Rev. Paulo Brocco

Pregação no culto de encerramento do Presbitério Piratininga.

Batismo da irmã Raimunda Goveia"

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"!

Fachada da IPC de Bonfim

Rua A Quadra A, nº 48, Casas Populares - Senhor do Bonfim - BA

Igreja em festa: Confraternização

IPC de Senhor do Bonfim em festa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Oh, Graça Maravilhosa!


Somos presbiterianos. Nosso sistema doutrinário tem na Soberania de Deus a mais importante de todas as doutrinas. É ela que sustenta todo a nossa fé. É por ela que podemos confiar no Pacto Eterno, na Salvação, na Perseverança dos Santos, na Santa Igreja. Mesmo a Presciência tem seu fundamento nos decretos eternamente planejados e firmados na Soberana decisão do Pai.

Porém, como presbiterianos, também estimamos a Graça Divina. Graça essa soberanamente administrada em nossas vidas, suprindo todas as nossas necessidades, aliviando nossas ansiedades, respondendo as mais íntimas dúvidas que acolhemos. Se a Soberania divina é o alicerce da nossa fé, a graça maravilhosa é o teto, que nos protege das chuvas do desânimo, do calor do orgulho e do frio do egoísmo.

“Sendo justificados gratuitamente por Sua graça” (Rm. 3.24);“Porque pela graça sois salvos” (Ef. 2.8); “Que nos salvou, e nos chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o Seu propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2 Tm. 1.9). Sem a graça de Deus não seríamos quem somos, não teríamos o que temos, não esperaríamos o que nos está reservado, e não desfrutaríamos da confortante e santa presença do Senhor em nossa vida. Tudo nos vem pela Graça. E só ela nos basta.

A graça. A graça maravilhosa que nos tirou das trevas e nos colocou no reino da luz. A graça que superabundou onde havia pecado. A graça que acalma nosso coração nos momentos de desespero e de dor. É somente pela graça que somos salvos, santificados, amados e, finalmente, glorificados. Como é linda a nossa fé, além de coerente, inteligente, fidedigna, ainda tem o mérito de nos consolar por meio da verdade eterna e redentora, presenteada aos eleitos pelo Santo Espírito de Deus.

Em tempos difíceis, precisamos ouvir o excelente conselho de Jeremias: “Prefiro trazer à memória o que me pode trazer esperança” (Lm. 3.21). Não sei você, mas eu, honestamente, jamais precisei tanto de esperança quanto nesses dias. Sempre que vejo famílias sofrendo por falta de diálogo, de humildade, de submissão à vontade de Deus; sempre que vejo jovens sedentos pelos frutos do pecado, cegos pelo deus deste século; sempre que vejo a desilusão, a fraqueza espiritual, a falta de objetivos; enfim, em cada novo amanhecer, a menos que tenhamos bem firme em nossa memória o que nos pode trazer esperança – a graça de Deus – há muito teríamos desistido.

Como bom presbiteriano, exalto a graça de Deus em minha vida e confesso que, sem ela, não passaria de um simples miserável, condenado justamente pela santidade divina. Contudo, ao Soberano Senhor de todas as coisas aprouve estender Sua compaixão e misericórdia a mim,  me salvando graciosa e gratuitamente. Hoje, “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.20).

Lembre-se disso, meu irmão. Quando se sentir desanimado, reflita sobre a Graça Maravilhosa. Ela é, sem dúvida, nossa maior fonte de esperança e reavivamento em dias tão difíceis.

Amém.


Rev. Renato Arbués.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

COM VERGONHA


Somos uma nação evangélica. Pelo menos foi isso que os dados do Censo 2010 divulgados pelo IBGE disseram. Há 30 anos, os que se diziam católicos representavam 89% da população brasileira. Hoje, são 65%. Enquanto isso, nos anos 1980, 7% da população se dizia evangélica. Hoje esse índice está em 22%.

No Censo anterior, de 2000, os números eram bem parecidos. A população católica representava 73,8%; os evangélicos, 15,45%. No entanto, o terceiro grupo “religioso” significativo, era o dos sem religião, 7,3%.

Os sem religião formam uma categoria à parte. Geralmente, são jovens, filhos de pais crentes, que se afastaram do convívio da igreja mas, conforme dizem, continuam amando a Deus e seguindo Seus princípios. Do jeito deles, claro.

Esses números nos fazem pensar. Se somarmos os 65% de católicos com os 22% de evangélicos, teremos 87% da população brasileira praticante do cristianismo. É gente pra caramba.

Um estrangeiro cristão, ao ler esses números, deve pensar que o Brasil é uma maravilha. Pouca violência, famílias felizes, igualdade, muito amor e paz. Eu, porém, pergunto a você: Seu mundo é assim? Você se sente seguro andando pelas ruas da nossa cidade? Sente que há igualdade, em particular, no que diz respeito à distribuição da justiça?

Penso que vamos ficar chocados quando os números referentes aos sem religião forem divulgados. Seguramente, essa categoria já deve bater a casa dos dois dígitos. A julgar pelo que vemos, ou melhor, pelo que não vemos nos bancos das igrejas, o número cresceu. E muito.

Felizmente, o IBGE ainda não criou a categoria dos sem compromisso. Aí, nós, os 87% de cristãos que há no Brasil, ficaríamos reduzidos a ____ % (complete você).

Pense nisso.

Rev. Renato Arbués.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Você ou o inferno!


Meditação baseada em Romanos 9.3:

Religião estranha, esse cristianismo. Como é possível entender uma doutrina que ensina que o fiel deve batalhar para manter um bom relacionamento com o Seu Deus, por meio de horas e horas de estudo bíblico, de oração, de participação em cultos públicos e outras atividades espirituais e, de repente, apenas por amor aos demais fiéis, desejar distanciamento desse Deus?

Pois é, por mais complicado que seja compreender algo assim, é exatamente isso que Paulo nos ensina. O apóstolo amava seus compatriotas com tamanha intensidade que, se preciso, a fim de vê-los salvos, seria capaz de separar-se de Cristo. Mais: O velho discípulo disse que seria melhor ser maldito (anátema) do que ver seus irmãos perdidos.

É difícil aceitar ou entender, mas não é nenhuma novidade. A essência do evangelho está no amor a Deus e ao próximo. A evidência maior do amor é a disposição em fazer o outro feliz. No caso de Deus, o que O deixa feliz é a nossa obediência (Jo. 14.15; 15.14). Todo aquele que diz amar a Deus deve obedecê-lo.

Devemos obedecer à ordem de congregar-nos (Hb. 10.25), de meditar na Palavra (Sl. 119.97), de orar (1 Ts. 5.17), de participarmos da Santa Ceia (1 Co. 11.23-32), de santificarmos (Hb. 12.14), de cuidar dos órfãos e das viúvas (Tg. 1.27) e de evangelizar os que estão perdidos (Mt. 28.18-20).

O bem-estar do outro deve ser colocado acima do nosso. Cristo fez isso quando Se entregou para morrer naquela cruz horrível. Ele não veio para fazer a Sua vontade, mas a do Pai. Jesus estava sempre colocando a satisfação do outro (do Pai, dos eleitos) acima da sua. Cristo é o nosso exemplo. O que Ele fez, devemos fazer também.

Dessa forma, o desejo de Paulo está de acordo com o que o homem de Nazaré nos ensinou. As palavras de Paulo foram: “Porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” (Rm. 9.3).

Infelizmente, essa não é uma atitude muito comum entre os evangélicos de hoje. Estamos tão absortos nos nossos problemas, nas nossas dificuldades, na nossa vida que, raramente, temos tempo para preocupar-nos com a vida do outro, quanto mais desejar salvá-la, se para isso for necessário investir tempo e/ou recursos pessoais.

Imagine – mesmo que seja uma tarefa por demais difícil – uma família em que o homem desejasse ir para o inferno a ver sua esposa infeliz; em que uma mulher desejasse perder a comunhão com Cristo a deixar esfriar o romance com o esposo; em que os filhos desejassem a condenação a desobediência aos pais. Que família, não é mesmo?

Por que não pode ser assim, se somos filhos de Deus? Se temos Cristo como Salvador e Senhor de nossas vidas, por que não conseguimos imitá-lo justamente no ponto principal de Seu ministério, o amor?

Não espere sua esposa começar a seguir o exemplo de Cristo, homem, comece você a amá-la acima de tudo. Mulher, não espere a mudança do seu marido. Mude você! Filho, não espere ter pais dedicados a você, dedique sua vida a seus pais.

Se for muito difícil fazer isso, peça ajuda a Deus. Para Ele, não há impossíveis.

Rev. Renato Arbués.


sábado, 30 de junho de 2012

Dois prefeitos do mesmo partido?


Ouvi dizer que um partido político em nossa cidade está dividido. Duas pessoas apresentaram candidatura ao cargo de prefeito. Uma tem o apoio do Diretório Municipal. Outra, afirma ter a aprovação do Diretório Estadual e Nacional. Nenhuma delas desiste. Segundo declarações de ambas, se preciso for, a última palavra será da Justiça.

Feliz é a cidade que desfruta do privilégio de ter pessoas tão comprometidas com o bem público, a ponto de esquecerem anos e anos de companheirismo. Quando os antigos gregos lançaram as bases da Democracia, tenho certeza de que pensavam em pessoas assim. “O homem é um animal político”, afirmava Aristóteles. Isso quer dizer que sua realização está não em seus desejos, sua ambição pessoal, mas, sim, no bem-estar coletivo, no progresso da pólis, na prosperidade dos habitantes de uma cidade.

Quando ouvirmos falar de crentes que priorizam o bem da congregação ao seu próprio, também teremos motivos de nos alegrarmos. Quando os homens entenderem que, para serem felizes, precisam fazer os outros felizes, a sociedade terá paz e prosperará. Nós, que somos filhos de Deus, precisamos aprender a cuidar do outro para que eles cuidem de nós, também. Temos de amar para sermos amados. Temos de compartilhar para conquistarmos.

Oxalá as motivações dos nossos políticos sejam as mais nobres.

E tomara que Deus nos faça entender a essência do evangelho: Amar a Deus e ao próximo!

Rev. Renato Arbués.




sexta-feira, 29 de junho de 2012

CONVERSA NA FOGUEIRA


Uma das características mais interessantes de Jesus era a Sua prontidão em conversar com as pessoas. Aqui e ali nos evangelhos, lemos diálogos interessantíssimos de Cristo com as pessoas comuns da Palestina. Mulheres viúvas, excluídos sociais, mendigos, sacerdotes, crianças, enfim, qualquer pessoa interessava a Jesus.

Eu me lembro da minha infância em fazendas no interior de Goiás. O dia de trabalho terminava por volta das 16h. Um pouco de brincadeiras, banho e jantar. Depois vinha a hora mais aguardada do dia: a fogueira no terreiro.

A expectativa não pela fogueira, claro, mas pelas conversas ao seu redor. Os mais velhos conversavam conosco. Contavam histórias. Histórias de terror, geralmente. O medo entorpecia, mas, era extremamente divertido. Ouvia meu pai, meu avô, meus tios, os vizinhos. Era uma Ágora sem a preocupação com o destino da cidade. Era simplesmente, o prazer de conversar.

Hoje, não há mais fogueiras. Há televisões. Cada vez mais modernas, elas é que falam. Contam histórias de romance, de terror, de aventura. Mas, falta alguma coisa, algum tempero especial foi perdido: a interação entre as pessoas. Somos meros espectadores, números do IBOPE.

Por que não conversamos mais?

Se Jesus estivesse entre nós fisicamente, será que Ele assistiria televisão ou prefereria uma boa conversa?

Rev. Renato Arbués.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

ORAÇÃO


Orar.

Por que será que alguns cristãos não conseguem desenvolver um hábito uma vida devocional significativa?

É um paradoxo.

Dizemos que amamos a Deus sobre todas as coisas. Desejamos agradá-lo. Queremos fazer a Sua vontade.

Mas não oramos.

Não lemos a Bíblia regularmente. Não frequentamos os cultos. Não dirigimos nossa atenção às coisas lá do alto.

Sem orar, nossa intimidade com Deus ficará comprometida. Ficaremos fracos espiritualmente. Tornar-nos-emos presas fáceis do pecado.

Ore todos os dias.

“A função da oração não é influenciar Deus, mas, especialmente, mudar a natureza daquele que ora”.
Soren Kierkegaard.

Rev. Renato Arbués.


terça-feira, 26 de junho de 2012

PRIORIDADES



Prioridades.

No mundo todo as pessoas têm pressa. Vive-se a dinastia do tempo. Que horas são? Tenho de correr? Estou atrasado! Sem dúvida, dentre as frases mais faladas por nós, essas encabeçam a lista. A questão é: “Precisa ser assim?”

Ora, Jesus era um homem extremamente ocupado. E público também. Desde seu batismo, não andava mais sozinho. Pessoas queriam vê-lo, tocá-lo, ouvi-lo. Enfermos queriam ser curados. Pobres, recompensados. Ricos, salvos. Excluídos queriam ser amados. E Jesus tinha tempo pra atender a todos.

Mas, incrível, Jesus também ficava sozinho. Quando se sentia cansado, pedia aos discípulos que o levassem de barco para um lugar distante, onde pudesse orar. E orava várias vezes ao dia.

Não conheço homens de Deus bem-sucedidos que não tenham sido ocupados. Envolvidos em diversas frentes, Lutero, Calvino, Knox, Whitefield, Spurgeon, entre tantos outros, jamais se permitiam passar longos períodos distantes de Deus.

É tudo questão de prioridade. Priorize Deus e você achará tempo para ter comunhão com Ele.

Priorize o seu casamento, e achará tempo para investir na sua relação conjugal.

Pense nisso.

Rev. Renato Arbués.