sexta-feira, 29 de junho de 2012

CONVERSA NA FOGUEIRA


Uma das características mais interessantes de Jesus era a Sua prontidão em conversar com as pessoas. Aqui e ali nos evangelhos, lemos diálogos interessantíssimos de Cristo com as pessoas comuns da Palestina. Mulheres viúvas, excluídos sociais, mendigos, sacerdotes, crianças, enfim, qualquer pessoa interessava a Jesus.

Eu me lembro da minha infância em fazendas no interior de Goiás. O dia de trabalho terminava por volta das 16h. Um pouco de brincadeiras, banho e jantar. Depois vinha a hora mais aguardada do dia: a fogueira no terreiro.

A expectativa não pela fogueira, claro, mas pelas conversas ao seu redor. Os mais velhos conversavam conosco. Contavam histórias. Histórias de terror, geralmente. O medo entorpecia, mas, era extremamente divertido. Ouvia meu pai, meu avô, meus tios, os vizinhos. Era uma Ágora sem a preocupação com o destino da cidade. Era simplesmente, o prazer de conversar.

Hoje, não há mais fogueiras. Há televisões. Cada vez mais modernas, elas é que falam. Contam histórias de romance, de terror, de aventura. Mas, falta alguma coisa, algum tempero especial foi perdido: a interação entre as pessoas. Somos meros espectadores, números do IBOPE.

Por que não conversamos mais?

Se Jesus estivesse entre nós fisicamente, será que Ele assistiria televisão ou prefereria uma boa conversa?

Rev. Renato Arbués.

0 comentários: