O apóstolo
Pedro era um homem simples, do povo. Pescador, vivia entre outros homens para
os quais a vida era relativamente simples de ser entendida. Quão difícil deve
ter sido para ele entender o plano divino para a salvação do pecador mediante a
morte e ressurreição de Cristo!
Mas, Pedro
entendeu. Entendeu tão bem que o explicou para os seus contemporâneos no
discurso registrado em Atos 2.14-40. Jesus era filho de Deus? Sim, Seus
milagres e maravilhas atestavam isso (At. 2.22). Jesus tinha de morrer? Sim,
pois foi entregue pela presciência e pelo determinado desígnio de Deus (At.
2.23a). Os pecadores tinham responsabildade na morte de Cristo? Claro, afinal,
foram eles que o entregaram para a crucificação (At. 2.23b). A morte venceu a
Jesus Cristo? Não, pois não era possível que Ele fosse retido por ela (At.
2.24).
Tudo muito
simples. Então, por que será que tantos homens eruditos não entendem? Na
verdade, entender, entendem. E bem. Não querem é aceitar. Porque, se aceitarem,
eles terão de mudar de vida, subjugando seu querer e todo o seu ser “Ao único
que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum
jamais viu, nem é capaz de ver” (1 Tm. 6.16).
Aliás, o
próprio Senhor Jesus afirmou que essas verdades foram escondidas dos sábios e
entendidos, e reveladas aos homens simples (Mt. 11.25). O que importa, porém, é
refletir sobre o que Pedro ensinou acerca da ressurreição. Ela foi o fim de um
ciclo, de um programa estabelecido pelo eterno propósito de Deus. A coroa da
obra sacrificial de Cristo foi-lhe colocada pelo Pai no dia da ressurreição.
E com a
ressurreição, o último inimigo foi derrotado, a saber, a morte. Nas palavras de
Pedro, “rompendo os grilhões da morte” (At. 2.24). Como a morte é assustadora!
Como são terríveis suas marcas. Basta ligar a tv por alguns instantes e veremos
a dor da perda estampada no olhar perdido de uma mãe, na desolação de um amigo,
na perturbação de uma criança. Mas, como é tremenda a ressurreição! Nela,
encontramos a vitória sobre a morte. Nela, veremos nossos amigos e irmãos. Por
ela, estaremos seguros ao lado de Cristo e ouviremos dEle: “Vinde, bendidos do
meu Pai!”
É fantástico
saber essas coisas e viver por elas. Dá vontade de gritar com Paulo que todas
as demais coisas são refugo, quando comparadas à excelência do conhecimento de
Cristo. O nosso cordeiro Pascal deu-nos o maior de todos os presentes. Colocou
um cântico novo em nossa boca e encheu a nossa vida com a doce presença do
Espírito Santo.
Assim, a
exemplo de Pedro, resta-nos compartilhar essas verdades de maneira bem simples,
desejando-lhe com toda a sinceridade uma Feliz Páscoa!
Rev. Renato Arbués.
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