São 365 dias. Doze
meses. Cinquenta e duas semanas. 8.760 horas. Dito assim, parece muito tempo. Entretanto,
vividos, passa tão rapidamente. Aí, resta a sensação de que o tempo voa!
E mais uma vez, aqui
estamos nós, desejando um Feliz Ano Novo aos amigos e irmãos, sonhando com
mudanças, desejando que algumas coisas sejam realmente diferentes e que outras
continuem iguais. Não tem jeito. É sempre assim.
Alguém chamou isso de
rito. Um rito é um conjunto de atividades organizadas, em que as pessoas se
expressam, por meio de gestos (abraços, sorrisos), símbolos (roupas brancas),
linguagem (Feliz Ano Novo! Que seus sonhos se realizem!) e comportamento (ceias,
cultos, amigos secretos) que compõem uma cerimônia.
Somos assim. Sentimos,
desejamos, temos, queremos. Sempre insatisfeitos, sempre esperando que alguma
coisa mude, que algo melhore e que sejamos felizes.
Mas, o que é ser feliz?
Será que se em 2014 tivermos tudo o que desejamos seremos felizes? Será que se
sentirmos apenas emoções positivas seremos felizes? Pensar assim, é projetar a
felicidade objetivamente, ou seja, em fatores externos, fora de nós. É crer
que, se vivemos em um ambiente perfeito, seremos perfeitos também. A história
de Adão e Eva nos ensina o contrário. A história de todos os homens, na
verdade, ensina o contrário.
Há pessoas que têm
tudo, mas são infelizes. Veja o caso das drogas. Todo mundo sabe que as drogas
psicoativas produzem sensação de prazer, de alegria. Seria mais do que natural
achar que apenas pessoas tristes, com enormes dificuldades financeiras, entre
outros males, procurariam se envolver com elas. Infelizmente, jovens ricos,
bonitos, famosos e alegres estão atolados até o pescoço nessa porcaria. E por
quê?
Porque a felicidade não
é objetiva, não está fora de nós. Jamais nos realizaremos com dinheiro, propriedades,
bebidas ou drogas. Eles podem fornecer aquela sensação de prazer que tantos
procuram. Mas o que dão, na verdade, é uma débil imitação da felicidade
verdadeira.
Quando se compreende e
aceita isso, pode-se entender a visão bíblica sobre o tema. Nas Escrituras,
homens ricos e pobres, grandes e pequenos, definem a felicidade da mesma forma:
Satisfação. Satisfação com a vida que levam, com os bens que possuem, com privação
ou fartura, em família ou na solidão, com muito ou pouco. Porque a felicidade
está neles e não nas coisas. Foi isso que Paulo quis dizer, quando escreveu: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando
e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais. Dando
sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo”
(Ef. 5.18-20).
Assim, para que tenhamos
um Feliz Ano Novo, proponho que, ao invés de desejarmos felicidades aos outros,
encontremos a felicidade em nós, no Deus que em nós habita. Então, felizes e
cheios de alegria, poderemos fazer com que a vida dos outros seja próspera e
abundante de bênçãos.
Rev. Renato Arbués.
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