Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Luta pelo bem!




Tiago 4.17: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando”.

A epístola que Tiago escreveu é considerada a mais prática de todo o Novo Testamento. Nela, o autor não formula doutrinas, nem faz exposições demoradas a fim de esclarecer dúvidas quanto a pontos difíceis do Antigo Testamento. Nada disso. Tiago estava escrevendo para pessoas simples, que buscavam se estabelecer em segurança em terras estranhas. Eram peregrinos, forasteiros. Fugiam da perseguição e precisavam se adaptar em meios a pessoas que tinham hábitos e religiões diferentes.

O velho pastor Tiago se preocupou com essas pessoas. E encheu-as de conselho sobre como conviver e sobreviver numa sociedade diferente no quesito fé, mas necessária no que diz respeito às expectativas sociais.
Em meio aos diversos conselhos, destacamos este, contido no verso 17 do capítulo 4: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando”.

A omissão é um pecado terrível. Tanto para os crentes como para os demais cidadãos, praticantes de qualquer religião. Omitir-se é virar as costas para os problemas, as mazelas sociais, a violência, a corrupção, enfim, é ignorar que o mal que há no mundo prejudica não apenas as outras pessoas, mas a nós também.

Nosso país passa por um momento em que a sociedade civil está se articulando. Alguns anseios são nobres e importante para nossos valores cristãos, como a Marcha Contra a Corrupção, a Caminhada em prol do Hospital Regional; outros, porém, não são tão importantes assim quando avaliados à luz da Palavra de Deus, como a marcha pela liberação da Maconha ou a Passeata Gay.

Enfim, o fato é que estamos em guerra o tempo todo contra o mal. E omitir-se é a única atitude indigna de um filho de Deus. Procure se informar sobre as reivindicações, sobre os motivos, sobre as causas por trás das lutas sociais. Mas não se permita não fazer o bem.

Como sal da terra, é parte do nosso dever temperar o mundo em que vivemos. E não há melhor maneira de fazer isso do que apresentando nosso discurso, nossa presença, nossos talentos e recursos na defesa de interesses que podem melhorar o mundo que vivemos.

Jesus se posicionou contra os males deste mundo. Combateu Satanás abertamente, denunciou autoridades corruptas com Suas santas palavras, promoveu o amor ao estender a mão aos excluídos. Todos os homens de Deus fizeram algo pelo reino de Deus mas jamais se esqueceram do mundo no qual viviam.

O pastor batista americano Martin Luther King disse que a coisa que ele mais temia não era o atrevimento dos ímpios, mas o silêncio dos justos. Se ficarmos calados diante do roubo, da corrupção, da falta de ética, da destruição dos valores da família, perderemos nossa dignidade e não honraremos o nome de Cristo.

Pecar é errar o alvo. Deus tem um alvo para nós, um objetivo. Você já encontrou o seu? Vive de tal maneira que honre os planos de Deus para sua vida? Lembre-se que durante toda a sua vida você construirá um legado, uma herança para seus filhos. Não estou falando de dinheiro, de bens, de patrimônio material, não.

O principal legado que deixaremos para nossos filhos é a nossa dignidade, a nossa luta por um mundo melhor, uma cidade melhor, dias melhores para nós e para aqueles que amamos.

Rev. Renato Arbués.

A Páscoa chegou



Nas igrejas só se fala disso. A ressurreição de Jesus é cantada pelos corais. Os grupos de louvores fazem o mesmo. Os solistas escolhem os hinos que “contam a bela história”. Enfim, o clima pascal é contagiante e inunda a mente e o coração dos filhos de Deus.

Não?

Rev. Renato Arbués.


quarta-feira, 28 de março de 2012

Você tem valor!


Isaías 43.1: “Mas agora, assim diz o SENHOR, que te criou, ó Jacó, e que formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu”.

Há um cântico bem conhecido de todos. Ele diz assim: “Quero que valorize o que você tem, você é um ser você é alguém tão importante para Deus...”. De fato, uma verdade deve ser afirmada: Todo ser humano tem valor. Seja um valor monetário (escravos, empregados), seja valor sentimental (amor de mãe pelos filhos), seja um valor sensual (amantes), enfim, todos têm o seu valor.

O que há de discutir é qual o critério para avaliar algo ou alguém? Em que consiste a importância de uma pessoa? Especificamente, para Deus, há alguém importante? Se há, em que consiste essa importância?
Somos Criaturas de Deus!

v. 1a: “Assim diz o SENHOR que te criou” ð Existem várias perspectivas acerca dos homens. Elas estão baseadas em argumentos humanos e não consideram o que dizem as Escrituras.

Há quem fale dos homens como máquinas. Eles são avaliados pelo que produzem, pela energia e pela sua força, por suas habilidades ou capacidades. As pessoas são vistas como “coisas”, como meios para alcançar fins. Elas têm valor enquanto são úteis.

Outros pensam nos seres humanos como animais, racionais, porém, nada mais do que animais. Os homens surgiram por meio do mesmo tipo de processo pelo qual passaram todos os outros animais e terão um fim semelhante.

Em contrapartida, a Bíblia afirma que DEUS NOS CRIOU. O homem não é fruto de evolução, mas de um ato consciente, proposital de Deus. Nisso consiste o nosso valor: EM TERMOS SIDO CRIADOS POR DEUS!

Esse fato implica que a existência do homem só encontrará significado em Deus. Nós ganhamos vida porque Deus desejou que existíssemos e agiu para trazer-nos à existência. Isso devia nos fazer perguntar o motivo de nossa existência. Por que existimos?

As Escrituras declaram: “Deus criou o homem”! Não estaríamos vivos, a não ser por Deus, tudo o que temos e somos vêm dele. Infelizmente, passamos a vida andando por todos os mercados da vida, barateando nosso próprio valor, pretendendo que pessoas mal preparadas nos valorizem. Cada um de nós é especial, pois foi Deus quem nos fez. Isso significa que nós, homens, não somos o valor maior. Nosso valor é derivado e a nós conferido por um valor superior: Deus. Assim, a pergunta essencial ao avaliar qualquer coisa não é se aquilo contribui para nosso prazer e conforto, mas se contribui para a glória de Deus e para o cumprimento de seu plano.

Talvez pessoas tenham dito que você não tem muito valor. Talvez você se sinta inútil, com um viver insignificante. Mas considere para que ou por que você está vivendo?

Você vive como uma máquina ou trata as pessoas que trabalham com você ou que vivem como você como máquinas? Não somos máquinas. Você não é uma máquina!

Da mesma forma, não somos animais. Não importa o que diz a Biologia ou outras Ciências. Não somos diferentes dos animais apenas porque pensamos. Não. Somos mais que bichos!

Você é uma criatura de Deus, e nisso consiste o seu valor. Você foi criado por Deus para um propósito nobre: refletir sua imagem! Não viva como um robô, apenas trabalhando, juntando coisas, correndo atrás do vento; NÃO VIVA COMO UM ANIMAL, preocupado apenas com o que beber ou comer; NÃO VIVA COMO UM INÚTIL, sem acreditar que Deus pode abençoar o seu esforço, fazer o seu caminho prosperar... VIVA COMO ALGUÉM QUE FOI CRIADO POR DEUS. Honre ao Senhor, portanto, com a Sua vida!

O valor de um homem não é dado por ele mesmo. Não valorize o que você têm; valorize o que você é! Alguém criado por Deus de maneira especial. Lembre-se: OS HOMENS SÃO GRANDES, MAS O QUE OS TORNA GRANDES É O FATO DE DEUS OS TER CRIADO.


Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 26 de março de 2012

GRAÇAS A DEUS?


O que parece uma frase comum, dita a todo momento em alusão a algo que acontece como se espera, na verdade, tem se tornado uma das mais graves blasfêmias do homem moderno. Dessa vez, foi dita pelo representante de uma empresa denunciada pelo Fantástico por corrupção. Lá pelas tantas, acreditando estar falando com um interessado nos seus “serviços” quando, na verdade, o interlocutor era um repórter, o moço é questionado: “Tem problema?”. A resposta: “Graças a Deus, até aqui tudo certo!”

Admito que quando vi pessoas orando, agradecendo a Deus o “sucesso” na divisão da propina, acreditei já ter visto tudo. Mas faltava ainda o “Graças a Deus, tudo certo”.

Com crentes assim, quem precisa do Príncipe das Trevas fazendo oposição?


Rev. Renato Arbués.

domingo, 25 de março de 2012

AMOR A DEUS OU ÀS COISAS DE DEUS?

Romanos 14.7-8: “Por que nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”.

O apóstolo Paulo está escrevendo suas últimas recomendações aos cristãos romanos. Ele estava preocupado com a tendência que os seres humanos têm de se separarem por qualquer motivo. Não era diferente naquela Igreja. Alguns cristãos simplesmente deixavam de relacionar-se com outros por questões sobre o comer carne,  beber vinho ou guardar este ou aquele dia da semana.

O argumento de Paulo passa por frases marcantes como as dos versos 7-8: “Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”. Quer dizer, somos parte de algo maior; somos parte de uma família, da família de Deus. E tudo que fazemos deve levar em conta essa relação harmoniosa e fraternal com os demais filhos de Deus.

De fato, a realidade que importa é a de que todos os crentes não pertencem a si mesmos, nem uns aos outros primeiramente: eles pertencem a Deus. Eles são do Senhor, quer estejam vivendo quer estejam morrendo!

Essas palavras de Paulo foram dadas para confortar e consolar  os filhos  de Deus que seriam perseguidos e teriam, dentro em breve, de enfrentar torturas e condenações. Essas palavras foram tão poderosas que, ao longo da história, elas amenizaram a dor e o sofrimento de diversos cristãos à beira da morte. Tal consolo, infelizmente, não é desfrutado pelos sábios e poderosos, pelos proeminentes e eruditos. Não, essas palavras são para os que fazem parte da família de Deus.

A escritora Rachel de Queiroz escreveu: “Morrer, só se morre só. O moribundo se isola numa redoma de vidro, ele e a sua agonia. Nada ajuda nem acompanha”. Coitada. Dá pra sentir a tristeza e a decepção dessa senhora quando escreveu essas palavras. Para que você, meu caro amigo, perceba a diferença de atitude ante a morte, vou citar um trecho de um discurso de Benjamin Franklin: “O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera”.

Há um antigo e conhecido Catecismo da Igreja Protestante, o Catecismo de Heidelberg, que afirma: “O meu único conforto é que - corpo e alma, na vida e na morte – não pertenço a mim mesmo, mas ao meu fiel Salvador, Jesus Cristo, que, ao preço do seu próprio sangue pagou totalmente por todos os meus pecados e me libertou completamente do domínio do pecado...”.

Martinho Lutero, diante da dieta de Worms, foi pressionado a negar sua fé e acatar a antiga tradição que ele professava. Sua resposta, dada diante do imperador, de autoridades da Igreja, de soldados e de uma grande platéia, foi: “A não ser que os senhores me provem pela Escritura e pela razão que eu estou errado, não poderei e não me disporei a voltar atrás. Minha consciência está sujeita à Palavra de Deus. Ir contra a consciência não é direito nem seguro. Aqui fico. E que Deus me ajude. Amém”. Na noite anterior, Lutero não conseguira dormir, de tanta apreensão. Mas, naquele momento, foi tomado pela paz, pela certeza de vivo ou morto, ele era do Senhor.


Você dirá: belos casos de heroísmo. Eu direi: Não foi apenas o heroísmo, mas a confiança em Deus que sustentou todos esses homens e continua sustentando o povo de Deus hoje.

Eu sei que muitos crentes deixaram de pensar em coisas como o céu ou o inferno. Eles estão interessados na vitória contra o desemprego, contra as crises, contra a solidão. Eles não estão dispostos mais a sofrer por Cristo, quanto mais a morrer por Ele. Que pena! O amor a Deus foi substituído pelo amor às coisas de Deus. Espero que você não enfrente nenhuma dessas situações, nem que precise ficar doente como Jó e perder todos os bens. Mas, se você, meu amigo, estiver enfrentado uma doença, se você estiver triste por algum problema, se você estiver chorando, sentindo-se pressionado pelas circunstâncias da sua vida, console-se nas palavras de Deus, ditas por meio do apóstolo Paulo: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”.

Deus nos protege tão bem que, contra a vontade do Pai celestial, não perderemos sequer um fio de cabelo, porque tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus. Conheçamos a verdade, e a verdade nos libertará da ignorância, da tristeza, do medo. Amém!


Rev. Renato Arbués.

sexta-feira, 23 de março de 2012

RESPEITO AO DIA DO SENHOR


Um empregado foi despedido por seu patrão por afirmar que não poderia trabalhar aos domingos, por motivo de consciência:
- Ainda que conheça o regulamento da casa, ainda que o sustento da minha pobre mãe dependa do meu emprego, sinto que não posso trabalhar aos domingos. O senhor me desculpe!
Então vá ao Departamento de Pessoal segunda-feira, para receber suas contas – disse o patrão.
Certo dia, conversando com um banqueiro que precisava de um empregado, o ex-patrão indicou o nome daquele que tinha sido despedido por não querer trabalhar aos domingos. Recomendou-o considerando-o ideal para ser caixa no banco.
- Mas você o despediu, disse o amigo.
- Sim, eu o despedi, porque não queria trabalhar aos domingos, mas um homem que pode perder o emprego para não violentar a sua consciência e princípios, servirá muito bem como caixa e pessoa de confiança.
"Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo também é injusto no muito. Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras? E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?" (Lc. 16.10-12).
Fonte: Ilustrações Selecionadas. Alcides Conejeiro Peres, CPAD.

Rev. Renato Arbués.



quinta-feira, 22 de março de 2012

O QUE EU QUERO OU O QUE EU DESEJO?


Meditação baseada em Marcos 2.1-12.
O livro “O Peregrino” narra a viagem do cristão desde a Cidade da Destruição até a Jerusalém Celestial. Trata-se de um clássico da literatura cristã. A narrativa foi elaborada por John Bunyan enquanto estava preso, na Inglaterra em 1678.

Após vencer diversos obstáculos, o viajante finalmente chega ao Paraíso. É o ápice do livro. Porém, há uma informação que poucos leitores atentam para o real significado: Ao lado da porta do Céu está a porta da Perdição. Bunyan está nos advertindo acerca do perigo de caminharmos sem o olhar fixo no objetivo final.

Você precisa de tudo que deseja?

Na fase inicial do Seu ministério, Jesus concede bênçãos que inauguravam a era messiânica, tais como o perdão dos pecados. Após ensinar em áreas pouco povoadas, Jesus retorna a Cafarnaum. Lá, entra numa casa e volta a dedicar-se ao Seu ministério fundamental: O ensino da Palavra.

A essa altura, a casa já estava tomada por diversas pessoas. Era impossível entrar, muito menos sair. Isso torna ainda mais dramática a situação do paralítico. Como entrar? Por onde entrar? “Pelo teto!”, deve ter dito alguém. “Então, tá”, respondeu outro. Tente imaginar a surpresa de Jesus. Enquanto pregava, baixam um homem paralítico pelo telhado. A cena chamou a atenção de Jesus, que manifestou Sua admiração com a atitude do paralítico e de seus amigos (v. 5).

É impossível não atentar para o fato de que a primeira bênção que o paralítico recebe é o perdão dos seus pecados, conforme o verso 5. O homem que estava sofrendo recebeu o que mais precisava. Mas será o que ele mais queria? Imagino que ele tenha ficado extremamente decepcionado com as palavras de Jesus.

O perdão dos pecados restaurava a comunhão do pecador com Deus. Fora precisamente para isso que Cristo veio. Ele veio para restaurar a relação entre o homem e Deus. Mas a questão é: ERA ISSO QUE O HOMEM QUERIA?

Aqui está um ponto importante da vida cristã. Será que as pessoas que buscam a Cristo estão à procura do que precisam ou do que desejam? Será que precisamos de prosperidade ou a desejamos? Será que é mais importante ter muito dinheiro ou uma consciência tranquila? É melhor ser rico ou ser servo no Reino de Deus?

Pessoas estão sempre insatisfeitas e por isso estão sempre à procura de algo. Infelizmente, muitas delas não sabem exatamente o quê estão procurando. A razão disso é que nem todas sabem o que, de fato, precisam. Confundir DESEJO com NECESSIDADE é um erro muito comum, mas, que pode provocar uma tragédia.

Veja o caso de Judas. Ele confundiu desejo com necessidade e acabou se perdendo por pouco. Andou o tempo todo no caminho certo, mas como procurava pela coisa errada, deu com a porta que conduz à perdição.

Qual é a nossa real necessidade? Talvez não tenhamos conseguido o que mais desejamos, por estar buscando o que não precisamos. Pessoas com crise conjugal buscam paz, e precisam. Mas, antes, precisam corrigir a relação! Pessoas doentes buscam cura, e precisam. Mas, às vezes, precisam mesmo é de conforto, força, paz.

Como em “O Peregrino”, ao lado da porta do paraíso está localizada a porta da inferno. A menos que saibamos bem o que buscamos, corremos o sério risco de desejar o que não necessitamos e encontrar o que não queríamos.

Rev. Renato Arbués.


domingo, 18 de março de 2012


Jean Le Rond d'Alembert, escritor, filósofo, e matemático francês,  frequentava com assiduidade o palácio de Lorena. Querendo atrair a atenção sobre si, irreverentemente afirmou:
- Eu sou o único neste palácio que não crê em Deus e por isso não o adora.
- Engana-se - respondeu a princesa - o senhor não é o único neste palácio que não crê em Deus e nem o adora.
- Quem são os outros? - perguntou o sábio.
- São todos os cavalos e os cães que estão nas cavalariças e nos pátios deste paço - respondeu a princesa.
- Assim, estou sendo comparado aos animais?
- De modo algum, tornou a princesa. Embora os animais não tenham conhecimento nem adorem a Deus, não têm a imprudência de se vangloriar disso.

Fonte: Ilustrações Selecionadas. Alcides Conejeiro Peres, CPAD.

Rev. Renato Arbués.