Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Eu sou bom?

Num mundo competitivo como o nosso, é natural que as pessoas se sintam cada vez mais pressionadas para conquistar espaço. O resultado disso é percebível a olhos nus: stress, brigas, rivalidade, ambiente de trabalho hostil, pressão, pressão, pressão. Afinal, ninguém pode vacilar. Há sempre alguém tão bom ou melhor que nós ansioso pelo nosso lugar.

Essas circunstâncias se repetem na família também. Certamente você já se questionou se é tão bom pai quanto deveria ser ou uma boa esposa, um bom filho. Estamos nós cumprindo bem o nosso papel familiar?

E como cidadãos, somos exemplos para nossos filhos? O ministro Antônio Palocci multiplicou por 20 o seu patrimônio em quatro anos. Você se importa com isso? O deputado federal Jean Willys prometeu dedicar o seu mandato na luta contra a influência do cristianismo na sociedade até, se possível, eliminá-la. Isso é da sua conta? Em nossa cidade, Senhor do Bonfim, não há médico legista. Você sabia?

Tudo isso e outras coisas nos fazem pensar na pergunta título desta reflexão: eu sou bom? Antes de responder, pense no significado do adjetivo “bom”.

Na narrativa bíblica da criação, ao final de cada dia, Deus imprimia um selo de qualidade à Sua obra. Ao concluir a obra diária, o texto sagrado diz: “Viu Deus que tudo era bom”. Ou seja, a coisa criada (a luz, os céus, os animais, as árvores) correspondia à idéia divina, por isso era bom.

Teologicamente, portanto, pode-se dizer que “bom” é aquilo que cumpre o propósito para o qual foi criado, projetado. Uma boa cadeira não é necessariamente uma cadeira nova, mas, sim, uma cadeira que serve ao propósito de dar-nos um assento; um carro bom é um carro que “anda”, quer dizer, que me leva de um ponto ao outro. Enfim, tomando emprestada uma forma filosófica de expressão,  diga-se que bom é aquilo que é o que deve ser.

Chegamos ao ponto em que a Teologia é a única disciplina que pode nos conduzir com segurança a uma resposta adequada à pergunta “eu sou bom?” E a Teologia, para nos auxiliar, recorrerá ao texto sagrado. Vamos a ele, pois.

Em Gênesis 1.26 está escrito: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”. Uma palavra, como você percebeu, precisa ser enfatizada: Domínio. O homem foi criado para dominar o mundo que Deus criou.

O domínio ao qual o Gênesis se refere implica a idéia de administrar, governar, cuidar, preservar. É isso o que os homens têm feito? Você tem cuidado do mundo da forma como Deus desejou?

Mais à frente, lê-se: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea” (Gn. 2.18). O plano de Deus para o homem inclui as relações familiares. O Senhor viu que não seria bom que o homem vivesse só e lhe deu a família. A idéia de Deus, portanto, era de comunhão, felicidade, cumplicidade, amor. Essas coisas são prioridades em suas relações familiares?

O profeta Miquéias é bem didático ao nos informar o que Deus intentava ao nos formar: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq. 6.8). Creio que o texto fala por si: Deus quer que o homem seja justo, misericordioso e humilde. Você é assim?

Se sua resposta foi sim, parabéns, você é realmente um homem bom, uma pesoa boa! Se a resposta foi não, calma, ainda há tempo para tentar melhorar. Querer já é um bom começo.

Pense nisso.

Rev. Renato Arbués