Discutir se o cristão
pode ou não consumir bebida alcoólica é, sem dúvida, um tema delicado. É
preciso prudência ao abordá-lo e, também, maturidade espiritual para aceitar o
que diz a Bíblia sobre isso, e não o que pensa o homem. Há várias maneiras de
se analisar o uso do vinho. Duas são, pra nós, oponentes: a visão cultural e a
religiosa. Vejamos:
As Escrituras veem o
vinho sob dois ângulos diametralmente opostos. Elas falam do vinho
favoravelmente, por exemplo, ao falar da Lei dos Dízimos, Moisés escreveu: “Esse dinheiro, dá-los-ás por tudo o que
deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa” (Dt. 14.26). O salmista Davi, no Salmo
104, bendiz a Deus, o Criador. Ele enumera várias das obras de Deus. No verso
15, ele afirma: “Deus fez o vinho, que
alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que
lhe sustém as forças” (Sl. 104.15).
No entanto, as Escrituras
também falam do vinho também negativamente. O profeta Isaías adverte: “Ai dos que são heróis para beber vinho e
valentes para misturar bebida forte” (Is.
5.22). O rei Salomão disse: “Quem ama
os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá” (Pv. 21.17).
E, então? Dá-se o caso de
contradição?
Não. O NT mantém uma
atitude em relação ao vinho semelhante àquela que se revela no AT. De um lado,
é uma das dádivas da criação de Deus, a ser desfrutada; de outro, abster-se de
beber vinho pode ser necessário por amor ao evangelho. Em suma, recomenda-se MODERAÇÃO. Mas, a moderação não pode
ser confundida com licensiodade.
Além disso, há que se
considerar mais dois fatores: 1º. O irmão mais fraco: Paulo nos adverte, em
Romanos 14, a levarmos em consideração o pensamento do irmão mais fraco em
relação a alguns assuntos. Não que nossa vida seja conduzida pela consciência
alheia. Mas, que é preciso considerar a opinião de todo o corpo de Cristo antes
de se adotar qualquer comportamento. 2º. A Cultura: É impossível dissociar
testemunho de cultura. Na nossa cultura, o vinho não é bem visto por alguns
cristãos. Logo, qualquer que seja minha posição sobre esse tema, eu deve
considerar esse fator.
Pra resumir, irmão, a
orientação do Espírito Santo pela Palavra e uma boa dose de bom senso, acima de
tudo.
Rev. Renato Arbués.
Fontes diversas.
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