Você acredita que um professor, sem carteira assinada, sem
vínculo com o Estado, dando aulas apenas em sua casa, dois dias por semana, pode
ter um sálario de R$ 6.000,00? Não acredita? Então, preste atenção.
Uma professora resolveu deixar a sala de aula e oferecer
aulas de reforço nas matérias de matemática, química e física. Seu público-alvo
são alunos que cursam o 3º ano do Ensino Médio e batalham por um bom desempenho
no Enem e por uma aprovação no vestibular. Ela dá aulas a 4 grupos,
distribuidos assim. Cada grupo tem 10 alunos. Cada aluno paga R$ 150,00 por
mês. Na segunda, ela reúne um grupo de manhã, das 9h às 12h, e outro, à tarde,
das 14h às 15. Os outros dois grupos recebem aulas na quarta-feira.
Pode acreditar, é verdade.
O que ela faz de tão especial? Apenas percebeu a prioridade
de 10 entre 10 famílias que têm filhos na escola: Vê-los em uma boa faculdade.
Para isso, as crianças devem adquirir competências básicas nas mais diferentes
matérias que compõem as exigências do Exame. Para o ENEM deste ano, estão
inscritos 6.497.466 candidatos. Que público!
Assim, nossos filhos estudam Português, Matemática, Biologia,
Química, Física, Literatura, Espanhol, Inglês, Redação, Geografia, História,
além de lerem livros clássicos, conhecerem as discussões políticas atuais, e
devem ser capazes de escrevem, e bem, sobre tudo isso. Haja fôlego.
O apóstolo Paulo também dava aulas particulares. Ele também
aproveitava as prioridades das pessoas e concentrava sua atenção e seus
recursos em cima disso. Foi assim que ele chegou em Éfeso, na Escola de Tirano.
O texto sagrado (At. 19.8) nos
informa que Paulo, durante 3 meses, ensinou, discutiu, debateu com os
principais da sinagoga. Mas, eles tinham outras prioridades (falar mal do Caminho). E Paulo também. O
que Paulo fez?
Alugou a escola de Tirano e por 2 anos passou a ensinar a uns
poucos discípulos, separados por ele, e que haviam elegido como prioridade
aprender as verdades do Reino de Deus.
Por dois anos, Paulo dedicou sua sabedoria, seu conhecimento,
seus esforços, toda a sua vida para preparar jovens e homens que queriam
aprender sobre Deus. Eram pessoas inteligentes, que poderiam ter estudado
qualquer disciplina. Podiam ter se tornado doutoras da Lei, ou filósofas. Mas
não quiseram. Para elas, conhecer a Deus e ensinar sobre Ele aos perdidos,
consituía a mais alta prioridade. E assim fizeram.
O texto de Atos informa o resultado desses dois anos de
estudo: “dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a
Palavra do Senhor, tanto hebreus como gregos” (At. 19.10).
Dificilmente, Paulo escolheria hoje preparar alunos para o
ENEM. Ele pensava maior. Nossos filhos precisam ser preparados para a vida. Não
apenas para esta, pois é passageira, má e cheia de provações (Jó. 14.1). O que
nossos filhos precisam é de uma perspectiva eterna, uma educação que vise à
vida com Deus, que lhes permitam “buscar,
primeiro, o reino de Deus, e a Sua justiça”.
As demais coisas – incluindo o ENEM – serão acrescentadas no
tempo certo e da maneira certa.
Pense na vida eterna.
Rev. Renato Arbués.
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