Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Com a tentação, o escape!

um estudo da Universidade de Chicago (Goleman, 1995) revela alguns pontos interessantes:
·   - Pessoas nascidas entre 1905-1914 (início da 1ª Guerra Mundial) não conviveram com casos marcantes de Depressão;
·   - Pessoas nascidas entre 1950-1970 possuíam 3 vezes mais probabilidade de terem Depressão do que os que nasceram antes;
·   - Pessoas nascidas entre 1970-1980 possuem 5,5 mais chances de terem depressão do que os nascidos nas outras gerações;
Efeitos disso:
· - Aumento do número de divórcios (pessoas que não conseguem viver bem consigo mesmas, não conseguem viver bem com outras);
· - Aumento progressivo nos números de dependentes químicos;
·  - Evasão escolar;
·  - Suicídios

Na Grécia Antiga, havia um templo considerado pelos gregos como O CENTRO DO UNIVERSO. Era o Templo de Delfos. No umbral desse templo, na entrada, havia duas inscrições:
                - CONHECE-TE A TI MESMO!
                - NADA EM EXCESSO!

Os gregos queriam que os homens soubessem de suas potencialidades, seus dons, suas qualidades. Eles podiam dominar o mundo, criar armas, construir cidades, escrever livros etc. Mas eles não podiam jamais esquecer de que eram apenas homens! Por isso, NADA EM EXCESSO.

O desafio persiste: COMO CONCILIAR nossas potencialidades com as limitações que nossa natureza nos impõe? Como lidar com as nossas emoções de maneira saudável? O que fazer diante de nosso problema?

Quando Deus criou o homem, deu-lhe a comissão de “sujeitar” o mundo e “dominá-lo” (Gn. 1.28). Somente o homem foi criado à imagem de Deus. Um dos aspectos dessa imagem era, como a passagem o indica, autoridade e governo. Ao homem competia refletir o governo de Deus mediante um governo real exercido sobre a terra.

Evidentemente, esse governo a ser exercido pelo homem era um governo derivado; o de Deus é-lhe natural, como o Criador de todas as coisas. Quando Adão pecou, o homem perdeu esse domínio e até hoje não o recuperou plenamente.

O autor inspirado da Epístola aos Hebreus observa que todas as coisas não estão ainda sujeitas ao homem. Somente em Cristo esse governo humano foi verdadeiramente aperfeiçoado (Hb. 2.8-9). Cristo fez-se homem, ressurgiu dos mortos e foi exaltado ao trono do reino celestial de Deus. Entretanto, mesmo o homem redimido está ainda sujeito às dificuldades e aos efeitos do pecado.

O pecado produziu inversão no governo do homem sobre a terra, de sorte que a terra ganhou domínio sobre o homem. A terra começou a opor resistência; produziu espinhos. O trabalho do homem já não se restringia mais a lavrar e cultivar o jardim, mas, agora, como suor do seu rosto, viu que tinha que lutar arduamente contra a terra para prolongar a existência.

Sempre que o homem deixa de agir assim, o impacto da inversão fica patente. Muitíssimo naturalmente, um dos principais problemas do homem é que ELES TÊM PERMITIDO QUE O AMBIENTE OS DIRIJA. A pessoa que resmunga: “Não posso; sinto-me desamparado”, está simplesmente se rendendo ao domínio do pecado num universo pervertido que se levanta contra ele.

Nenhum cristão tem direito de agir dessa maneira. Ao cristão compete “sujeitar” seu ambiente. O mandamento de Deus ainda está vigente; o cristão é chamado para dominar seu meio ambiente. Pela graça de Deus ele pode fazê-lo. Desse modo, pode voltar a refletir a imagem de Deus, subjugando e governando o mundo ao seu redor. O retrato de um homem anulado pelo meio ambiente e por ele dominado, encolhido com medo, diante dele, e, premido por ele, clamando que se vê sem possibilidade de ação, é, decerto, uma lastimável distorção do retrato do governo exercido pelo Deus Todo-poderoso.

Essa distorção da imagem de Deus é tão grosseira que vicia o próprio conceito do governo de Deus. Os cristãos cuja orientação básica foi de tal modo invertida que eles não procuram glorificar a Deus, precisam aprender a tomar a iniciativa, a subjugar e governar o que o cerca.

Não fazer nada é fazer algo. Omitir a aplicação das soluções bíblicas aos problemas é favorecer a continuidade das condições pecaminosas. Aceitar esses problemas e acomodar-se a eles contraria as ordens de Deus. O conceito de adaptação do pecado é antibíblico.

Rev. Renato Arbués (adaptado).

terça-feira, 29 de abril de 2014

JESUS SE IMPORTA

 Após a Primeira Guerra Mundial, mudou-se para o Brasil o escritor francês Stefan Zweig, um judeu austríaco, nascido em 1881. Zweig suicidou-se com a esposa em Petrópolis em 1942, abalado pela tragédia da Segunda Guerra Mundial, deixando um bilhete no qual dizia, entre outras coisas: "Depois dos sessenta anos um homem não tem em si mais reservas de energia que o ajudem a enfrentar as dificuldades da vida...".

Que triste!

Todos nós sabemos que a vida humana é “cheia de inquietações” (Jó 14.1). Virgílio, poeta romano, falou das “lágrimas dos objetos” (sunt lacrimae rerum), ou seja, é da natureza das coisas o viver em um mundo de corações quebrantados.

Vida humana e sofrimento se confundem.

Porém, se o casal tivesse conhecido a Cristo saberia que Ele tem compaixão da condição humana. O Deus-Homem sabe o que sentimos e como nós sentimos a respeito do que sentimos. E Ele Se importa com isso.

Cristo Se importa tanto que usa o Seu poder para amenizar a nossa tristeza. Como escreveu alguém, Jesus não é somente o Senhor da vida; é também o Senhor da morte, pois triunfou sobre ela.

Jamais pense que o seu sofrimento é único. Não é. Todos sentimos a dor da existência. No entanto, jamais se esqueça da misericórdia e jamais deixe de confiar no poder de Deus. Ele jamais nos abandona!

Rev. Renato Arbués.

sábado, 26 de abril de 2014

HAJA TREVAS!

No evangelho de Lucas, precisamente no capítulo vinte e três, no verso quarenta e quatro, encontra-se uma informação aparentemente despretensiosa. Jesus estava pendurado na cruz e, dentro de instantes, morreria. O evangelista informa que “era quase a hora sexta”, quer dizer, por volta de meio-dia, “e houve trevas sobre toda a terra até a hora nona”.

Não há erro nesse registro. Porém, pedindo permissão ao Santo Espírito, autor original da narrativa do evangelho, sinto-me autorizado a estender a figura. O motivo que levou as trevas a se estenderem sobre “toda a face da terra”, sem dúvida, foi a morte de Cristo. Os homens haviam, finalmente, realizado seu grande e único intento: Afastavam Jesus Cristo de suas vidas, de seu mundo, de sua história, matando-o.

“Afastar Jesus” ainda é o grande projeto dos homens. Na Idade Média, senhores ilustres proclamaram a autonomia da razão contra a autoridade religiosa (Igreja), o misticismo, a Bíblia e sua mitologia (lendas), o obscurantismo. Senhores ilustres promoveram a Ilustração (= Iluminismo, século XVII), movimento que propunha a independência da razão. Terminava a escuridão, a tristeza, o atraso, promovidos pela religião, em especial, pelo cristianismo, a religião do Deus crucificado. Immanuel Kant, no ensaio “Resposta à pergunta: O que é esclarecimento?”, afirmou: “O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si.” Tutelagem? Sim, era assim que os grandes pensadores se referiam ao que a Igreja fazia aos Seus fiéis. Para eles, a Igreja não ensinava, não pregava, não instruía. Ela tutelava. E toda forma de “tutelagem” é danosa. Não por acaso, o lema Iluminista era “Sapere Aude”, do latim, “Ouse saber”, “Atreva-se a saber” ou, como mais comumente se traduz essa expressão, “tenha a coragem de usar o seu próprio entendimento”.

Faz-se necessário esclarecer a óbvia ironia do resultado alcançado. Afastando Jesus e colocando a razão em seu lugar, a humanidade alcançaria as “luzes”, “a Ilustração”, o “Racionalismo”. Mas, o que a humanidade, de fato, alcançou? De acordo com Lucas, “houve trevas sobre a toda a terra”. Atualizando a conclusão do autor sagrado, o que os homens têm conseguido senão, a cada dia, jogar sobre todos nós, mais e mais trevas, as trevas do ódio, da violência, da promiscuidade, da indiferença, enfim, as trevas do pecado! Não fosse a tragédia patente na situação, seria o momento adequado para uma estrondosa gargalhada!

E eis aqui estamos. De novo, os homens tentam afastar Jesus de suas vidas, de sua história, de suas decisões, de sua política. E o que conseguem? Pais matando filhos e filhos matando pais; leis que transformam em direito o que antes era promiscuidade; banalização da vida; destruição da família; perversão dos valores outrora orientadores da conduta humana. Dá pra ouvir o apóstolo Paulo sussurrando que os homens “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”.

Enfim, agora, quem tutela o homem é a sua razão. Como todos têm razão, ninguém mais pode ser culpado ou proibido de nada. Como constatou Dostoiévski, no livro “Os irmãos Karamazov”: “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”! E voltamos às trevas!

Pobre Terra!

Rev. Renato Arbués.

terça-feira, 22 de abril de 2014

IMPIEDADE FAMILIAR

A suspeita agora é a de que o garoto Bernardo tenha sido enterrado vivo pela madrasta e por uma assistente social.

O advogado do pai do menino veio a público defender seu cliente. Ele disse que o moço “não foi um bom pai, foi negligente, ausente, mas, matar o menino? Jamais.”

Parafraseando Renato Russo, “Que pai é este?” Como não abraçar, tentando suprir as carências emocionais de um garoto cuja mãe cometera suicídio? Como um pai não percebeu os maus tratos impostos ao filho?

E a assistente social? De acordo com o Guia do Estudante, um assistente social tem como objetivo amparar pessoas que de alguma forma não têm total acesso à cidadania. É uma profissão voltada para a promoção do bem-estar físico, psicológico e social. E a assistente social dessa história admitiu ter recebido dinheiro para ajudar a matar uma criança?

E a madrasta? Bem, a ficção literária consagrou a imagem da madrasta como uma pessoa má. Entretanto, isso não pode ser verdade. Como alguém que ama uma pessoa não é capaz de amar e cuidar do/a filho/a dessa pessoa?

Terrível essa história.

No entanto, o Espírito já advertiu-nos: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus...” (2 Tm. 3.1-4).

Que Deus abençoe nossas famílias!

Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

21 de abril: Presbiterianismo na Bahia

Hoje faz 142 que a primeira Congregação Presbiteriana foi organizada na Bahia. Ficava na rua da Gameleira, n.º 3, em Salvador. Isso ocorreu em 21 de abril de 1872.

Essa congregação foi organizada quando a Bahia era o principal centro católico e sede do arcebispado primaz da Igreja Católica no Brasil.

Fruto do trabalho do missionário Francis Joseph Christopher Schneider, que desembarcou no porto de Salvador em fevereiro de 1871.

Nos primeiros cultos, reuniam-se de duas a dezessete pessoas e, em momentos de chuva, os convidados não compareciam.

O primeiro membro brasileiro a passar por batismo e profissão de fé nessa congregação foi Torquato Martins Cardoso.

Levemos adiante essa obra!

Fonte: PROTESTANTISMO ECUMÊNICO E REALIDADE BRASILEIRA, Elizete Silva, UEFS Editora.

Rev. Renato Arbués.



domingo, 20 de abril de 2014

FELIZ PÁSCOA!

O apóstolo Pedro era um homem simples, do povo. Pescador, vivia entre outros homens para os quais a vida era relativamente simples de ser entendida. Quão difícil deve ter sido para ele entender o plano divino para a salvação do pecador mediante a morte e ressurreição de Cristo!

Mas, Pedro entendeu. Entendeu tão bem que o explicou para os seus contemporâneos no discurso registrado em Atos 2.14-40. Jesus era filho de Deus? Sim, Seus milagres e maravilhas atestavam isso (At. 2.22). Jesus tinha de morrer? Sim, pois foi entregue pela presciência e pelo determinado desígnio de Deus (At. 2.23a). Os pecadores tinham responsabildade na morte de Cristo? Claro, afinal, foram eles que o entregaram para a crucificação (At. 2.23b). A morte venceu a Jesus Cristo? Não, pois não era possível que Ele fosse retido por ela (At. 2.24).

Tudo muito simples. Então, por que será que tantos homens eruditos não entendem? Na verdade, entender, entendem. E bem. Não querem é aceitar. Porque, se aceitarem, eles terão de mudar de vida, subjugando seu querer e todo o seu ser “Ao único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver” (1 Tm. 6.16).

Aliás, o próprio Senhor Jesus afirmou que essas verdades foram escondidas dos sábios e entendidos, e reveladas aos homens simples (Mt. 11.25). O que importa, porém, é refletir sobre o que Pedro ensinou acerca da ressurreição. Ela foi o fim de um ciclo, de um programa estabelecido pelo eterno propósito de Deus. A coroa da obra sacrificial de Cristo foi-lhe colocada pelo Pai no dia da ressurreição.

E com a ressurreição, o último inimigo foi derrotado, a saber, a morte. Nas palavras de Pedro, “rompendo os grilhões da morte” (At. 2.24). Como a morte é assustadora! Como são terríveis suas marcas. Basta ligar a tv por alguns instantes e veremos a dor da perda estampada no olhar perdido de uma mãe, na desolação de um amigo, na perturbação de uma criança. Mas, como é tremenda a ressurreição! Nela, encontramos a vitória sobre a morte. Nela, veremos nossos amigos e irmãos. Por ela, estaremos seguros ao lado de Cristo e ouviremos dEle: “Vinde, bendidos do meu Pai!”

É fantástico saber essas coisas e viver por elas. Dá vontade de gritar com Paulo que todas as demais coisas são refugo, quando comparadas à excelência do conhecimento de Cristo. O nosso cordeiro Pascal deu-nos o maior de todos os presentes. Colocou um cântico novo em nossa boca e encheu a nossa vida com a doce presença do Espírito Santo.

Assim, a exemplo de Pedro, resta-nos compartilhar essas verdades de maneira bem simples, desejando-lhe com toda a sinceridade uma Feliz Páscoa!

Rev. Renato Arbués.

domingo, 13 de abril de 2014

DESÇAM DAS ÁRVORES

Eu amo os hinos cristãos. Sou tradicional nesse ponto. Aliás, tradicionalíssimo. Prefiro cantar “Mais perto quero estar” a “como Zaqueu quero subir...”. Não há nada de sagrado nos hinos clássicos. São letras e músicas compostas por cristãos sinceros e dedicados, mas que, de maneira nenhuma, estavam livres de cometerem erro. O mesmo se pode afirmar dos “cânticos espirituais” hodiernos. No entanto, eu prefiro os hinos. São mais inteligentes, tocam mais profundamente a alma e conseguem nos fazer pensar mais detidamente nas “Maravilhas Divinas” (Hino n.º 33).

Como exemplo, vejamos a maneira como alguns hinos falam do amor sacrificial de Jesus. Cristo deu a Sua vida por mim, é a mensagem do evangelho. Às vezes, meditando no que levou o Deus eterno a me amar de tal maneira a dar o Seu único Filho em meu lugar, eu me pego cantarolando: “Meu Deus que amor! Meu Deus que antigo amor!” (Hino n.º 88).

Sobre esse antigo amor de Deus por mim, aprendi com minha mãe. Ainda criança, eu a ouvia ler “A história de Jesus”, “O anjo Gabriel”, “A fuga para o Egito”. Hoje, sou eu quem conta essas histórias para minha filha. Mas, sempre que ouço a congregação cantando “conta-me a velha história, que fala ao coração, de Cristo e Sua glória, de Cristo e seu perdão!” (Hino n.º 227), me bate uma saudade dos tempos de infância. Tive o privilégio de ouvir excelentes pregadores, entretanto, a “velha história” foi minha mãe que me contou.

Obviamente, mesmo sabendo do amor de Deus por mim, de vez em quando sinto abatimento em meio às crises. Nessas horas, como um desabafo e reconhecimento de minha pequenez, declaro: “De ti, Senhor, careço! Do teu amparo, sempre! Oh! Dá-me tua bênção! Aspiro a ti” (Hino n.º 120). Penso que o autor dessas letras experimentava a mesma sensação que eu. Ele deu voz poética à minha necessidade de proteção.

Proteção essa que se renova a cada vez que entoo: “Oh! Não temas! Oh! Não temas! Pois eu contigo sempre serei. Oh! Não temas! Oh! Não temas! Porque eu nunca te deixarei! (Hino n.º 146). Não poderia deixar de mencionar a paz sentida ao ouvir um irmão me lembrando que “Deus cuidará de ti! Na tua dor, com todo amor, jamais te deixará! Deus cuidará de ti!” (Hino n.º 165).

Cantar hinos também me faz lembrar do tempo em que eu, com dezessete anos, matriculei-me pela primeira vez como aluno numa Escola Bíblica Dominical, lá em Barra do Garças, no estado do Mato Grosso. O presb. Sandoval, que servia como nosso pastor, “sacramentalizou” que, o encerramento da EBD devia ser obrigatoriamente com o Hino 400: “Grande Deus! Em paz, agora, despedimo-nos, Senhor. Certos de fruir as bênçãos que provêm do teu amor. Dá-nos forças, dá-nos forças, neste mundo de amargor”. Se por alguma “negligência”, alguém terminasse a EBD sem cantar esses versos, à noite, durante o sermão, ouvíamos protestos do Sr. Sandoval: “Cuidado com a modernidade entrando na igreja!”. “Os jovens de hoje só querem fazer as coisas do seu jeito” etc, etc, etc. Imagine o que aconteceria se o Sr. Sandoval soubesse que hoje a igreja não quer mais saber dos hinos!

Enfim, eu amo os hinos. Não consigo descrever para você, caro leitor, a sensação que senti quando, num culto doméstico, minha filha mais nova, Luísa, pediu para cantarmos o Hino 110-A (com ênfase no A), pois, ela disse, “eu amo esse hino, papai”.

Se você escrevesse essa pastoral, certamente, os hinos citados seriam outros. Se eu escrever outra pastoral com a mesma temática, os hinos que citarei também serão outros. Uma constatação, porém, continuaria rigorosamente igual: Como é bom cantar os hinos! A essa altura, seria bom pedir para os irmãos que subiram em árvores, “como Zaqueu”, que desçam delas, abram seus hinários e cantem com os anjos: “Oh! Que belos hinos cantam lá no céu...” (Hino n.º 335).

Rev. Renato Arbués.