domingo, 19 de janeiro de 2014

AS ESCRITURAS SAGRADAS!

Quando usamos muito uma palavra ou expressão, corremos o risco de, ao nos acostumarmos, desprezar a sua beleza e banalizar o seu sentido. Receio que isso esteja acontecendo com essa expressão tão linda, designativa da revelação verbal de Deus: As Escrituras Sagradas.

Desde o início da carreira cristã, aprendemos que Deus Se revelou ao homem de várias maneiras (Hb. 1.1). Quem não se lembra das expressões “Revelação Geral” e “Revelação Especial”? Os teólogos dizem que há, no homem, um conhecimento inato de Deus. Infelizmente, há, também, no homem, o maldito pecado, que distorce, exagera, mutila e destrói esse bendito conhecimento. Felizmente, as Escrituras preservam a verdade sobre Deus e a torna acessível a nós, em qualquer lugar e a qualquer momento.

Hoje em dia, porém, as pessoas estão muito “ocupadas na sala de jantar”, se me permite uma alusão à música panis et circenses, dos Mutantes. A televisão, o dvd, o joguinho eletrônico, o rádio, tudo isso tem recebido mais atenção do que os livros. Em nossa época, as pessoas menosprezam o valor das palavras em prol de imagens e sentimentos (Cheung). E as Escrituras Sagradas acabam esquecidas em cima da mesa, na estante ou no banco da igreja.

Entretanto, a Bíblia é a revelação de Deus ao homem. É Deus falando conosco. Não há nenhum outro modo de se conhecer a Deus superior ao estudo das Escrituras Sagradas.  Cada palavra da Bíblia foi “soprada” pelo Senhor e, por isso, cada palvra é importante para o fiel. Ler a Bíblia, portanto, é uma das maiores demonstrações de amor e de gratidão a Deus.

Portanto, leitor, se você quiser tem alguma informação precisa sobre Deus, a sua única fonte confiável é a Bíblia. Aliás, a sua única fonte autorizada é a Bíblia. Digo isso para rechachar qualquer suposta revelação direta alegada pelos gnósticos modernos que têm a pretensão de substituir a leitura cuidadosa e sistemática do Livro Sagrado. Conheci uma senhora que todo dia, de acordo com ela, recebia uma “revelação” do Espírito Santo. Ora, era para fulano parar de ver televisão, ora, alguma vitória estava para acontecer na vida de alguém. Todo dia. Era uma espécie de linha direta com Deus. Uma vez, durante uma conversa, alguém pediu para que ela abrisse a Bíblia no livro do profeta Elias, capítulo 2, verso 13. Ali haveria uma promessa de vitória para ela. Apesar dos risos e do constrangimento no ambiente, essa “antena parabólica do Espírito Santo” não se tocou de que, na Bíblia, nem na versão católica, existe o livro do profeta Elias! Era ignorante acerca das Escrituras Sagradas.

Não se pode ignorar a Bíblia, pois, ao fazer isso, assume-se a arrogante postura de ignorar a própria orientação de Deus. Abre-se, assim, espaço para a superstição cristã, que nada mais é do que o paganismo revisitado e trazido para dentro de nossa religião. Um absurdo.

Finalizo essa pastoral, citanto um texto da Teologia Sistemática, de Vincent Cheung, sobre a Escritura: A Escritura é necessária para definir todo conceito e atividade cristã. Ela governa cada aspecto da vida espiritual, incluindo pregação, oração, adoração e instrução. A Escritura é também necessária para que a salvação seja possível, visto que a informação necessária para tal está revelada na Bíblia, e deve aquela ser levada ao indivíduo, para por ela receber a salvação. Paulo escreve, “as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:15)”.

Leia a Bíblia.

Rev. Renato Arbués.

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