Tiago uma vez perguntou: “De onde procedem as guerras?”. Para ele, as guerras procedem “dos prazeres que militam na carne
(natureza) humana” (Tg. 4.1). É
a ganância que destrói a paz social. Quando conseguirmos dominar nossos
impulsos, certamente, o número de conflitos (internos e externos) será reduzido
consideravelmente.
Diversos pensadores responderam de forma diferente à
pergunta de Tiago e propuseram, também, maneiras de superar o comportamento
bélico dos homens. Karl Marx entendia que a luta de classes seria a razão dos
confrontos. Freud pensava que problemas de ordem sexual estariam na raiz
dos infortúnios. John Lennon (e mais recentemente o Dr. Edir Macedo), apontou a religião como a causa da desgraça
humana.
Juntando tudo, uma sociedade sem riqueza, sem
restrições sexuais e sem religião, seria perfeita. Salvo engano, o Éden era
assim. O final, todos nós conhecemos.
O fato é que é quase impossível aplacar a animosidade entre
os homens. De acordo com o site “Consultor
Jurídico”, atualmente há 344 conflitos
armados castigando o mundo todo. Em 2007, havia apenas 6. Nesse contexto, é
deveras importante que consideremos a nossa 7ª bem-aventurança: “Bem-aventurados os pacificadores, porque
serão chamados filhos de Deus” (Mt.
5.9).
Os Pacificadores são abençoados porque são totalmente
diferentes de todas as outras pessoas. As guerras procedem da natureza
pecaminosa do ser humano. Por isso, a educação não resolve esse problema; a
igualdade nas relações econômicas também não; a satisfação sexual não diminui o
ânimo pelas guerras.
A violência é produzida no homem. Ela vem do coração,
a fonte de todos os males. Enquanto o homem estiver produzindo o pecado, não
haverá paz. Lloyd-Jones pondera: “Você se surpreende com guerras, pedofilia,
tráfico, devassidão? Não deveria. O coração do homem é mau em todos os seus
desígnios (Gn. 6.5).”
Por que somos assim? Por que não conseguimos amar sem
interesses escusos? Por que não somos capazes de ajudar sinceramente alguém que
precisa? O que leva tantas pessoas a se odiarem, a se agredirem?
Estudos indicam que, a cada geração, o círculo de
amigos de um homem tem diminuído. Se antes, um adulto mantinha relações sociais
com 15, 20 pessoas, hoje, estima-se que os grupos de amizade sejam compostos
de, no máximo, 4 pessoas. Imagine isso: Num mundo com 7 bilhões de habitantes,
há indivíduos que não conseguem chamar outras 4 pessoas de amigas!
Faltam pacificadores em nossa sociedade. Faltam homens
que consigam apaziguar os ânimos inflamados. Precisamos urgentemente de
mulheres que tenham palavras de paz, de harmonia. E precisamos logo.
A habilidade de promover a paz é tão importante que,
no Sermão da Montanha, Jesus a mencionou como uma das principais virtudes de
Seus seguidores. A recompensa para os pacificadores é serem chamados filhos de
Deus. O mesmo Jesus, ao se referir ao Diabo, afirmou que a missão do Tinhoso é
“matar, roubar e destruir”, ou seja, promover o ódio, a guerra, a separação.
Obviamente, aqueles que elegem esse estilo de vida podem, sim, ser chamados de
filhos do Diabo. São agentes do mal infiltrados em nossa casa, em nosso
ambiente de trabalho, em nossa escola.
Portanto, cuidemos de nosso espírito. Deixemos a mágoa
de lado, o ressentimento, a inveja. Procuremos abandonar todo pensamento ruim
em relação ao próximo, seja ele quem for. É preciso que aprendamos a enxergar o
melhor das pessoas, tê-las como amigas, ajuda-las e ser ajudado por elas.
Quantos amigos você tem?
Rev. Renato Arbués.
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