Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

sábado, 31 de agosto de 2013

SUICÍDIO. O QUE FAZER?



Tempos atrás, um rapaz de 22 anos cometeu suicídio. Mais um na estatística sinistra de casos de suicídios em nossa região. Desde que cheguei a Senhor do Bonfim, impressionou-me a quantidade de pessoas que atentaram contra a própria vida em nossa cidade e em alguns outros municípios, como Campo Formoso, Jaguarari, Filadélfia e Ponto Novo.

Não somos uma região rica. Não há indústrias nessas cidades. As pessoas dependem do comércio, das prefeituras, de bicos e, claro, dos programas assistenciais. Contudo, nosso padrão de vida é bem melhor do que outras microrregiões nordestinas. Logo, é duvidoso atribuir à situação econômica a causa de tantas tragédias.

Há poucas opções de lazer em nossa região. Os jovens, em especial, reclamam bastante disso. Não há rios, cachoeiras, não há teatros ou cinemas. Há um ou outro clube, nos quais se pode jogar futebol, nadar e distrair-se um pouco. Mas, eu e você conhecemos lugares em que as opções de lazer são ainda mais escassas e, de novo, não apresentam tantos suicídios como em nossa região.

O senso comum indica que o índice de divórcios é bem alto por aqui. Famílias são desfeitas com a mesma facilidade com que são formadas. No entanto, desde que o mundo é mundo, há divórcios; e, a bem da verdade, outros lugares apresentam taxas de separação ainda maiores que as nossas e nem por isso as pessoas se matam tanto.

Afinal, qual a grande causa de tantos suicídios entre nós? Solidão, desemprego, abandono, fracasso? Será que um desses itens pode causar tanto desespero a ponto de alguém atentar contra sua própria existência? Será que todos juntos podem causar a desesperadora decisão de acabar com uma vida?

Honestamente, creio que sim e que não. Sim, a solidão pode levar alguém à morte. O desemprego também. Uma discussão áspera entre dois amigos fez com que um deles entrasse num estado de abatimento tão grande que, dois dias depois, enforcou-se. Antes, porém, escreveu um bilhete para o amigo no qual afirmava não perdoá-lo pelas palavras duras que tivera de ouvir de alguém tão querido.

Quando o espírito está fragilizado, qualquer desassossego pode levar alguém ao suicídio. Não é bom, portanto, ignorar a tristeza contínua em alguém que conhecemos. Salomão advertiu: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Pv.  17.22). Se alguém que você conhece vive triste, acabrunhado, pelos cantos, não custa nada conversar, ouvi-lo, falar de Cristo, passear, enfim, fazer algo para alegrá-lo.

Contudo, solidão, desemprego, fracasso, nada disso pode levar uma pessoa ao suicídio, desde que ela esteja firme no Senhor. A comunhão com Deus faz-nos fortes, alegres, saudáveis emocionalmente. E não custa nada. Orar todos os dias, ler a Bíblia, frequentar a igreja, fazer o bem, perdoar. Aos que fazem isso, jamais faltará o socorro do bom Deus. Como disse Davi: “O SENHOR sustém os que vacilam e apruma todos os prostrados” (Sl. 145.14).

O suicídio é um mal em nossa região. É preciso fazer alguma coisa para ajudar as pessoas que estão tentadas a cometer tal ato. Para isso, é preciso, antes, cuidar da própria saúde espiritual. Cuide de si mesmo e procure livrar “os que estão sendo levados para morte e salvar os que cambaleiam indo para serem mortos” (Pv. 24.11).

Faça isso. Antes que outro jovem faça uma família sofrer!

Rev. Renato Arbués.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

VOCÊ TEM AMIGOS?

Tiago uma vez perguntou: “De onde procedem as guerras?”. Para ele, as guerras procedem “dos prazeres que militam na carne (natureza) humana” (Tg. 4.1). É a ganância que destrói a paz social. Quando conseguirmos dominar nossos impulsos, certamente, o número de conflitos (internos e externos) será reduzido consideravelmente.

Diversos pensadores responderam de forma diferente à pergunta de Tiago e propuseram, também, maneiras de superar o comportamento bélico dos homens. Karl Marx entendia que a luta de classes seria a razão dos confrontos. Freud pensava que problemas de ordem sexual estariam na raiz dos infortúnios. John Lennon (e mais recentemente o Dr. Edir Macedo), apontou a religião como a causa da desgraça humana.

Juntando tudo, uma sociedade sem riqueza, sem restrições sexuais e sem religião, seria perfeita. Salvo engano, o Éden era assim. O final, todos nós conhecemos.

O fato é que é quase impossível aplacar a animosidade entre os homens. De acordo com o site “Consultor Jurídico”, atualmente há 344 conflitos armados castigando o mundo todo. Em 2007, havia apenas 6. Nesse contexto, é deveras importante que consideremos a nossa 7ª bem-aventurança: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt. 5.9).

Os Pacificadores são abençoados porque são totalmente diferentes de todas as outras pessoas. As guerras procedem da natureza pecaminosa do ser humano. Por isso, a educação não resolve esse problema; a igualdade nas relações econômicas também não; a satisfação sexual não diminui o ânimo pelas guerras.

A violência é produzida no homem. Ela vem do coração, a fonte de todos os males. Enquanto o homem estiver produzindo o pecado, não haverá paz. Lloyd-Jones pondera: “Você se surpreende com guerras, pedofilia, tráfico, devassidão? Não deveria. O coração do homem é mau em todos os seus desígnios (Gn. 6.5).”

Por que somos assim? Por que não conseguimos amar sem interesses escusos? Por que não somos capazes de ajudar sinceramente alguém que precisa? O que leva tantas pessoas a se odiarem, a se agredirem?

Estudos indicam que, a cada geração, o círculo de amigos de um homem tem diminuído. Se antes, um adulto mantinha relações sociais com 15, 20 pessoas, hoje, estima-se que os grupos de amizade sejam compostos de, no máximo, 4 pessoas. Imagine isso: Num mundo com 7 bilhões de habitantes, há indivíduos que não conseguem chamar outras 4 pessoas de amigas!

Faltam pacificadores em nossa sociedade. Faltam homens que consigam apaziguar os ânimos inflamados. Precisamos urgentemente de mulheres que tenham palavras de paz, de harmonia. E precisamos logo.

A habilidade de promover a paz é tão importante que, no Sermão da Montanha, Jesus a mencionou como uma das principais virtudes de Seus seguidores. A recompensa para os pacificadores é serem chamados filhos de Deus. O mesmo Jesus, ao se referir ao Diabo, afirmou que a missão do Tinhoso é “matar, roubar e destruir”, ou seja, promover o ódio, a guerra, a separação. Obviamente, aqueles que elegem esse estilo de vida podem, sim, ser chamados de filhos do Diabo. São agentes do mal infiltrados em nossa casa, em nosso ambiente de trabalho, em nossa escola.

Portanto, cuidemos de nosso espírito. Deixemos a mágoa de lado, o ressentimento, a inveja. Procuremos abandonar todo pensamento ruim em relação ao próximo, seja ele quem for. É preciso que aprendamos a enxergar o melhor das pessoas, tê-las como amigas, ajuda-las e ser ajudado por elas.

Quantos amigos você tem?

Rev. Renato Arbués.