quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O acidente da semana passada!

Em acontecimentos trágicos, é difícil manter a frieza necessária para uma análise equilibrada. Quando envolve várias mortes, então, é praticamente impossível. A tragédia que aconteceu na última sexta (3/12), em Senhor do Bonfim, envolvendo um ônibus e uma van, nos desafia a uma reflexão bíblica quanto à vida humana.

Pra começo de conversa, é mister lembrar que a vida é um dom de Deus. Ela pertence a Ele, portanto. Assim como não pedimos para nascer, também não decidimos a hora da nossa morte. Infelizmente, vida e morte são percebidas como acontecimentos naturais. Não são. São causadas por um propósito. Ana, mãe do profeta Samuel, entendeu isso e expressou essa verdade maravilhosamente: “O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir” (1 Sm. 1.6).

Dito isso, surge naturalmente a pergunta: “Por que Deus nos criou?”. Há várias respostas para essa indagação. Desde as mais simples e óbvias (porque Ele quis; para o Seu louvor) até as mais complexas e, por isso, não aceitas por todos (para revelar a Sua glória; para adorá-lO). Todas essas sentenças são encontradas nas Escrituras Sagradas em diferentes contextos. Isso nos permite afirmar que não há uma causa simples ou única para a criação do homem. Ele foi criado à imagem de Deus e isso diz muito. Diz que o homem é propriedade do Seu Criador e a Ele deve contas.

“Como devo viver?” deve ser a outra pergunta feita por nós. Ao admitirmos que o homem tem origem divina – criado por Deus – fica mais fácil responder a essa dúvida: Devemos viver da maneira como Deus determinou! A lógica é simples: Criados por Ele, somos dEle e devemos satisfações a Ele. Logo, nada nos resta senão viver para Ele. Novamente aqui as Escrituras nos oferecem uma quantidade considerável de passagens que afirmam esse ponto, dentre as quais destacamos apenas uma frase do apóstolo Paulo: “Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos[...]” (At. 17.28).

O que é a vida? Sim, esta é uma pergunta aceitável, afinal, tem muita gente que não faz a mínima idéia da resposta. Vive como se fosse uma máquina de comer, beber, dormir e trabalhar. São pessoas que automatizaram comportamentos e os repetem indefinidamente, sem considerar na finalidade do que fazem. E você, você sabe o que é a vida?

De acordo com Tiago (4.14), a vida é “como neblina que aparece por instantes e logo se dissipa”. Você já ouviu falar de neblina de cinco dias? Geralmente, elas duram uma manhã. Perceba que elemento de comparação o Espírito Santo foi buscar! Mas, a bem da verdade, não apenas Tiago, Jó também tinha uma versão interessante da vida humana: “O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação” (Jó 14.1). Pois é, meu amigo, não há como evitar essa verdade: A vida é um bem precioso, porém, curto, breve demais.

É o que comprovam as tragédias. Temos a tendência de esquecer que a vida é breve. Esperamos que as pessoas morram só depois dos 100 anos. Aí, vem um ônibus e bate numa van, um avião cai, um teto desaba, um barco afunda... E várias vidas terminam de forma abrupta, deixando-nos sem graça, cheios de inquietações e dúvidas.

Eu sei que essas palavras não consolam. Esta pastoral não teve o propósito de consolar ninguém acerca da morte. Meu objetivo foi fazê-lo refletir sobre as perguntas levantadas aqui e tratadas de forma devocional. Para que você vive? Quem é você? Até quando vai viver? Você já ocupou alguma parte de sua existência com essas questões? Não? Então faça isso.

O acidente de sexta-feira deve nos fazer pensar seriamente sobre tudo.

Pense Nisso.

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