Durante
meses, o Brasil acompanhou a novela “Amor à vida”. Trama envolvente, atores do
primeiro escalão da Rede Globo, produção caríssima. Entendidos do assunto
afirmaram que houve muitos pontos falhos no roteiro, mas, quem se importa?
Afinal, o “padrão Globo de qualidade” garante o sucesso prévio. Não assisti e,
portanto, não poderia emitir juízo de valor sobre o folhetim. No entanto, de um
personagem posso falar, porque ouvi sobre ele o tempo todo em que a novela
esteve no ar: Félix.
É
desnecessário ressaltar a distinção entre o ator e o personagem. Mateus Solano,
intérprete do tal Félix, demonstra ser uma pessoa culta, discreta e de boa
índole. Não poderia dizer mais do que isso. Agora, a criatura a quem ele deu
vida, infelizmente, a meu ver, não mereceria o destaque que teve.
Não
me consternaram as maldades que o dito cujo praticou ao longo da trama, tampouco
sua “opção” sexual, censurada veementemente pelas Escrituras Sagradas. De um
bom vilão, o mínimo que se espera são maldades. Em um Estado laico, nenhuma
cosmovisão deveria ser posta como superior às outras. Nem inferior.
E
é aqui que começa o meu desconforto com o Félix. Não acompanho novelas, no
entanto, é impossível não saber alguma coisa a respeito delas. Ainda mais
quando uma se destaca, como foi o caso de Amor
à vida. Foi assim que soube das “frases maldosas” do filho do Dr. César.
Com
a intenção de fazer rir, assumiu a postura batizada de “politicamente
incorreta”, em especial, contra o cristianismo: criticou a burrice das pessoas,
a feiura, a gordura, a vaidade. E todo mundo ria. Afinal, era ficção,
brincadeira, passatempo. Então, resolveu descer um degrau e voltou suas tiradas
contra a religião. Na verdade contra o cristianismo. Falou debochadamente da
Santa Ceia e da Cruz. E todo mundo riu. Inclusive cristãos e cristãs, que saiam
do culto, em que louvavam a Deus, e corriam para a tv, a fim de rirem com o
Félix da mais importante obra do Deus Redentor em favor deles: A morte
sangrenta de Cristo. Como se fosse pouco, o sacramento que lembra e honra o
sacrifício de Cristo também foi alvo do “engraçado” Félix.
Não
sei como alguém consegue ler a Bíblia de manhã e, à noite, sentar-se em sua
sala para ser cúmplice de escárnio praticado contra ela. Não sei como um
cristão consegue gostar de uma figura deliberadamente construída para afrontar
a ideia de santidade bíblica. Talvez porque fosse engraçado. Talvez porque não
se conseguia ver maldade nenhuma. Talvez porque fosse apenas uma novela.
A
Rede Globo, me parece, segue um padrão facilmente percebido quando se trata de
vilipendiar o evangelho. Nas novelas, os primeiros homossexuais eram
engraçados, espalhafatosos, caricatos. Divertiam todo mundo. Até que a coisa
mudou de ares e, hoje, vemos romances homossexuais, beijos gays, discursos em
defesa da liberdade sexual etc. Agora, essa estratégia se volta contra os
valores cristãos, por meio de “frases maldosas”, mas engraçadas. Você pode
deduzir onde isso vai chegar.
Eu
não ri com ou do Félix. Pra mim, ele não era engraçado, nem útil ou compatível
com a minha ideia de diversão e entretenimento. Pra mim, já vai tarde. Aliás,
nem devia ter vindo!
Rev. Renato Arbués.
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