terça-feira, 20 de maio de 2014

Eclesiastes 9.1-18

O livro de Eclesiastes está repleto de perguntas difíceis. E o autor, Salomão, não fez nenhuma questão de responder a todas. Ele quer nos incitar à reflexão. É preciso pensar, meditar, refletir sobre os grandes temas da vida, a fim de tornar-nos conscientes de nossas decisões.

O profeta Isaías escreveu: “Os caminhos de Deus não são os nossos. Seus pensamentos não são os nossos pensamentos” (Is. 55.8). Nem sempre seremos capazes de entender os significados e propósitos dos eventos em nossa vida. Nem todas as respostas nos são dadas. Um grande número de questões permanece sem resposta. Mas o pregador mostra que, apesar de dura e difícil, a vida é também valiosa. É dádiva de Deus para nós.

Tudo na vida está nas mãos de Deus
Ec. 9.1. Deus é o princípio unificador de toda vida. É impossível explicar a vida à parte de Deus. Sem Deus, você não conseguirá entender nem a origem nem o sentido da existência humana. A vida está nas mãos de Deus. Ele está no controle de todas as coisas. E o que isso significa se eu não entendo completamente o que Deus faz? Ora, se não compreendermos um pouco a vontade de Deus, revelada nas Escrituras Sagradas, não entenderemos o significado de todas as coisas que acontecem na vida.

Nosso futuro também está nas mãos de Deus. Isso não inclui somente o tempo de duração de nossa vida, mas também o que experimentaremos, se amor ou se ódio, se alegria ou tristeza.

Toda vida termina do mesmo jeito
Ec. 9.2-3. Há uma verdade universal, concernente a vida, que temos visto em Eclesiastes. Tudo que é vivo morre. Não há exceções. Não importa se o homem é puro ou impuro, reto ou ímpio, religioso ou profano, santo ou pecador... O fim é o mesmo. A Morte é o grande igualador de todos os homens. Cedo ou tarde, todos morrem. Bons e maus morrem do mesmo jeito. Morreu Hitler e a Madre Teresa, e Calvino e Stalin ...etc.

Você pode pensar, "Espere um minuto! A Bíblia ensina em outra parte que haverá um dia final do reconhecimento em que o homem será julgado por seus pecados e então serão designados para a bênção eterna ou para maldição" E você está certo. Mas isto não estava bem claro nos dias de Salomão. E ele olhou para a vida somente da perspectiva "debaixo do sol". Este é o ponto. Você tem somente um tempo determinado para fazer uso da sua vida. Use-a sabiamente.

Os benefícios da vida
Ec. 9.4-6. O Pregador aponta os benefícios desta vida, ele começa com o que se tornou um conhecido ditado: mais vale um cão vivo que um leão morto.

1. O Benefício da esperança: Para aquele que está entre os vivos há esperança (9.4). Recorde-se de que Salomão está falando da vida como que "debaixo do sol". Enquanto você ainda vive, há esperança nesta vida. A esperança é a última que morre. Por pior que seja a sua vida, você pode ter esperanças de ter boa saúde, apaixonar-se, casar-se e ter filhos, começar uma carreira de sucesso...

A esperança termina quando você morre. Você pode alegrar-se na vida, mas quando a vida terminar, então todas as aspirações mundanas terminarão.

2. O benefício da sabedoria: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento”. (9.5). Você pode e deve planejar sua vida à luz do fato de que ela um dia se acabará. Os mortos não podem planejar nada. É tarde demais para eles. Planeje sua vida enquanto você ainda vive! Viva sua vida com determinação e propósito.

3. O benefício da participação: “Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (9.6). Quando estamos vivos, podemos participar de várias obras, obras que pode, inclusive, mudar o rumo da história. Nossa vida faz diferença, desde que participemos das transformações sociais necessárias, lutemos pelo bem de todos, enfim, quando participamos dos eventos. E só fazemos isso participando.

                Pense nisso. Nossa vida tem um grande propósito. Ela foi projetada por Deus para alguma razão. Precisamos descobrir qual é ela, e conduzir nossos passos na direção correta. Isso fará com que nós vivamos bem, mas também façamos diferença na vida de nossos semelhantes.

Rev. Renato Arbués (adaptado).

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