Todos conhecem a
história do homem que, por amor ao Seu Deus, foi jogado numa cova com leões. A
boa mão do Seu Deus o salvou e ele foi retirado com vida, sem nenhum arranhão
da cova dos leões.
O que pouca
gente conhece são as razões que condenaram Daniel àquele castigo. Daniel foi
levado para a Babilônia no ano 605 a. C. Ele era israelita, e seu país havia se
tornado escravo da Babilônia. O rei da Babilônia era Nabucodonosor. Este rei
morreu e foi sucedido por seu filho, Belsazar, que, após morrer, foi sucedido
por Dario.
O rei Dario era
um sábio administrador. Ele dividiu o reino e nomeou governadores para cada um
dos distritos criador. Naquela época e região, o governador era chamado de sátrapa, um homem poderoso na Pérsia Antiga. Dario
escolheu 120 governadores e colocou três presidentes sobre eles. Ou seja, esses
120 governadores tinham que dar satisfação a 3 presidentes, e esses 3
presidentes dariam satisfação ao rei Dario.
Daniel era um
dos 3 presidentes. Ele não era um bom presidente apenas; ele era “excelente”. O
rei, então, pensou em nomeá-lo chefe geral da nação, o segundo homem mais
importante de todo o reino. E por quê? O verso 3 nos dá a resposta: “Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes
presidentes e sátrapas, porque nele
havia um espírito excelente...”.
A ideia da
expressão “espírito excelente” está relacionada com a dádiva que Deus concedeu
a Daniel, e está registrada no cap. 1.17 (... Deus deu a esses 4 jovens
conhecimento e inteligência...”). Isso quer dizer que Daniel era um homem
preparado para dirigir um país. Ele era sábio e inteligente. Qualquer um que
deseje dirigir uma empresa, uma instituição, deve se preparar para isso. Ora, o
que dizer de um homem que dirige uma nação? Ele deve ser capaz, apto,
habilidoso, inteligente e sábio para ser guia, chefe, senhor de um povo.
A capacidade de
Daniel acabou despertando a fúria dos demais governadores. Discretamente,
decidiram afastá-lo do posto. Mas, como fazer isso? O texto nos diz: “Então, os presidentes e sátrapas procuravam
ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem
culpa alguma; porque ele era fiel, e não
se achava nele nenhum erro nem culpa” (Daniel 6.4).
Que tipo de
homem era esse Daniel? Além de inteligente e sábio, era fiel. A ideia hebraica
é a de retidão exterior, visível, aparente. Daniel vivia cercado por uma
multidão de pessoas; todas querendo devorá-lo, destruí-lo, encontrar nele algum
erro. E não acharam nele erro nenhum!
Eis um líder.
Não paira sobre ele nenhuma dúvida acerca de sua conduta. E, se houver uma
acusação, logo será desfeita. José no Egito foi acusado de assédio sexual. Mas
a acusação não se provou. É impossível não ser vítima de suspeitas quando se
vive uma vida pública. O caso de Daniel, porém, é extraordinário. Ele era tão
diferente que nem acusação puderam levantar contra ele.
E quando
levantaram, tiveram que constatar: “não
se acha nele erro nem culpa”.
O homem que
exerce uma função de liderar deve ser fiel. Nenhuma acusação deve se manter
contra ele. Sua palavra tem de se manter.
Para você que é
líder, que lidera uma família, uma escola, um pequeno grupo de trabalhadores,
ou que lidera apenas a sua vida, procure fazer como Daniel, seja correto, fiel,
íntegro.
Saiba que será
difícil ser honesto num mundo tão traiçoeiro e corrupto como o nosso. Mas, a
recompensa virá do Senhor. E isso é tudo que importa para nós!
Rev. Renato Arbués.