Há 128 anos, comemorados na última sexta, 13 de maio, a princesa Isabel
assinou a Lei Áurea, libertando definitivamente todos os escravos negros que se
encontravam em território nacional. A escravidão era terrível. A dor começava
na viagem para cá: “Ao longo do caminho,
os africanos morriam de doenças contagiosas ou dos sofrimentos de terem que
atravessar o oceano em um espaço claustrofobicamente pequeno. Alguns ficavam
cegos. Outros enlouqueciam. Mesmo quando as melhores práticas do princípio do
século XIX eram seguidas, os porões nunca eram limpos rápido o suficiente para
combater a acumulação de camadas de excremento, vômito, sangue e pus. Podia-se
sentir o cheiro de navios negreiros a quilômetros de distância” (O Império
da Necessidade, de Greg Grandin). Numa viagem, devido a escassez de alimentos a
bordo do navio Zong, o comandante ordenou que fossem jogados ao mar 132
africanos, segundo ele, “para salvar o restante dos escravos e da tripulação”.
Mães e filhos, rapazes e moças, homens e mulheres, 132 ao todo, foram amarrados
um ao outro e presos a uma âncora para, logo depois, serem jogados ao mar.
Estima-se que entre 1701 e 1810, cerca de 1.891.400 (um milhão, oitocentos e
noventa e um mil e quatrocentros) negros foram desembarcados nos portos
coloniais.
A Lei Áurea libertou, mas não restaurou a dignidade dos negros
escravizados.
Mas, há mais de 2000 anos, um homem, Jesus Cristo, assinou na cruz, com Seu
sangue, a libertação dos pecadores. A escravidão ao pecado era terrível. A
miséria começa no nascimento: “Eu nasci
em iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl. 51.5); subjuga o
homem por toda a sua vida, tornando-os “cheios
de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio,
contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de
Deus, insolentes, soberbos presunçosos, inventores de males, desobedientes aos
pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia” (Rm.
1.29-31); até culminar na destruição: “Apartai-vos
de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt.
25.41). Estima-se que milhões e milhões de pessoas foram escravizadas pelo
pecado.
Mas, aí, Jesus Cristo entrou em cena. E o que Ele fez? “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino
do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl.
1.13-14).
E esse foi o fim da escravidão.
Rev. Renato Arbués.
0 comentários:
Postar um comentário