Uma das características mais
interessantes de Jesus era a Sua prontidão em conversar com as pessoas. Aqui e
ali nos evangelhos, lemos diálogos interessantíssimos de Cristo com as pessoas
comuns da Palestina. Mulheres viúvas, excluídos sociais, mendigos, sacerdotes,
crianças, enfim, qualquer pessoa interessava a Jesus.
Eu me lembro da minha infância em
fazendas no interior de Goiás. O dia de trabalho terminava por volta das 16h.
Um pouco de brincadeiras, banho e jantar. Depois vinha a hora mais aguardada do
dia: a fogueira no terreiro.
A expectativa não pela fogueira,
claro, mas pelas conversas ao seu redor. Os mais velhos conversavam conosco.
Contavam histórias. Histórias de terror, geralmente. O medo entorpecia, mas,
era extremamente divertido. Ouvia meu pai, meu avô, meus tios, os vizinhos. Era
uma Ágora sem a preocupação com o destino da cidade. Era simplesmente, o prazer
de conversar.
Hoje, não há mais fogueiras. Há
televisões. Cada vez mais modernas, elas é que falam. Contam histórias de
romance, de terror, de aventura. Mas, falta alguma coisa, algum tempero
especial foi perdido: a interação entre as pessoas. Somos meros espectadores,
números do IBOPE.
Por que não conversamos mais?
Se Jesus estivesse entre nós
fisicamente, será que Ele assistiria televisão ou prefereria uma boa conversa?
Rev. Renato Arbués.
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