sábado, 22 de setembro de 2012

O QUE PODE ACONTECER QUANDO SE DORME DEMAIS!


Cena 1: O operário acorda às 6h30. Atrasado, não consegue tomar o café da manhã. Sai correndo na direção do ponto de ônibus. Demora 1h até chegar ao edifício que ajuda a construir. Como está trabalhando no regime de “turnão”, pega direto das 8h às 14h, sem pausa para o almoço. Do trabalho, vai ao banco, pagar umas contas. Muita gente, fila longa, demora, atraso. Ônibus lotado, congestionamento, chuva. Tudo o que ele quer é chegar logo a sua casa, tomar um banho e, enfim, jantar. Está faminto. Finalmente, às 19h, consegue tomar um longo banho, trocar-se e sentar-se à frente da TV para acompanhar as notícias do dia. 20h. A esposa anuncia o jantar. O homem se levanta rapidamente, puxa uma cadeira, segura os talheres, faz uma rápida oração e olha com fúria para a comida, como quem vai devorá-la em menos de 15 segundos. 30 minutos depois, a esposa volta e, surpresa, vê o prato intacto: O marido nem tocou na comida. O que aconteceu? Nada, de tão cansado, ele dormiu.

Cena 2: Era o grande amor da vida dele. Desde criança, era apaixonada por ela. A menina mais linda da rua se tornou a mais linda da escola e, depois, a mais linda do mundo. Seu grande amor. Finalmente, depois de anos, ele conseguiu marcar um encontro. No dia combinado, um sábado, ao voltar do trabalho por volta das 14h, almoçou em um segundo. Tirou o carro da garagem, separou todo o material que precisaria: Flanela, shampoo para carro, “pretinho”, querosene, aspirador de pó, pasta para encerar, jornal. Levou quase três horas para deixar a máquina no ponto. Hora de tomar banho. 40 minutos depois, a escolha da roupa. Nessa tarefa, ele demorou infinitos 30 minutos. Entre vestir, se olhar no espelho, trocar a camisa ou a calça, ajeitar o cabelo e decidir-se pelo perfume, lá se foi mais uma hora. O relógio já marcava 19h45. O encontro se daria às 20h30. A ideia era um jantar romântico, depois um cinema e, se tudo desse certo, o pedido de namoro. 22h, a mãe entra no quarto e vê o filho esparramado na cama. O que aconteceu? Nada, de tão cansado, ele dormiu.

Cena 3: Nada dava certo naquela casa. O pai e a mãe pareciam um israelita e uma palestina. Dos 5 filhos, um estava desempregado. Há 20 anos. Outro estava tentando reconstruir o casamento. O terceiro descobriu um câncer e lutava desesperadamente pela vida. O caçula saiu de casa após envolver-se com drogas. Fazia quase 6 meses que não dava notícias. Temiam pelo pior. A única que podia fazer alguma coisa era a irmã, a quarta filha. Por meio de uma colega de trabalho, ouviu falar de Jesus e quis conhecê-lo. Combinou de ir ao culto no próximo domingo. Se alguém podia ajudar aquela família, certamente, esse alguém chamava-se Jesus, o Filho de Deus. Ela estava convicta de que sua vida seria transformada. A amiga lhe falara que a Palavra de Deus ressuscitava os mortos e tinha poder de modificar a história humana. Tal promessa incendiou seu coração e provocou um sincero desejo de ouvi-la. Enfim, chegou o domingo, 19h30. Oração, cânticos, leitura congregacional, apresentação do grupo de louvor, solo, coral e a mensagem. O pastor naquela noite estava iluminado. Palavra clara, fiel ao texto, objetiva e confortadora. Durante 40 minutos, o Espírito Santo usou o ministro como um porta-voz. Ao final do culto, porém, a menina estava do mesmo jeito que entrou: Sozinha, aflita, desesperada. Nada havia mudado. Parece que só ela aquela noite não fora edificada pela mensagem. O que aconteceu? Nada, de tão casada, ela dormiu.

Rev. Renato Arbués.

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