quinta-feira, 12 de janeiro de 2012



Um célebre ateu, concluindo uma conferência em certa povoação, desafiou qualquer pessoa presente a rebater os argumentos que acabara de apresentar. Quem havia de levantar a luva do desafio senão uma velha, arcada sob o peso de muitos anos, a qual disse ao conferencista:

- Senhor, tenho a lhe fazer uma pergunta.

- Pois não, minha boa senhora.

- Há dez anos tive a infelicidade de enviuvar, ficando sem arrimo no mundo, tendo oito filhos, todos pequenos, para sustentar e criar, na pobreza mais aflitiva que se pode imaginar. Salvo umas coisas velhos, o único objeto de valor que possuía era a minha Bíblia. Animada pelas promessas divinas deste Livro, revesti-me de forças, e pude sustentar e criar perfeitamente os meus oito filhos. Já sou velha, com o pé na cova, poucos dias me restam de peregrinação neste mundo, mas ando com perfeita alegria, porque tenho experimentado o amor de Deus e sei que Ele existe, e morro na firme esperança de uma vida de imortalidade no Céu com Jesus. Agora diga-me: O seu modo de pensar, que benefícios lhe tem trazido?

- Ora essa!, - volveu o conferencista - não quero de modo nenhum desmanchar o conforto que a senhora diz ter achado na sua religião; mas...

- Ah! - interrompeu a velha - não é disso que se trata; faça o favor de não se afastar do ponto em discussão. Quero saber que benefício lhe tem reportado seu ateísmo?
De novo o ateu quis desviar a discussão, porém os assistentes perceberam a coisa e romperam em aplausos frenéticos à mulher.

O conferencista, desorientado, retirou-se do lugar.

Do livro “Mil Ilustrações Selecionadas”, 1966.

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