Deus falando conosco. Não há nenhum outro modo de se conhecer a Deus superior ao estudo das Escrituras Sagradas.  Cada palavra da Bíblia foi “soprada” pelo Senhor e, por isso, cada palvra é importante para o fiel. Ler a Bíblia, portanto, é uma das maiores demonstrações de amor e de gratidão a Deus.

Portanto, leitor, se você quiser tem alguma informação precisa sobre Deus, a sua única fonte confiável é a Bíblia. Aliás, a sua única fonte autorizada é a Bíblia. Digo isso para rechachar qualquer suposta revelação direta alegada pelos gnósticos modernos que têm a pretensão de substituir a leitura cuidadosa e sistemática do Livro Sagrado. Conheci uma senhora que todo dia, de acordo com ela, recebia uma “revelação” do Espírito Santo. Ora, era para fulano parar de ver televisão, ora, alguma vitória estava para acontecer na vida de alguém. Todo dia. Era uma espécie de linha direta com Deus. Uma vez, durante uma conversa, alguém pediu para que ela abrisse a Bíblia no livro do profeta Elias, capítulo 2, verso 13. Ali haveria uma promessa de vitória para ela. Apesar dos risos e do constrangimento no ambiente, essa “antena parabólica do Espírito Santo” não se tocou de que, na Bíblia, nem na versão católica, existe o livro do profeta Elias! Era ignorante acerca das Escrituras Sagradas.

Não se pode ignorar a Bíblia, pois, ao fazer isso, assume-se a arrogante postura de ignorar a própria orientação de Deus. Abre-se, assim, espaço para a superstição cristã, que nada mais é do que o paganismo revisitado e trazido para dentro de nossa religião. Um absurdo.

Finalizo essa pastoral, citanto um texto da Teologia Sistemática, de Vincent Cheung, sobre a Escritura: A Escritura é necessária para definir todo conceito e atividade cristã. Ela governa cada aspecto da vida espiritual, incluindo pregação, oração, adoração e instrução. A Escritura é também necessária para que a salvação seja possível, visto que a informação necessária para tal está revelada na Bíblia, e deve aquela ser levada ao indivíduo, para por ela receber a salvação. Paulo escreve, “as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:15)”.

Leia a Bíblia.

Rev. Renato Arbués.

domingo, 12 de janeiro de 2014

VELHINHA SEM INIMIGOS

Num dos cultos de domingo à noite, o pastor começa sua pregação sobre perdão de pecados e, ao final de toda a argumentação, pergunta aos fiéis:
- Quantos de vocês estão dispostos a perdoar seus inimigos?
A maioria levantou a mão. Para reforçar a visão do grupo, ele voltou a repetir a pergunta e então todos levantaram a mão, menos uma pequena e frágil velhinha que estava na segunda fileira, apoiada numa enfermeira particular.
- Dona Mariazinha? A senhora não está disposta a perdoar seus inimigos ou suas inimigas?
- Eu não tenho inimigos! - respondeu ela, suavemente.
- Senhora Mariazinha, isto é muito raro! Disse o sacerdote. E perguntou:
Quantos anos tem a senhora?
E ela respondeu:
– 98 anos!
A congregação se levantou e aplaudiu a idosa, entusiasticamente.
- Puxa, senhora Mariazinha, será que poderia vir contar para todos nós como se vive 98 anos e não se tem inimigos? Dê seu belo testemunho aqui na frente!
- Com prazer, disse ela.
Aí, aquela gracinha de velhinha se dirigiu lentamente ao altar, amparada pela sua acompanhante e ocupou o púlpito. Virou-se de frente para os fiéis, ajustou o microfone com suas mãozinhas trêmulas e então disse em tom solene, olhando para os presentes, todos visivelmente emocionados:
- Porque já morreram todos, aqueles miserentos, malacabados!

Extraído do site www.esbocandoideias.com

sábado, 11 de janeiro de 2014

SE JESUS CONHECESSE O CURUPIRA!

Nos matos de Goiás, há muito tempo, ouvi a história do Curupira. Um ser encantado, protetor dos animais e da floresta. Dizem que ele odeia caçadores, lenhadores e pessoas que agridem a floresta. Ele é um sujeito baixinho, de cabelos avermelhados e pés voltados para trás. Muito feio, portanto.

Cada personagem mítico/folclórico possui algo da sabedoria popular. Com o Curupira não é diferente. Sua história é contada com o propósito de afastar pessoas más do campo e proteger os animais silvestres. Pelo sim, pelo não, alguns poucos que ficassem na dúvida quanto a existência ou não desse ser evitavam destruir a fauna e a flora. Um detalhe, no entanto, chama a atenção: O Curupira faz o bem se utilizando da dissimulação, do engano, da trapaça. Os pés voltados para trás servem para despistar seus possíveis perseguidores.

Imagine um pé voltado para trás! O corpo e a cabeça apontando para uma direção e os pés, para outra. Eu acho que, às vezes, até o Curupira deve se confundir.

Como sou pastor, tenho a tendência de espiritualizar quase tudo. Admito que, de vez em quando, a gente exagera um pouco. Posso estar fazendo isso aqui, com a história do Curupira. Mas é um risco que corro deliberadamente. Entenderei, portanto, qualquer crítica feita pelo leitor referente à comparação que farei entre o Curupira e um tipo de cristão.

Valho-me, deixo claro, de apenas um elemento estético na rica imagem dessa figura exótica: cabeça para um lado e pés para outro. Tomo isso como tipo da corrupção da mais nobre atividade humana: Pensar.

Julgo que nossas decisões, as mais corretas, são tomadas com a cabeça, aqui na acepção de entendimento, inteligência, reflexão. Antes de agirmos, pensamos nas consequências, no passo a passo, nas circunstâncias. Isso, dizem alguns, é ser racional. E racionalidade, penso eu, é coisa de cabeça.

Depois do planejamento vem a execução, o agir. Ora, se escolhi bem um caminho, se ponderei as variáveis dessa escolha, se decidi que, para chegar onde quero, determinado rumo é o melhor, resta-me segui-lo com firmeza, andar por ele até cruzar a linha de chegada. Meus pés, agora, serão os responsáveis por essa etapa.

Então, procure idealizar uma pessoa cuja cabeça aponte para uma direção e os pés a levem para outra! Essa pessoa seria uma vítima? Teria ela condições de chegar a algum lugar na vida? Seria, alguém assim, digno de nossa confiança? Mereceria respeito um ser cuja cabeça aponta para o norte enquanto os pés caminham para o sul? Um indivíduo assim seria um bom companheiro de viagem?

Na época de Jesus não se falava de Curupira. Mas, se falassem, certamente nosso Senhor teria feito referência a ele, quando disse: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt. 15.8).

Pra quem acha o Curupira um bicho feio, tente imaginar um ser cujos beiços apontem para o céu e o coração, para o inferno. Esse bicho existe. Jesus o chamou de hipócrita!

Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

ANO NOVO FELIZ!

São 365 dias. Doze meses. Cinquenta e duas semanas. 8.760 horas. Dito assim, parece muito tempo. Entretanto, vividos, passa tão rapidamente. Aí, resta a sensação de que o tempo voa!

E mais uma vez, aqui estamos nós, desejando um Feliz Ano Novo aos amigos e irmãos, sonhando com mudanças, desejando que algumas coisas sejam realmente diferentes e que outras continuem iguais. Não tem jeito. É sempre assim.

Alguém chamou isso de rito. Um rito é um conjunto de atividades organizadas, em que as pessoas se expressam, por meio de gestos (abraços, sorrisos), símbolos (roupas brancas), linguagem (Feliz Ano Novo! Que seus sonhos se realizem!) e comportamento (ceias, cultos, amigos secretos) que compõem uma cerimônia.

Somos assim. Sentimos, desejamos, temos, queremos. Sempre insatisfeitos, sempre esperando que alguma coisa mude, que algo melhore e que sejamos felizes.

Mas, o que é ser feliz? Será que se em 2014 tivermos tudo o que desejamos seremos felizes? Será que se sentirmos apenas emoções positivas seremos felizes? Pensar assim, é projetar a felicidade objetivamente, ou seja, em fatores externos, fora de nós. É crer que, se vivemos em um ambiente perfeito, seremos perfeitos também. A história de Adão e Eva nos ensina o contrário. A história de todos os homens, na verdade, ensina o contrário.

Há pessoas que têm tudo, mas são infelizes. Veja o caso das drogas. Todo mundo sabe que as drogas psicoativas produzem sensação de prazer, de alegria. Seria mais do que natural achar que apenas pessoas tristes, com enormes dificuldades financeiras, entre outros males, procurariam se envolver com elas. Infelizmente, jovens ricos, bonitos, famosos e alegres estão atolados até o pescoço nessa porcaria. E por quê?

Porque a felicidade não é objetiva, não está fora de nós. Jamais nos realizaremos com dinheiro, propriedades, bebidas ou drogas. Eles podem fornecer aquela sensação de prazer que tantos procuram. Mas o que dão, na verdade, é uma débil imitação da felicidade verdadeira.

Quando se compreende e aceita isso, pode-se entender a visão bíblica sobre o tema. Nas Escrituras, homens ricos e pobres, grandes e pequenos, definem a felicidade da mesma forma: Satisfação. Satisfação com a vida que levam, com os bens que possuem, com privação ou fartura, em família ou na solidão, com muito ou pouco. Porque a felicidade está neles e não nas coisas. Foi isso que Paulo quis dizer, quando escreveu: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais. Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo” (Ef. 5.18-20).

Assim, para que tenhamos um Feliz Ano Novo, proponho que, ao invés de desejarmos felicidades aos outros, encontremos a felicidade em nós, no Deus que em nós habita. Então, felizes e cheios de alegria, poderemos fazer com que a vida dos outros seja próspera e abundante de bênçãos.

Rev. Renato Arbués.

domingo, 5 de janeiro de 2014

PALAVRA DE EDUARDO?

Aconteceu no dia 9 de dezembro de 2013. Uma chuva forte afetou o sistema de telecomunicações da Oi, em parte da região de Senhor do Bonfim. Ficamos sem telefone fixo e sem Oi Velox (internet). Quando isso acontece, no máximo duas ou três horas o sistema volta a funcionar. Esperei dois dias, e nada. Resolvi ligar.

O atendente virtual Eduardo, muito solicitamente, disse que os técnicos estariam em minha região e restabeleceriam o sinal no dia 13/12, às 9h. Liguei (do celular, claro) no dia 14. O Eduardo disse que já havia uma reclamação minha e que eles fariam o possível para que o problema fosse resolvido imediatamente. Como, segundo ele, os técnicos já estavam na minha região, tudo voltaria ao normal no dia 16/12, às 10h. Lá vou eu de novo, no dia 17, reclamar. Como o Eduardo nem deixa a gente falar, tive que aceitar outra promessa. Dessa vez, os técnicos solucionariam o problema no dia 20/12, às 8h. Depois disso, esperei pelos dias 23, 25 (Natal?), 28 e 31. Se eu pudesse ver o Eduardo, tenho a impressão de que entraria o ano quebrando um ou mais mandamentos.

Desisti da Oi. Pra mim, a empresa não teve palavra.

É incrível como algumas pessoas e empresas não costumam zelar pelo bom nome. Leva muito tempo para construir uma reputação positiva. Prometer e cumprir são dois pontos essenciais para essa tarefa. Isso é válido tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

O sábio rei Salomão refletiu que “mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro” (Pv. 22.1).

Que tal começarmos o ano tomando a resolução de zelarmos pelo nosso bom nome e, igualmente, pelo bom nome das pessoas com quem nos relacionamos. De nossa parte, antes de nos comprometermos com alguma coisa, consideremos sempre nossas possibilidades de cumprir o trato. Se não houver como, é mais digno dizer a verdade, ou seja, reconhecer as limitações e evitar enlamear o nome de Cristo que carregamos.

Quanto ao nome dos outros, é regra de etiqueta jamais falar de alguém na ausência dele. Comecemos por esse ponto. R. C. Sproul definiu a fofoca como “a arte de confessar os pecados alheios”. Deixemos que cada um confesse os seus próprios pecados. A nós basta o dever de orar uns pelos outros e amar aqueles por quem Cristo morreu.

Você pode fazer isso? Palavra?

Rev. Renato Arbués.