Um célebre ateu, concluindo uma
conferência em certa povoação, desafiou qualquer pessoa presente a rebater os
argumentos que acabara de apresentar. Quem havia de levantar a luva do desafio
senão uma velha, arcada sob o peso de muitos anos, a qual disse ao
conferencista:
- Senhor, tenho a lhe fazer uma
pergunta.
- Pois não, minha boa senhora.
- Há dez anos tive a infelicidade de
enviuvar, ficando sem arrimo no mundo, tendo oito filhos, todos pequenos, para
sustentar e criar, na pobreza mais aflitiva que se pode imaginar. Salvo umas
coisas velhos, o único objeto de valor que possuía era a minha Bíblia. Animada
pelas promessas divinas deste Livro, revesti-me de forças, e pude sustentar e criar
perfeitamente os meus oito filhos. Já sou velha, com o pé na cova, poucos dias
me restam de peregrinação neste mundo, mas ando com perfeita alegria, porque
tenho experimentado o amor de Deus e sei que Ele existe, e morro na firme
esperança de uma vida de imortalidade no Céu com Jesus. Agora diga-me: O seu
modo de pensar, que benefícios lhe tem trazido?
- Ora essa!, - volveu o conferencista
- não quero de modo nenhum desmanchar o conforto que a senhora diz ter achado
na sua religião; mas...
- Ah! - interrompeu a velha - não é
disso que se trata; faça o favor de não se afastar do ponto em discussão. Quero
saber que benefício lhe tem reportado seu ateísmo?
De novo o ateu quis desviar a
discussão, porém os assistentes perceberam a coisa e romperam em aplausos
frenéticos à mulher.
O conferencista, desorientado,
retirou-se do lugar.
Do livro “Mil Ilustrações
Selecionadas”, 1966.
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