segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

ANO NOVO FELIZ!

São 365 dias. Doze meses. Cinquenta e duas semanas. 8.760 horas. Dito assim, parece muito tempo. Entretanto, vividos, passa tão rapidamente. Aí, resta a sensação de que o tempo voa!

E mais uma vez, aqui estamos nós, desejando um Feliz Ano Novo aos amigos e irmãos, sonhando com mudanças, desejando que algumas coisas sejam realmente diferentes e que outras continuem iguais. Não tem jeito. É sempre assim.

Alguém chamou isso de rito. Um rito é um conjunto de atividades organizadas, em que as pessoas se expressam, por meio de gestos (abraços, sorrisos), símbolos (roupas brancas), linguagem (Feliz Ano Novo! Que seus sonhos se realizem!) e comportamento (ceias, cultos, amigos secretos) que compõem uma cerimônia.

Somos assim. Sentimos, desejamos, temos, queremos. Sempre insatisfeitos, sempre esperando que alguma coisa mude, que algo melhore e que sejamos felizes.

Mas, o que é ser feliz? Será que se em 2014 tivermos tudo o que desejamos seremos felizes? Será que se sentirmos apenas emoções positivas seremos felizes? Pensar assim, é projetar a felicidade objetivamente, ou seja, em fatores externos, fora de nós. É crer que, se vivemos em um ambiente perfeito, seremos perfeitos também. A história de Adão e Eva nos ensina o contrário. A história de todos os homens, na verdade, ensina o contrário.

Há pessoas que têm tudo, mas são infelizes. Veja o caso das drogas. Todo mundo sabe que as drogas psicoativas produzem sensação de prazer, de alegria. Seria mais do que natural achar que apenas pessoas tristes, com enormes dificuldades financeiras, entre outros males, procurariam se envolver com elas. Infelizmente, jovens ricos, bonitos, famosos e alegres estão atolados até o pescoço nessa porcaria. E por quê?

Porque a felicidade não é objetiva, não está fora de nós. Jamais nos realizaremos com dinheiro, propriedades, bebidas ou drogas. Eles podem fornecer aquela sensação de prazer que tantos procuram. Mas o que dão, na verdade, é uma débil imitação da felicidade verdadeira.

Quando se compreende e aceita isso, pode-se entender a visão bíblica sobre o tema. Nas Escrituras, homens ricos e pobres, grandes e pequenos, definem a felicidade da mesma forma: Satisfação. Satisfação com a vida que levam, com os bens que possuem, com privação ou fartura, em família ou na solidão, com muito ou pouco. Porque a felicidade está neles e não nas coisas. Foi isso que Paulo quis dizer, quando escreveu: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais. Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo” (Ef. 5.18-20).

Assim, para que tenhamos um Feliz Ano Novo, proponho que, ao invés de desejarmos felicidades aos outros, encontremos a felicidade em nós, no Deus que em nós habita. Então, felizes e cheios de alegria, poderemos fazer com que a vida dos outros seja próspera e abundante de bênçãos.

Rev. Renato Arbués.

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