“Lâmpada
para os meus pés é a tua palavra; e luz para o meu caminho” Sl. 119.105.
Sempre foi
desejo do ser humano conhecer a vontade de Deus. Algumas pessoas nutrem o sonho
pelo espetacular, como uma “ligação” do céu ou um bilhete enviado das alturas e
entregue em mão por um dos santos anjos. Não faltam, ainda, aquelas que alegam
conversar diretamente com Deus, sem intermediário algum, mais de uma vez por
dia! Mas, o que significa conhecer a vontade de Deus? Será preciso realmente
que haja um evento especial, sobrenatural, para que essa vontade seja revelada
para nós?
Acredito que
sim. E acredito, sinceramente, que o sobrenatural já aconteceu diversas vezes, possibilitando
ao homem o conhecer a vontade do Senhor. O autor de Hebreus disse que
antigamente, Deus falou aos pais de “diversas maneiras” (Hb. 1.1). Uma leitura rápida
no Antigo Testamento mostra que Deus falou por sonhos, visões, aparições de
anjos, inscrições na parede... Ufa! De fato, Deus usou uma variedade de
maneiras espetaculares para fazer conhecida a Sua vontade. Contudo, algo não
pode ser ignorado: Nenhuma dessas revelações especiais desmentiu ou superou a
revelação escriturística.
Isso é assim
porque os atos revelacionais de Deus são harmoniosos, unos e integrais. Desde o
dia em que Moisés escreveu as primeiras palavras, do que mais tarde seria
chamado por nós de Bíblia Sagrada, até o dia em que o apóstolo João colocou o
ponto final nessa escritura, jamais houve uma contradição, um erro, nada que
desabonasse a harmonia da revelação divina nas páginas das Escrituras Sagradas.
Todos os
atos de Deus, todas as palavras que Ele quis que conhecêssemos estão
registrados na Escritura Sagrada. Não por acaso, o salmista fala dessa
Escritura como “lâmpada para os seus pés”. A figura do salmo (lâmpada para os
pés) remete a uma noite escura, em que alguém possuindo uma simples lanterna consegue
iluminar apenas os centímetros adiante em que vai colocar os pés. Caso se
desligue essa lâmpada, terá apenas a escuridão. Como ver adiante? Como chegar
ao destino quando só se pode enxergar onde os pés estão pisando?
O salmista
completa o texto dizendo que a Palavra é Luz para o meu caminho. Você
certamente sabe a utilidade de um farol para um navio. Se já esteve perdido no
meio do mato, também deve ter se norteado ao enxergar uma luz, ainda que
distante. A luz indica que há vida e que, portanto, há a possibilidade de
socorro.
Meu caro leitor,
se você se sente perdido, sem saber para onde ir ou que caminho seguir,
volte-se para a luz divina revelada nas Escrituras Sagradas. Leia-a, medite
nela e, certamente, encontrará a direção segura a que seguir.
Rev. Renato Arbués.
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