sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Orientações ao cristão eleitor!

Caro irmão, antes de tudo, é importante que você se lembre de que, ao nascer de novo, você se tornou um membro do corpo de Cristo. Isso significa mais do que ser parte de uma igreja; significa que você é um com o Filho de Deus, devendo amá-lo sobre todas as coisas. E o amor a Jesus, segundo Ele, se manifesta na obediência aos Seus mandamentos: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” (Jo. 15.14). Uma palavra que resume o princípio exposto até aqui é coerência. O dicionário Houaiss define coerência como “ligação, nexo ou harmonia entre dois fatos ou duas ideias”. Fato 1: Cristo está em você. Fato 2: Você está em Cristo. Que haja nexo entre esses dois fatos. Portanto, “quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer (como votar), fazei tudo para a glória de Deus” (claro, grifos meus) (1 Co. 10.31).

Com o propósito apenas de ajudar, peço que você considere atentamente as orientações abaixo:

1. Não ignore o partido ao qual seu candidato está filiado. A maioria de nós diz votar em “pessoas” e não em “partidos”, mas essa não é uma atitude muito sábia. O político deve obediência ao estatudo do seu partido, assim, ele não poderá agir livremente, de acordo com sua convicção, se sua ideologia pessoal contradisser à do partido.

2. No nível de introdução à Filosofia Política, aprende-se que partidos de direita são liberais na economia (pouca intervenção do Estado e maior poder à iniciativa privada) e conservadores nos costumes (defesa da família, da propriedade privada), enquanto partidos de esquerda são conservadores na economia (maior intervenção do Estado) e liberais nos costumes (casamento entre pessoas do mesmo sexo, liberação da maconha). Há, ainda, os de centro-direita (PSDB) e centro-esquerda (PT). Ser de “centro” quer dizer ser “moderado”, ou seja, PSDB e PT são, sim, de direita e de esquerda, só que moderadamente, entende? Pesquise nos sites de cada um, procurando ler, especialmente, o Estatuto.

3. Não ignore a vida pregressa do candidato. Nessa eleição, há candidatos que respondem a mais de 5 processos na justiça. “Dos 92 congressistas que vão disputar as eleições de outubro, 36 (ou seja, 40% deles) são alvos de investigação na mais alta corte do país, onde tramitam as acusações criminais envolvendo congressistas e outras autoridades federais.” (fonte: congresso em foco). Pesquise no site: www.congressoemfoco.uol.com.br e você encontrará os nomes de todos eles.

4. Não ignore as propostas do seu candidato. Veja o que ele diz sobre família, educação, religião, saúde, segurança. Certifique-se de que o que ele promete é factível (capaz de ser realizado por ele ou por iniciativa dele) ou não se trata de um palavreado flácido para acalentar bovino (conversa mole pra boi dormir).

5. Não se venda, pois Cristo derramou o Seu precioso sangue por você. Quando alguém pensa no dinheiro que pode auferir, nas vantagens pessoais ou para sua família ao vender-se para um político, fatalmente, acaba na mesma condição de Judas, que, por 30 moedas de prata (aproximadamente R$ 50.000,00), “traiu a geração dos filhos de Deus”.

6. Lembre-se da humildade que deve caracterizar os filhos de Deus. Você não é a pessoa mais inteligente do mundo por votar em A ou em B, nem seu irmão deve ser visto por você como “burro ou alienado” por discordar da sua opinião. “Acima de tudo isso, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl. 3.14).

7. Desconfie de sorrisos, tapinhas nas costas, bajulações em geral. Não faz muito tempo, andando pelo centro de Senhor do Bonfim, fui abordado por um senhor com um sorriso fácil, batendo em meus ombros e dizendo para o amigo que o acompanhava, em referência a mim: “Aqui, este é o meu pastor!”. Em 18 anos que estou aqui, esse rapaz nunca pisou os pés na igreja. Duvido até que ele saiba qual o nome da minha igreja ou onde ela fica. Mas, como cabo eleitoral, ele representou bem o seu papel. Cuidado, “fugi da aparência do mal”, aconselhou Paulo (1 Ts. 5.22).
Finalmente, busque em Deus a orientação necessária para votar em um bom candidato e leia, pesquise, converse com irmãos mais esclarecidos na arte política. Acredite, ele (o bom candidato) existe e é ministro de Deus para o nosso bem (Rm. 13).

Rev. Renato Arbués.


0 comentários: