quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Por que ir à igreja é tão importante?

As pessoas estão cansadas. Estão cansadas do casamento, da escola, do trabalho, da vida. Por estarem cansadas, as pessoas têm procurado fugir de tudo isso que, antes, parecia dar sentido à vida. Não querem mais se casar, fogem da escola, evitam procurar emprego e, tristemente, atentam contra a própria vida.

Um discurso muito repetido é que as instituições estão falidas. Família, escola, trabalho, já não atendem mais às expectativas do homem moderno. Como o homem moderno há muito perdeu a paciência para reedificar muros caídos, acabou por escolher a via mais rápida, a da destruição. Explico-me. Restaurar um casamento demanda muito tempo e uma volumosa carga de energia emocional. Quem tem tempo pra isso? A opção mais prática, sem dúvida, é o divórcio. Tal raciocínio estende-se para todas as demais instituições.

Mas, e quanto à igreja? Por que as pessoas estão cansadas de irem à igreja? Será que a Casa de Deus também se tornou uma instituição falida e, por isso, descartável? Creio que não.

Porque na igreja, eu posso ouvir a Palavra de Deus sendo pregada. É claro que os pregadores não são perfeitos, nem na sua vida, nem na sua pregação. Porém, foram separados por Deus e reconhecidos pela igreja como porta-vozes do Senhor. Como pregadores não exercem seu ofício em bancos ou clubes, mas, sim, nas diversas igrejas espalhadas pela face da terra, é para uma delas que me dirijo sistematicamente a fim de ouvir as maravilhosas verdades de Deus para minha vida.

Na igreja, minha família é recebida por outras famílias. Meus filhos são tratados como filhos pelos meus irmãos em Cristo. E eu posso fazer o mesmo com os filhos deles. Na igreja, encontro homens que enfrentam lutas iguais ou diferentes das minhas, mas que buscam no mesmo Deus os recursos para serem vencedores. É para a igreja que o Senhor envia aqueles que Ele ama. E, claro, é pra lá que eu vou.

Mas na igreja há pessoas difíceis também. Há irmãos que torcem por times bem melhores que o meu. E eles riem de mim sempre que meu clube do coração perde (o que costuma acontecer com frequência). Mas, também, a bem da verdade, há irmãos que torcem por times piores que o meu, aí, óbvio, sou eu quem dá risada quando eles perdem. No entanto, podemos fazer isso sem o receio de que tal atitude vá provocar uma briga ou uma ruptura nas nossas relações. De forma nenhuma. O mesmo se dá na política. Cada um tem seu preferido e, lógico, alguém sempre vai perder. Mas há algo maior que nos une, o amor, que é o vínculo da perfeição. Nada – nem time, nem política – pode nos separar do amor de Deus e do amor fraternal.

Eu ando bem cansado fisicamente, mas disposto a ter mais cinquenta anos com minha família, na minha escola, no meu trabalho. E, por crer na vida eterna, anseio pela eternidade na companhia dos meus irmãos em Cristo, com os quais convivo semanalmente na minha igreja.

Que Deus me conceda essa alegria!

Rev. Renato Arbués.

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