Somos uma nação evangélica. Pelo menos foi isso que os
dados do Censo 2010 divulgados pelo IBGE disseram. Há 30 anos, os que se diziam
católicos representavam 89% da população brasileira. Hoje, são 65%. Enquanto
isso, nos anos 1980, 7% da população se dizia evangélica. Hoje esse índice está
em 22%.
No Censo anterior, de 2000, os números eram bem
parecidos. A população católica representava 73,8%; os evangélicos, 15,45%. No
entanto, o terceiro grupo “religioso” significativo, era o dos sem religião, 7,3%.
Os sem religião
formam uma categoria à parte. Geralmente, são jovens, filhos de pais crentes,
que se afastaram do convívio da igreja mas, conforme dizem, continuam amando a
Deus e seguindo Seus princípios. Do jeito deles, claro.
Esses números nos fazem pensar. Se somarmos os 65% de
católicos com os 22% de evangélicos, teremos 87% da população brasileira
praticante do cristianismo. É gente pra caramba.
Um estrangeiro cristão, ao ler esses números, deve
pensar que o Brasil é uma maravilha. Pouca violência, famílias felizes,
igualdade, muito amor e paz. Eu, porém, pergunto a você: Seu mundo é assim?
Você se sente seguro andando pelas ruas da nossa cidade? Sente que há
igualdade, em particular, no que diz respeito à distribuição da justiça?
Penso que vamos ficar chocados quando os números
referentes aos sem religião forem
divulgados. Seguramente, essa categoria já deve bater a casa dos dois dígitos.
A julgar pelo que vemos, ou melhor, pelo que não vemos nos bancos das igrejas,
o número cresceu. E muito.
Felizmente, o IBGE ainda não criou a categoria dos sem compromisso. Aí, nós, os 87% de
cristãos que há no Brasil, ficaríamos reduzidos a ____ % (complete você).
Pense nisso.
Rev. Renato Arbués.
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