segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

CONSIDERE

Ao criar a humanidade à Sua própria imagem, Deus a presenteou com atributos por meio dos quais ela poderia refletir certos aspectos dEle mesmo. Isso é bem ressaltado pelos termos “imagem” e “semelhança”, os quais devem ser entendidos numa perspectiva bíblica adequada. Sabemos que uma imagem (estátua) de um herói morto é diferente do herói real: a imagem é feita de pedra, ao passo que o herói consiste de carne e sangue.

Quando Gn. 1.26 fala de “imagem” e “semelhança”, está se acentuando uma dimensão de identidade, personalidade. Como Deus é pessoa, assim a humanidade também o é e, sendo pessoa, reflete “qualidades” divinas, como sua “retidão e verdadeira santidade” (Ef. 4.24) e seu “conhecimento” (Cl. 3.10). A humanidade foi criada real. O Criador Soberano criou a humanidade como membro da família real divina (Gerard van Groningen).

Foi assim, para que uma relação fosse estabelecida. Uma relação entre Deus e a humanidade. Essa relação é um aspecto essencial do pacto. Aliás, a ideia fundamental do pacto é ligação. Deus ligou-se a Si mesmo ao homem como ligou a humanidade a Si mesmo. Infelizmente, a Queda trouxe separação. A confiança, indispensável para comunhão íntima, foi quebrada. Quando pecaram, Adão e Eva morreram para Deus; Sua vontade, para eles, tinha sido posta de lado.

As consequências da desobediência de nossos primeiros pais foram danosas: Estabeleceu-se um senso de vergonha e medo em relação a Deus. Eles não poderiam mais defrontá-lo, tinham medo de serem vistos por Ele. Esta incapacidade afetou as relações entre homem e mulher.

Em resumo: tendo rejeitado seu “status” real, eles o perderam; tendo recusado sua posição real, tornaram-se prisioneiros do pecado e de Satanás; desobedecendo a Deus, tornaram-se escravos de Satanás. A humanidade caída tornou-se realeza destronada e escravizada.

Mas Deus não os abandonou. Ele providenciou meios para que essa imagem fosse restaurada. Começou por confrontá-los. Três perguntas foram feitas. Vamos considera-las.

(continua)

Rev. Renato Arbués.

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