quarta-feira, 30 de abril de 2014

Com a tentação, o escape!

um estudo da Universidade de Chicago (Goleman, 1995) revela alguns pontos interessantes:
·   - Pessoas nascidas entre 1905-1914 (início da 1ª Guerra Mundial) não conviveram com casos marcantes de Depressão;
·   - Pessoas nascidas entre 1950-1970 possuíam 3 vezes mais probabilidade de terem Depressão do que os que nasceram antes;
·   - Pessoas nascidas entre 1970-1980 possuem 5,5 mais chances de terem depressão do que os nascidos nas outras gerações;
Efeitos disso:
· - Aumento do número de divórcios (pessoas que não conseguem viver bem consigo mesmas, não conseguem viver bem com outras);
· - Aumento progressivo nos números de dependentes químicos;
·  - Evasão escolar;
·  - Suicídios

Na Grécia Antiga, havia um templo considerado pelos gregos como O CENTRO DO UNIVERSO. Era o Templo de Delfos. No umbral desse templo, na entrada, havia duas inscrições:
                - CONHECE-TE A TI MESMO!
                - NADA EM EXCESSO!

Os gregos queriam que os homens soubessem de suas potencialidades, seus dons, suas qualidades. Eles podiam dominar o mundo, criar armas, construir cidades, escrever livros etc. Mas eles não podiam jamais esquecer de que eram apenas homens! Por isso, NADA EM EXCESSO.

O desafio persiste: COMO CONCILIAR nossas potencialidades com as limitações que nossa natureza nos impõe? Como lidar com as nossas emoções de maneira saudável? O que fazer diante de nosso problema?

Quando Deus criou o homem, deu-lhe a comissão de “sujeitar” o mundo e “dominá-lo” (Gn. 1.28). Somente o homem foi criado à imagem de Deus. Um dos aspectos dessa imagem era, como a passagem o indica, autoridade e governo. Ao homem competia refletir o governo de Deus mediante um governo real exercido sobre a terra.

Evidentemente, esse governo a ser exercido pelo homem era um governo derivado; o de Deus é-lhe natural, como o Criador de todas as coisas. Quando Adão pecou, o homem perdeu esse domínio e até hoje não o recuperou plenamente.

O autor inspirado da Epístola aos Hebreus observa que todas as coisas não estão ainda sujeitas ao homem. Somente em Cristo esse governo humano foi verdadeiramente aperfeiçoado (Hb. 2.8-9). Cristo fez-se homem, ressurgiu dos mortos e foi exaltado ao trono do reino celestial de Deus. Entretanto, mesmo o homem redimido está ainda sujeito às dificuldades e aos efeitos do pecado.

O pecado produziu inversão no governo do homem sobre a terra, de sorte que a terra ganhou domínio sobre o homem. A terra começou a opor resistência; produziu espinhos. O trabalho do homem já não se restringia mais a lavrar e cultivar o jardim, mas, agora, como suor do seu rosto, viu que tinha que lutar arduamente contra a terra para prolongar a existência.

Sempre que o homem deixa de agir assim, o impacto da inversão fica patente. Muitíssimo naturalmente, um dos principais problemas do homem é que ELES TÊM PERMITIDO QUE O AMBIENTE OS DIRIJA. A pessoa que resmunga: “Não posso; sinto-me desamparado”, está simplesmente se rendendo ao domínio do pecado num universo pervertido que se levanta contra ele.

Nenhum cristão tem direito de agir dessa maneira. Ao cristão compete “sujeitar” seu ambiente. O mandamento de Deus ainda está vigente; o cristão é chamado para dominar seu meio ambiente. Pela graça de Deus ele pode fazê-lo. Desse modo, pode voltar a refletir a imagem de Deus, subjugando e governando o mundo ao seu redor. O retrato de um homem anulado pelo meio ambiente e por ele dominado, encolhido com medo, diante dele, e, premido por ele, clamando que se vê sem possibilidade de ação, é, decerto, uma lastimável distorção do retrato do governo exercido pelo Deus Todo-poderoso.

Essa distorção da imagem de Deus é tão grosseira que vicia o próprio conceito do governo de Deus. Os cristãos cuja orientação básica foi de tal modo invertida que eles não procuram glorificar a Deus, precisam aprender a tomar a iniciativa, a subjugar e governar o que o cerca.

Não fazer nada é fazer algo. Omitir a aplicação das soluções bíblicas aos problemas é favorecer a continuidade das condições pecaminosas. Aceitar esses problemas e acomodar-se a eles contraria as ordens de Deus. O conceito de adaptação do pecado é antibíblico.

Rev. Renato Arbués (adaptado).

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