Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Um bom líder!

Todos conhecem a história do homem que, por amor ao Seu Deus, foi jogado numa cova com leões. A boa mão do Seu Deus o salvou e ele foi retirado com vida, sem nenhum arranhão da cova dos leões.
O que pouca gente conhece são as razões que condenaram Daniel àquele castigo. Daniel foi levado para a Babilônia no ano 605 a. C. Ele era israelita, e seu país havia se tornado escravo da Babilônia. O rei da Babilônia era Nabucodonosor. Este rei morreu e foi sucedido por seu filho, Belsazar, que, após morrer, foi sucedido por Dario.
O rei Dario era um sábio administrador. Ele dividiu o reino e nomeou governadores para cada um dos distritos criador. Naquela época e região, o governador era chamado de sátrapa,  um homem poderoso na Pérsia Antiga. Dario escolheu 120 governadores e colocou três presidentes sobre eles. Ou seja, esses 120 governadores tinham que dar satisfação a 3 presidentes, e esses 3 presidentes dariam satisfação ao rei Dario.
Daniel era um dos 3 presidentes. Ele não era um bom presidente apenas; ele era “excelente”. O rei, então, pensou em nomeá-lo chefe geral da nação, o segundo homem mais importante de todo o reino. E por quê? O verso 3 nos dá a resposta: “Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente...”.
A ideia da expressão “espírito excelente” está relacionada com a dádiva que Deus concedeu a Daniel, e está registrada no cap. 1.17 (... Deus deu a esses 4 jovens conhecimento e inteligência...”). Isso quer dizer que Daniel era um homem preparado para dirigir um país. Ele era sábio e inteligente. Qualquer um que deseje dirigir uma empresa, uma instituição, deve se preparar para isso. Ora, o que dizer de um homem que dirige uma nação? Ele deve ser capaz, apto, habilidoso, inteligente e sábio para ser guia, chefe, senhor de um povo.
A capacidade de Daniel acabou despertando a fúria dos demais governadores. Discretamente, decidiram afastá-lo do posto. Mas, como fazer isso? O texto nos diz: “Então, os presidentes e sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa (Daniel 6.4).
Que tipo de homem era esse Daniel? Além de inteligente e sábio, era fiel. A ideia hebraica é a de retidão exterior, visível, aparente. Daniel vivia cercado por uma multidão de pessoas; todas querendo devorá-lo, destruí-lo, encontrar nele algum erro. E não acharam nele erro nenhum!
Eis um líder. Não paira sobre ele nenhuma dúvida acerca de sua conduta. E, se houver uma acusação, logo será desfeita. José no Egito foi acusado de assédio sexual. Mas a acusação não se provou. É impossível não ser vítima de suspeitas quando se vive uma vida pública. O caso de Daniel, porém, é extraordinário. Ele era tão diferente que nem acusação puderam levantar contra ele.
E quando levantaram, tiveram que constatar: “não se acha nele erro nem culpa”.
O homem que exerce uma função de liderar deve ser fiel. Nenhuma acusação deve se manter contra ele. Sua palavra tem de se manter.
Para você que é líder, que lidera uma família, uma escola, um pequeno grupo de trabalhadores, ou que lidera apenas a sua vida, procure fazer como Daniel, seja correto, fiel, íntegro.
Saiba que será difícil ser honesto num mundo tão traiçoeiro e corrupto como o nosso. Mas, a recompensa virá do Senhor. E isso é tudo que importa para nós!

Rev. Renato Arbués.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

De quem é a culpa?

O caso do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro despertou reações em vários segmentos da sociedade. Para as feministas, a culpa é da cultura machista predominante em nossa sociedade, que faz da mulher um relés objeto de prazer para “predadores educados numa mentalidade patriarcal”, escreveu uma socióloga. Feminista, claro.
Obviamente, a maior parte das críticas se voltou contra os estupradores. “Um bando de criminosos, sem respeito à vida, sem humanidade, que amam apenas a deliquência”, observou outro sociólogo. Um colega dele especulou sobre a possibilidade de que eles, os estupradores, além de culpados, também sejam “vítimas de uma sociedade excludente, que não oferece oportunidades de emancipação econômica, cultural, cidadã.”
Não se pode levar a sério quem tentou atribuir culpa à menina ou a sua família.
Afinal, então, de quem é a culpa por aquela barbárie?
“Da sociedade”. Essa parece ser a resposta consensual entre os “especialistas” do momento. Ou seja, invoca-se esta entidade abstrata, que ao mesmo tempo nos abrange e nos exclui, que nos aproxima e nos distancia do ato, que nos criminaliza, enquanto permite que durmamos em paz: A sociedade! Sou eu? É você? Somos nós? “Sim e não”, pois, apesar de sermos parte da sociedade, não somos “dessa parte” que comete crimes. “O inferno são os outros”, escreveu Sartre.
O que é essa sociedade? Quem a compõe? Quais são os seus valores? O que ela quer? Como impedir que ela continue produzindo cenas terríveis como essa? Como responsabilizá-la?
Lamento não ter a resposta.
Mas a Bíblia tem.
“E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.” (Rm. 1.28-32).
Ia me esquecendo.
Os sociólogos em geral não leem a Bíblia.

Rev. Renato Arbués.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Pra que ler a Bíblia?

“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas” (Rm. 1.20).

Por que precisamos da Bíblia? Salmo 19.1-4: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras até aos confins do mundo”.

O texto afirma que o universo e o mundo que nos cercam, criados por Deus, revelam muitas coisas sobre Ele, de um modo compreensível, a pessoas de todas as línguas e culturas. Porém, apesar de a criação falar claramente sobre Deus, deixando os homens sem desculpas para ignorá-lo, há dois problemas.

1º) Pelo fato da humanidade ter-se afastado de Deus, ela agora está insensível às manifestações da Criação sobre Deus, o Criador: Rm. 1.21: “Porquanto, os homens, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato”; 1 Co. 1.21: “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação”; 1 Co. 2.14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.

2º) Embora a criação fale sobre a existência e o poder de Deus, ela não fala sobre a coisa mais importante para a humanidade perdida e caída: a salvação do pecado e suas consequências: Rm. 10.14, 17: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? [...] E, assim, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Deus”..

Por isso, Deus, em Sua graça, revelou-se em Sua Palavra registrada na Bíblia, a Escritura Sagrada: Sl. 19.7-8: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos”; Mt. 4.4: “Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”; 1 Pe. 1.23-25: “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, festa é a palavra que vos foi evangelizada”.

Leia a Bíblia!

Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

De graça!

Nós reclamamos da inflação. Não aceitamos pagar mais caro pela eletricidade, água, combustível ou pelos produtos da cesta básica. Dizemos que é culpa da corrupção, do mau governo, da falta de vergonha dos empresários. Puxa, está tão difícil ganhar algum dinheiro, mas, para que o salário do mês desapareça de nossa carteira, basta uma ida ao supermercado. Puf! A féria do mês vira fumaça!
Nós não gostamos de coisa barata. Quando o governo anuncia uma redução na conta de luz, de água ou dos produtos da cesta básica, desconfiamos que trata-se de um golpe. “Se prepare!”, diz alguém. “Daqui a pouco, a conta será cobrada!” Ameaça outro. No supermercado, entre duas marcas, se possível, escolhemos a mais cara, afinal, “coisa muito barata não presta”, é o que comentamos.
E se o governo decidisse não cobrar mais por nada. Conta de luz: zero; água: zero; combustível: zero. O que você diria?
É improvável que isso aconteça. Pelo que vemos, os preços tendem a subir cada vez mais. É o velho e bom capitalismo: Cada produto tem seu preço!
Interessante, porém, é que a coisa mais valiosa para nós, muito mais preciosa do que luz, água, cesta básica ou combustível, aquilo que mais necessitamos e que, sem ela, morreríamos, é de graça! Não custa nada, a não ser um “sim” de nossa parte. É óbvio que estou falando da salvação.
O perdão dos pecados, a segurança eterna, a amizade com Deus, a libertação do domínio de Satanás, tudo isso nos vem totalmente de graça (Is. 55.1-2).
Meu amigo, não fique dando murro em ponta de faca, procurando pagar por algo que Deus nos dá gratuitamente. Renda-se a Cristo. Enterre seu orgulho, sufoque sua vaidade, abandone a luxúria. Aceite a oferta de salvação: De graça!
“Porque pela graça sois salvos!” (Ef. 2.8).

Rev. Renato Arbués.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Se confessares

Em 1985, o político brasileiro Tancredo Neves declarou com veemência: “Nem Deus me impede de assumir a presidência”. Em 1966, John Lennon, em uma entrevista, declarou: “O cristianismo vai acabar, vai encolher, desaparecer. Eu não preciso discutir sobre isso. Eu estou certo. Jesus era legal, mas suas disciplinas são muito simples. Hoje, nós somos mais populares que Jesus Cristo". A atriz americana Marilyn Monroe recebeu a visita do missionário Billy Graham, em 1962. Ao final da conversa, ela disse ao pastor: “Não preciso do seu Jesus”.
É impressionante o que a vaidade e a arrogância humana podem fazer. Todas essas pessoas eram famosas, bem-sucedidas em suas respectivas áreas. Importantes. Entretanto, nenhuma delas levou a sério as palavras do rei Salomão: “Não consintas que tua boca te faça culpado” (Ec. 5.6). E todas essas pessoas revelaram ao mundo a sua estupidez por meio de palavras.
Alguns cristãos costumam falar de “palavras de poder”. Procuro na Bíblia algo que fundamente esse ponto de vista e não encontro. O que encontro na Bíblia são palavras que revelam o poder de Deus. Deus é o todo-poderoso. Sua Palavra é poderosa. Mas, as palavras dos homens o máximo que conseguem é dar vazão a toda insensatez que existe em nosso coração.
Jesus alertou: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavars, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.” (Mt. 12.36-37). Veja que, embora não haja poder na palavra humana, todo ser humano será recompensado ou punido pelas palavras que pronunciarem.
No texto de Romanos 10.9, encontramos uma sublime orientação de Paulo a respeito de nossa vida com Deus: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. Ora, quando amamos alguém com todo o nosso coração, a primeira providência que tomamos é declarar este amor, tanto para a pessoa amada quanto para todos que estiverem ao nosso redor.
É assim que Paulo vê a importância de confessarmos o nosso amor por Jesus Cristo. Esse é o meio de sermos redimidos, de fazer real em nossa vida o sacrifício de Cristo na cruz sangrenta em nosso lugar. Você crê que Jesus morreu por você? Você crê que Ele ressuscitou dentre os mortos e está assentado à direita do Pai, todo-poderoso? Se sim, confesse isso, meu amigo. Não tenha vergonha do que as outras pessoas irão dizer. Quem pode recriminar um amor verdadeiro? Quem pode afastar você do amor de Deus, revelado em Jesus Cristo.
Não, não seja tão imprudente como as pessoas que foram mencionadas no início dessa mensagem. Tancredo Neves, que disse que nem Deus o impediria de assumir a presidência do Brasil, subiu a rampa dentro de um caixão. Ele morreu no dia 21 de abril de 1985, antes de tomar posse. John Lennon, que se julgava mais importante que Jesus, foi morto a tiros por um fã. Marilyn Monroe, que afirmou não precisar de Jesus, morreu no mesmo ano que proferiu essas palavras malditas.
Cuidado com o que você diz. Pode ser a última coisa! Então, aproveite que ainda pode falar, e declare o Seu amor por Jesus, confessando-o como o seu Salvador, Aquele que morreu, porém, ressuscitou dentre os mortos e nos garante a vida eterna.
Lembre-se, caro leitor: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.
Creia nisso!
E confesse!

Rev. Renato Arbués.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ouro de tolo

Você conhece a expressão “dourar a pílula”? Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. Assim a expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo. Engava-se, assim, o paciente desavisado. Uma das sensações mais desagradáveis é a de ser enganado. Já aconteceu com você? Comprar um produto esperando uma coisa e descobrir que ele não faz nada do que lhe foi prometido? Casar-se com uma pessoa e conviver com outra? Enfim, é frustrante a sensação de ter comprado gato por lebre.

Quantas vezes as pessoas melhoram a aparência de um produto para que pareçam melhor do que de fato são! Mas o pior é quando as pessoas cometem o pior tipo de engano: enganam a si mesmas. Um trecho lindo de uma música da Legião Urbana, diz: “Como um anjo caído fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira!”

Não é diferente no cristianismo. É comum homens e mulheres pensaram de si que são crentes quando, na verdade, não são. Como evitar esse erro? Há alguns testes que podem nortear a reflexão do crente sincero a esse respeito. Vejamos alguns deles:

1. Que lugar o seu cristianismo ocupa em seu coração?
Embora o ateísmo esteja ganhando novos adeptos, é fato que a maioria das pessoas creem na existência de Deus. No entanto, não basta crer na verdade ou professá-la; não é suficiente que algumas vezes essa verdade produza emoções fortes no íntimo. Porque, o que importa é o que essa verdade produz na sua mente e na sua vida!

O verdadeiro cristianismo governa o coração, controla os sentimentos, orienta a vontade, direciona os gostos, as escolhas e as decisões. Essa mudança é tão evidente que o cristão dirá juntamente com Paulo: “logo, já sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.20)!

Como é o seu coração? Do que ele gosta? Quem governa o seu coração: você ou Deus?

2. Como você encara o pecado?
Salomão escreveu em Pv. 14.9 que “apenas os loucos zombam do pecado”. Essa tem sido uma atitude comum em nossos dias. Fala-se de erro, de temperamento forte, de direito de escolha quando, na verdade, deveria se falar de pecado.

O homossexualismo tornou-se opção sexual; o egoísmo virou capricho; a vaidade é chamada de moda; a desobediência tornou-se natureza difícil e por aí vai. Os homens criam nomes menos desagradáveis para o pecado.

A verdade é que o pecado é algo infeliz, que coloca os pecadores debaixo da ira de Deus e sujeitos à condenação ao inferno. O pecado é a causa de toda a infelicidade do mundo, pois ele arruinou a boa criação de Deus. O profeta Isaías disse que: “os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus” (Is. 59.2).

Como você encara o pecado? Quando você assiste a uma novela (ou filme) em que o adultério, a mentira, o engano são incentivados você se sente mal ou indiferente? Você evita agir como um egoísta ou arrogante? Você evita a mentira?

3. Como você se sente em relação aos meios de graça?
Deus deixou-nos instrumentos para nosso crescimento espiritual. A maioria dos homens, porém, os ignora irresponsavelmente. Algumas pessoas ficam em casa no Dia do Senhor, quando deveriam estar na companhia dos outros filhos de Deus orando, adorando, servindo e ouvindo a Palavra. Não são poucos os homens que passam dias e dias sem se aproximarem da Bíblia e não se importam em ficar distantes da Santa Ceia do Senhor.

Pra você, essas coisas são importantes? Você ora em casa e faz a leitura da Bíblia? Você procura a comunhão dos filhos de Deus na Igreja? Você tem prazer no serviço de Deus? Você se agrada de ouvir a Palavra que pode transformar a vida do pecador?

Não se trata de ser uma pessoa boa, moralmente irrepreensível, honesta. Pílulas douradas por vezes escondem remédios amargos. Você pode parecer bem e bom para os padrões dos outros homens, mas você é realmente um cristão?

Cuidado. É ruim a sensação de ser enganado. Mas é eternamente pior enganar-se a si mesmo!

Rev. Renato Arbués (adaptado)


terça-feira, 17 de maio de 2016

Meu maior bem!

O maior bem de um homem, sem dúvida nenhuma, é Deus. Aliás, Deus é o maior bem de todas as Suas criaturas, como afirmou Bavinck, pois Deus não apenas criou todas as coisas, mas também as sustenta, sendo Ele a fonte de todo o ser e de toda a vida.
Porém, de que adianta a uma pessoa possuir um recurso e não usá-lo? Pior ainda, de que adianta possuir alguma coisa e sequer saber que a possui? Essa é a condição em que se encontra o homem não regenerado. Conforme alertou Paulo, “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2 Co. 4.4). A ideia de “cegar”, porém, não pode nos levar a entender que o homem tenha perdido totalmente qualquer resquício de Deus. O homem é a criatura que, inicialmente, foi criada à imagem e semelhança de Deus, e essa origem divina e essa marca divina nenhum erro pode destruir.
É bem verdade que por causa do pecado, os atributos do conhecimento, justiça e santidade que estavam contidos na imagem de Deus ficaram bastante prejudicados. Entretanto, ainda estão presentes, em “quantidades” suficientes não somente para tornar o homem culpado, mas também para dar testemunho de sua primeira grandeza e lembrá-lo continuamente de seu chamado divino e de seu destino celestial.
A esse respeito, bem disse Santo Agostinho que o coração do homem foi criado por Deus e que por isso ele não pode encontrar descanso a não ser no coração de Deus. Por isso, todos os homens estão procurando por Deus, mas eles não o procuram da forma certa nem no lugar certo. Eles procuram aqui embaixo, mas Ele está lá em cima. Eles O procuram na terra, mas Ele está no céu. Eles O procuram no dinheiro, na propriedade, na fama, no poder, no sexo; e Ele está no alto e santo lugar, e também com o contrito e o abatido de espírito (Is. 57.15).
Eles, os homens, procuram por Deus e ao mesmo tempo fogem dele. Eles não se interessam em conhecer os Seus caminhos, e não podem fazê-lo sem Ele. Eles se sentem atraídos a Deus e ao mesmo tempo repelidos por Ele. Nisso, como observou Pascal, consiste a grandeza e a miséria humana. O homem anseia pela verdade e é falso por natureza. Ele anseia por descanso e se lança de uma diversão para outra. Ele suspira por uma felicidade permanente e eterna e se agarra a prazeres momentâneos. Ele procura por Deus e se perde na criatura.
Felizmente, eu já tenho – e posso declarar – Deus como o meu maior bem. E você?

Rev. Renato Arbués.

E o Reino de Deus?

Não poucas vezes os cristãos são instruídos a pensar no reino de Deus. Buscá-lo em primeiro lugar foi apresentado por Jesus como dever do filho de Deus. Mas, o que tem recebido pouca ênfase na igreja é a necessária obrigação de trabalhar por e neste reino.

Você trabalha por este reino quando sua vida reflete as horas de leitura da Bíblia e de oração que regularmente você faz. Sua participação nos trabalhos regulares da igreja também é uma ótima maneira de fazer algo relevante pelo reino. Você faz parte de uma congregação. Seu lugar, portanto, é com os seus irmãos, compartilhando com eles suas lutas e anseios, suas vitórias e derrotas, suas contribuições para a glória de Deus. Trabalhar pelo reino de Deus é um mister sublime, que demanda boa vontade e dedicação não a si mesmo ao outro por quem Cristo morreu.

Em outra frente, fomos convocados a trabalhar neste reino. Há muitas tarefas a serem feitas e elas não são realizada por anjos e, sim, por seres humanos regenerados, como eu e você. No reino de Deus há pessoas que estão fracas espiritualmente e precisam de socorro; há irmãos que carecem de uma oração, de um aconselhamento, de um sorriso, de um desafio, de uma exortação. E quem deve fazer isso? O pastor e o presbítero? Sim. E você também. É dever de um irmão zelar pelo bem-estar de outro irmão. Você também é responsável por aqueles por quem Cristo morreu.

Assim, temos um grande privilégio de pertencermos ao reino de Deus. Nele, todas as coisas são controladas e dirigidas para um fim: A glória do SENHOR. É nessa perspectiva que avaliamos a nossa vida, nossa família, nosso trabalho. Todas as coisas que somos e fazemos fazem parte de um plano eterno, lindo e perfeito, que, ao final, revelará o quanto Deus é bom e Santo em todos os Seus caminhos.

No entanto, todo privilégio anda acompanhado de responsabilidades. E é nossa responsabilidade trabalhar por e neste reino. Você não pode ser inútil nem parasita. Inútil é aquele que se nega a doar pelo bem da igreja e do próximo. Nega aos irmãos o uso dos seus talentos e dos seus recursos. Parasita é aquele que apenas se senta e desfruta da pregação, do templo e da companhia dos irmãos, sempre sugando e em nada cooperando. Você não é assim!

Avalie sua participação no reino de Deus. Você acha satisfatório o que tem feito ou poderia fazer mais? Que sua consciência não lhe condene, irmão. Antes, seja a sua vida um testemunho da gratidão que você tem por pertencer à família de Deus.

Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

E a política, hein?

João Calvino, certamente, não inventou a fé reformada, entretanto, é inegável a sua importância para o desenvolvimento do pensamento teológico protestante e, em especial, do credo presbiteriano. Nas suas Institutas da Religião Cristã, Calvino afirma (Livro II, cap. II) que “uma vez que o homem é um animal por natureza social, consequentemente propende por instinto natural a promover e conservar esta sociedade, e por isso observamos que existem na mente de todos os homens impressões universais  de uma ordem civil. Daqui resulta que não se  ache ninguém  que não  compreenda ser  conveniente que todas e quaisquer comunidades humanas sejam reguladas por leis.”
É, portanto, um ato gracioso de Deus o de nos dar uma consciência formada de tal maneira que precisemos uns dos outros e que, juntos, formemos a sociedade na qual nossos filhos serão criados e nossa vida desenvolvida. Sendo assim, qual deve a postura cristã diante do atual quadro político de nosso país?
Em primeiro lugar, devemos lembrar que quem governa nossa existência é o Senhor Deus. Somos súditos do Reino de Deus em uma dimensão tal que alguns de nós, infelizmente, ainda não compreendem as implicações disso. Em todo caso, isso significa que precisamos orar todos os dias para que Deus abençoe nosso povo, nossos políticos. Não creio que seja necessário dizer a Deus o que fazer. Ore para que Deus conduza o coração de nossos líderes (Pv. 21.1) e Ele saberá o que fazer.
Em segundo lugar, precisamos entender que as pessoas são diferentes e isso implica, entre outras coisas, que elas pensam diferentemente de nós sobre muitas coisas. Uns gostam de praia, outros de fazenda; uns amam ler, outros preferem assistir a um filme. Então, é natural que uns elejam um partido, enquanto outros votem em outro partido. E ponto. Respeitemos isso e vivamos em paz (Cl. 3.14).
E, por fim, mas não por último, apesar de tanta corrupção, tanta chantagem, tanta mentira, é melhor viver num país democrático do que num lugar em que não possamos emitir opiniões, professar uma fé ou escolher entre partidos diferentes.
Como ensinou Calvino, vamos nos esforçar para manter a ordem civil, a começar pela manutenção de nossa amizade.

Rev. Renato Arbués.

Perdendo o medo

Você tem medo? Medo é um substantivo cujo sentido não é pleno, precisando de um complemento nominal. Ou seja, quem sente medo, sente medo de alguma coisa: Medo de morrer, de ficar sozinho, de perder o emprego, de assombração, de fracassar. A intensidade e o objeto do medo podem variar de pessoa para pessoa, de situação para situação, mas, ele está sempre presente em nossa vida.
Os dicionários ensinam que o medo é uma perturbação diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não. Apesar de ser uma boa definição, prefiro uma mais simples, que afirma que o medo é uma sensação. O medo é a sensação que temos de que algo de ruim vai acontecer conosco ou com alguém que amamos. Se você concordar com esse conceito, fica mais fácil aceitar o tratamento indicado pela Bíblia para quem tem medo.
Coisas ruins acontecem o tempo todo, com todas as pessoas. Desde coisas simples, como quebrar uma unha, até coisas complexas, como lutar contra um câncer. E é aqui que se encontra a chave para lidar com o erro. Eu e você precisamos aceitar definitivamente de que não há nada que aconteça em nossa vida – boa ou ruim – que não esteja dentro da esfera do controle do nosso Deus: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? [...] Ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá” (Sl. 139.7, 10).
Portanto, se você, primeiramente, crer que Deus está em todos os lugares, controlando cada situação da nossa existência, você deixará de classificar as coisas como boas ou ruins, porque entenderá que todas elas vêm de Deus. E Deus não faz nada de mal para os Seus filhos.
Então, para que temer as circunstâncias? Sozinho, você nunca estará: Deus está em todo lugar! Desamparado, não ficaremos: Deus é nosso amparo! Assustado, um crente jamais será: Se Deus é por nós, quem será contra nós? Doente? O SENHOR é quem te sara (Êx. 15.25).
Ora, então quem deve ter medo? Resposta: Quem não ama a Deus sobre todas as coisas, pois: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 Jo. 1.18).
Esqueça o medo!

Rev. Renato Arbués.

domingo, 15 de maio de 2016

O fim da escravidão

Há 128 anos, comemorados na última sexta, 13 de maio, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, libertando definitivamente todos os escravos negros que se encontravam em território nacional. A escravidão era terrível. A dor começava na viagem para cá: “Ao longo do caminho, os africanos morriam de doenças contagiosas ou dos sofrimentos de terem que atravessar o oceano em um espaço claustrofobicamente pequeno. Alguns ficavam cegos. Outros enlouqueciam. Mesmo quando as melhores práticas do princípio do século XIX eram seguidas, os porões nunca eram limpos rápido o suficiente para combater a acumulação de camadas de excremento, vômito, sangue e pus. Podia-se sentir o cheiro de navios negreiros a quilômetros de distância” (O Império da Necessidade, de Greg Grandin). Numa viagem, devido a escassez de alimentos a bordo do navio Zong, o comandante ordenou que fossem jogados ao mar 132 africanos, segundo ele, “para salvar o restante dos escravos e da tripulação”. Mães e filhos, rapazes e moças, homens e mulheres, 132 ao todo, foram amarrados um ao outro e presos a uma âncora para, logo depois, serem jogados ao mar. Estima-se que entre 1701 e 1810, cerca de 1.891.400 (um milhão, oitocentos e noventa e um mil e quatrocentros) negros foram desembarcados nos portos coloniais.
A Lei Áurea libertou, mas não restaurou a dignidade dos negros escravizados.
Mas, há mais de 2000 anos, um homem, Jesus Cristo, assinou na cruz, com Seu sangue, a libertação dos pecadores. A escravidão ao pecado era terrível. A miséria começa no nascimento: “Eu nasci em iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl. 51.5); subjuga o homem por toda a sua vida, tornando-os “cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia” (Rm. 1.29-31); até culminar na destruição: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt. 25.41). Estima-se que milhões e milhões de pessoas foram escravizadas pelo pecado.
Mas, aí, Jesus Cristo entrou em cena. E o que Ele fez? “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl. 1.13-14).
E esse foi o fim da escravidão.

Rev. Renato Arbués.