um estudo da Universidade
de Chicago (Goleman, 1995) revela alguns pontos interessantes:
· - Pessoas nascidas entre 1905-1914
(início da 1ª Guerra Mundial) não conviveram com casos marcantes de Depressão;
· - Pessoas nascidas entre 1950-1970
possuíam 3 vezes mais probabilidade de terem Depressão do que os que nasceram
antes;
· - Pessoas nascidas entre 1970-1980
possuem 5,5 mais chances de terem depressão do que os nascidos nas outras
gerações;
Efeitos disso:
· - Aumento do número de
divórcios
(pessoas que não conseguem viver bem consigo mesmas, não conseguem viver bem
com outras);
· - Aumento progressivo nos números de dependentes químicos;
· - Evasão escolar;
· - Suicídios
Na Grécia Antiga, havia um
templo considerado pelos gregos como O CENTRO DO UNIVERSO. Era o Templo de
Delfos. No umbral desse templo, na entrada, havia duas inscrições:
- CONHECE-TE A TI MESMO!
- NADA EM EXCESSO!
Os gregos queriam que os
homens soubessem de suas potencialidades, seus dons, suas qualidades. Eles
podiam dominar o mundo, criar armas, construir cidades, escrever livros etc.
Mas eles não podiam jamais esquecer de que eram apenas homens! Por isso, NADA
EM EXCESSO.
O desafio persiste: COMO
CONCILIAR nossas potencialidades com as limitações que nossa natureza nos
impõe? Como lidar com as nossas emoções de maneira saudável? O que fazer diante
de nosso problema?
Quando Deus criou o homem,
deu-lhe a comissão de “sujeitar” o mundo e “dominá-lo” (Gn. 1.28). Somente o homem foi criado à imagem de Deus. Um dos
aspectos dessa imagem era, como a passagem o indica, autoridade e governo. Ao
homem competia refletir o governo de Deus mediante um governo real exercido
sobre a terra.
Evidentemente, esse
governo a ser exercido pelo homem era um governo derivado; o de Deus é-lhe
natural, como o Criador de todas as coisas. Quando Adão pecou, o homem perdeu
esse domínio e até hoje não o recuperou plenamente.
O autor inspirado da
Epístola aos Hebreus observa que todas as coisas não estão ainda sujeitas ao
homem. Somente em Cristo esse governo humano foi verdadeiramente aperfeiçoado (Hb. 2.8-9). Cristo fez-se homem,
ressurgiu dos mortos e foi exaltado ao trono do reino celestial de Deus.
Entretanto, mesmo o homem redimido está ainda sujeito às dificuldades e aos
efeitos do pecado.
O pecado produziu inversão
no governo do homem sobre a terra, de sorte que a terra ganhou domínio sobre o
homem. A terra começou a opor resistência; produziu espinhos. O trabalho do
homem já não se restringia mais a lavrar e cultivar o jardim, mas, agora, como
suor do seu rosto, viu que tinha que lutar arduamente contra a terra para
prolongar a existência.
Sempre que o homem deixa
de agir assim, o impacto da inversão fica patente. Muitíssimo naturalmente, um
dos principais problemas do homem é que ELES TÊM PERMITIDO QUE O AMBIENTE OS
DIRIJA. A pessoa que resmunga: “Não
posso; sinto-me desamparado”, está simplesmente se rendendo ao domínio do
pecado num universo pervertido que se levanta contra ele.
Nenhum cristão tem direito
de agir dessa maneira. Ao cristão compete “sujeitar” seu ambiente. O mandamento
de Deus ainda está vigente; o cristão é chamado para dominar seu meio ambiente.
Pela graça de Deus ele pode fazê-lo. Desse modo, pode voltar a refletir a
imagem de Deus, subjugando e governando o mundo ao seu redor. O retrato de um
homem anulado pelo meio ambiente e por ele dominado, encolhido com medo, diante
dele, e, premido por ele, clamando que se vê sem possibilidade de ação, é,
decerto, uma lastimável distorção do retrato do governo exercido pelo Deus
Todo-poderoso.
Essa distorção da imagem
de Deus é tão grosseira que vicia o próprio conceito do governo de Deus. Os
cristãos cuja orientação básica foi de tal modo invertida que eles não procuram
glorificar a Deus, precisam aprender a tomar a iniciativa, a subjugar e
governar o que o cerca.
Não fazer nada é fazer
algo. Omitir a aplicação das soluções bíblicas aos problemas é favorecer a
continuidade das condições pecaminosas. Aceitar esses problemas e acomodar-se a
eles contraria as ordens de Deus. O conceito de adaptação do pecado é
antibíblico.
Rev. Renato Arbués
(adaptado).