domingo, 15 de maio de 2016

O fim da escravidão

Há 128 anos, comemorados na última sexta, 13 de maio, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, libertando definitivamente todos os escravos negros que se encontravam em território nacional. A escravidão era terrível. A dor começava na viagem para cá: “Ao longo do caminho, os africanos morriam de doenças contagiosas ou dos sofrimentos de terem que atravessar o oceano em um espaço claustrofobicamente pequeno. Alguns ficavam cegos. Outros enlouqueciam. Mesmo quando as melhores práticas do princípio do século XIX eram seguidas, os porões nunca eram limpos rápido o suficiente para combater a acumulação de camadas de excremento, vômito, sangue e pus. Podia-se sentir o cheiro de navios negreiros a quilômetros de distância” (O Império da Necessidade, de Greg Grandin). Numa viagem, devido a escassez de alimentos a bordo do navio Zong, o comandante ordenou que fossem jogados ao mar 132 africanos, segundo ele, “para salvar o restante dos escravos e da tripulação”. Mães e filhos, rapazes e moças, homens e mulheres, 132 ao todo, foram amarrados um ao outro e presos a uma âncora para, logo depois, serem jogados ao mar. Estima-se que entre 1701 e 1810, cerca de 1.891.400 (um milhão, oitocentos e noventa e um mil e quatrocentros) negros foram desembarcados nos portos coloniais.
A Lei Áurea libertou, mas não restaurou a dignidade dos negros escravizados.
Mas, há mais de 2000 anos, um homem, Jesus Cristo, assinou na cruz, com Seu sangue, a libertação dos pecadores. A escravidão ao pecado era terrível. A miséria começa no nascimento: “Eu nasci em iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl. 51.5); subjuga o homem por toda a sua vida, tornando-os “cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia” (Rm. 1.29-31); até culminar na destruição: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt. 25.41). Estima-se que milhões e milhões de pessoas foram escravizadas pelo pecado.
Mas, aí, Jesus Cristo entrou em cena. E o que Ele fez? “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl. 1.13-14).
E esse foi o fim da escravidão.

Rev. Renato Arbués.

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